Menu

Denúncia do ac24horas impede que casal de idosos durma ao relento no Huerb

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

José Bernardo de Oliveira, 69 anos, morador da Colônia Boa Esperança, no quilômetro 14 da BR-364, sentido Feijó/Manoel Urbano, caiu de uma bicicleta após sofrer um ataque epilético. Na queda, o idoso quebrou a clavícula e foi trazido em uma ambulância nesta sexta-feira, 24, pelo Samu de Manoel Urbano até o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), junto com a esposa, Maria Aparecida Ardozina Oliveira, de 59 anos.


Até aí, nada de anormal. O surpreendente veio após o atendimento e a constatação pelos profissionais do Huerb que não havia necessidade de internação de seu José Bernardo.

Publicidade

Depois da alta, o idoso e a esposa perceberam que a ambulância que os havia trazido ainda estava no hospital. Ao pedirem para voltar juntos, já que Bernardo estava liberado, veio a surpresa. Simplesmente, a equipe da viatura afirmou que a regulação, seguindo um protocolo, não autorizou levar os dois. A ambulância voltou para Manoel Urbano “batendo”, que é o termo usado para dizer que o veículo voltou sem paciente e acompanhante.


O mais complicado para o casal é que os dois estavam sem dinheiro e sem ter nenhum parente na capital acreana. O sugerido foi passar à noite no Huerb. A reportagem do ac24horas procurou o setor de assistência social do hospital, mas recebeu como resposta que nada podia ser feito pelo casal.


“A gente fica muito triste. Não temos como voltar, não temos dinheiro e o pessoal da ambulância falou que não liberou pra gente voltar. Vamos ter que passar à noite aqui no hospital. O jeito é entregar nas mãos de Deus. Deveriam ter mais respeito e consideração pela gente”, afirma Maria Aparecida.


O caso foi levado ao conhecimento da coordenadora de enfermagem do Samu, Nercila Fernandes de Souza, que decidiu providenciar um transporte para levar o casal de volta à Manoel Urbano ainda na noite desta sexta-feira, 24.


Apesar da decisão coerente da coordenação, o caso é mais uma demonstração de como o serviço público peca pela burocracia e gasta recurso público sem necessidade, já que a viagem de volta que poderia ter sido feita na ambulância, foi realizada por outro veículo, gastando combustível e diária para o motorista.



 


 


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido