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Gato escaldado tem medo de água fria

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A posição cautelosa do professor Minoru Kinpara (foto) em não ter se filiado ao PSDB, mesmo com os convites nos bastidores e os de público, como o de ontem num café da manhã, que lhe foi oferecido pelos tucanos, tem um sentido de preservação: gato escaldado tem medo de água fria, diz o ditado. É que as regras entre os partidos aliados ao governador Gladson Cameli não são claras. Mudam ao passar do vento. Resta lembrar o episódio em que, ele foi convidado para ser o secretário de Educação do Estado e desconvidado em seguida. A primeira pergunta que poderia ser feita neste episódio de puxa e encolhe com o seu nome é saber se, ele sendo candidato à PMRB, teria o apoio do Gladson, afinal, com a máquina estatal nas mãos, é o maior eleitor entre os partidos aliados? Se não tiver, já é um complicador. Um argumento que pesa contra é chegar de um partido que foi oposição na eleição governamental já sentando na poltrona da janela. E esse questionamento, com certeza, vai sofrer dos aliados. Até que ponto pode confiar nos tucanos? É outro ângulo a ser ponderado. A eleição somente será no próximo ano. Até lá, muita coisa pode acontecer. Quem é que lhe assegura que o vice-governador Major Rocha não chegará no próximo ano e dirá que resolveu disputar a PMRB? Do Rocha não duvido de nada! Por tudo isso, o Minoru Kinpara está certo em não ser açodado numa filiação. Porque depois de estar filiado e ser rifado, ficaria difícil sair para procurar outro partido. E existem outras perguntas a serem respondidas: Como ficaria o DEM do deputado federal Alan Rick, nesta novela? E o SOLIDARIEDADE da deputada federal Vanda Denir? O PSD do Sérgio Petecão e o seu caminhão de votos entrarão onde neste contexto? São componentes importantes que têm de ser consultados. Minoru, quando a esmola é grande demais o cego tem de desconfiar. Já diz o antigo, mas sempre aplicável ditado. E o valor dessa esmola é alto.


OUTRO CONTEXTO
Um aspecto que ninguém está discutindo é que a boa votação do professor Minoru Kinpara se deu num contexto diferente de uma disputa do Senado, onde o PT estava rachado no meio, e que muitos dos seus votos carreados vieram deste racha. Não se tira os méritos da sua votação, mas a disputa da PMRB tem componentes próprios e é disputada no sistema bruto.


O BURACO É MAIS EMBAIXO
Na disputa do Senado o Minoru Kinpara não sofreu fustigação, correu em raia livre e sem ataques dos adversários. Para a prefeitura o buraco é mais embaixo, é pau para lamber sabão e pau para saber que sabão não se come. Pode preparar o lombo, se candidato vier a ser.


“É VENDER GELADEIRA NO POLO NORTE”
Liguei ontem para uma figura do andar de cima do governo e perguntei o que achava do episódio, e se o PSDB conseguiria fazer o professor Minoru Kinpara o candidato único da aliança que elegeu  o Gladson Cameli ao governo. Riu e respondeu: “é mais fácil vender geladeira no Polo Norte”.


PONDERAÇÕES FEITAS
E durante a conversa, ele fez uma série de ponderações. Uma delas: “como o Gladson Cameli conseguiria explicar que o seu candidato a prefeito da capital é alguém que foi presidente do PT e disputou o Senado por um partido de oposição, a REDE da Marina Silva”? E concluiu que, isso seria o mesmo que reconhecer que nos aliados há não nomes capazes para a missão de tentar ganhar a eleição para a  prefeitura da capital.


MUITO PREMATURO
Tudo o que se conversar este ano sobre candidaturas a prefeito é muito prematuro.


PASSO IMPORTANTE
O café da manhã de ontem do governador Gladson Cameli com a sua base de apoio era um ponto que estava faltando para que tenha uma maioria folgada e fiel na Assembléia Legislativa. Diálogo, muito diálogo! É que até aqui estava tudo solto. O governo vai chegar aos 16 deputados no grupo.


FATOS A SEREM RESSALTADOS
Dois fatos devem ser ressaltados no café da manhã dos deputados com o governador: o secretário Ney Amorim passa até que enfim a ter um papel na interlocução do governo com a ALEAC e os secretários serão enquadrados para buscar uma afinação com os parlamentares.


ESTAVA VIRANDO UMA BAGUNÇA
O pouco caso dos secretários com os deputados tinha chegado a um ponto que estava virando uma bagunça. Não respondiam aos requerimentos com pedido de informação, não atendiam telefonemas, e quando atendiam ficavam de retornar a ligação e não retornavam. Não pode!


MÁQUINA NA PISTA
O secretário de Infraestrutura, Thiago Caetano, foi o verão chegar e colocou as máquinas na pista e deu inícios aos trabalhos de recuperação da estrada que liga a capital à Senador Guiomard. Aliás, pedido que vinha sendo feito pela senadora Mailza Gomes (PROGRESSISTAS).


APOSTA A SER FEITA
Se existe uma aposta a qual o Gladson deveria bancar, dando-lhe uma estrutura de mídia para divulgar os seus trabalhos, é o secretário de Infraestrutura, Thiago Caetano, porque as grandes obras do Estado passam pela sua secretaria. E se tudo der certo, ganha a imagem do governo.


NOMES
O empresário Hugo (PDT) e o vereador Lauro Benigno (PCdoB) estão na longa lista de nomes que são falados para disputar a prefeitura de Tarauacá na eleição do próximo ano.


NEM TEM DE FALAR
A prefeita Socorro Neri nem fala sobre se será candidata à reeleição ou não. E não tem mesmo que falar quando falta bem mais de um ano para a sua sucessão. O foco central tem de ser na recuperação das ruas de Rio Branco. Candidatura é para discutir no meado do ano eleitoral.


UMA OBSERVAÇÃO
Numa conversa política com o senador Márcio Bittar (MDB), que sabe fazer leitura de campanha; avaliou que, se a prefeita Socorro Neri pegar um vento crescente, tiver o apoio do PT e PCdoB, ela é um nome que pode chegar ao segundo turno da eleição, por estar no poder.


SEM OLHAR A QUEM
O senador Márcio Bittar (MDB), inclusive, destinou 4 milhões de reais de emendas à PMRB.


CURIÓ DE MUDA
O senador Sérgio Petecão (PSD) me disse ontem que sobre eleição para a prefeitura de Rio Branco está igual “curió de muda”, não dá um pio.  Diz que a sua preocupação este ano é a de montar chapas fortes de vereadores em todos os municípios, principalmente, na capital.


NÃO TENHO MAIS IDADE PARA ERRAR NA POLÍTICA
Com uma chapa competitiva de vereadores na capital, eu vou me sentar à mesa bem mais forte de que se sentar agora, avaliou ontem o senador Sérgio Petecão (PSD). “Por isso, Luis Carlos, é que ninguém vai arrancar um gesto meu de apoio a qualquer candidato a prefeito de Rio Branco este ano”, avisou. E completou irônico: “esses meninos estão apressados demais e eu não tenho idade de jovem para ficar errando na política”. Até escuto, mas não falo, avisou


ALGUÉM RESPONDE?
E concluiu Petecão: “quem é que de fato o Gladson vai apoiar para a prefeitura de Rio Branco? Eu não sei! Por isso é muito cedo para estar se falando em nomes para a eleição no outro ano”.


NÚCLEO DURO
O núcleo duro da oposição na ALEAC, pelo que se escuta nos discursos contra o governador Gladson Cameli, já está formado, é experiente e bom de debate: deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB), Roberto Duarte (MDB), Daniel Zen (PT) e Jenilson Lope (PCdoB).


NADA ANÔNIMO
As informações sobre supostas propinas pedidas por um assessor da Saúde tinham chegado à coluna, mas coloquei na gaveta porque não podia sustentar nada com o denunciante anônimo. Por qual razão não fez a denúncia logo em seguida do suposto ato de pressão por  propina?


NOME REVELADO
Como é que se vai abrir um processo de investigação se não se sabe o nome da suposto vítima de extorsão? Não existe corrupção sem corrupto e corruptor. Tem que chamar o denunciante para depor, se é que existe de fato e colocar tudo em pratos limpos para a opinião pública.


MUITO COMPLICADA
A situação da oposição em Brasiléia é complicada, porque as suas principais cabeças estão quase todas sofrendo processos judiciais, o que torna grupo de opositores frágil. Nenhum dos nomes antigos da oposição no município tem cacife para derrotar a prefeita Fernanda Hasem.


NÃO FAZ MÁ GESTÃO
O que torna a missão de derrotar a prefeita de Brasiléia Fernanda Hassem mais difícil para a oposição, além de estar espatifada, é que ela faz uma administração que alia as ações municipais às ações políticas. A Fernanda tem sido esperta ao não ficar só no gabinete.


OS TRES MOSQUETEIROS
Jorge Viana, Raimundo Angelim e Marcus Alexandre formam hoje dentro do PT o grupo que mais tem conversado sobre política. Na verdade é o que sobrou da última derrota e que pode comandar uma tentativa de reanimar o finado PT. Todos eles, ex-prefeitos de Rio Branco e bem avaliados em suas gestões. Pergunta: já pediram licença ao grupo da DR?


É CEDO PARA FESTA, OS MÚSICO NEM CHEGARAM
As discussões, os lançamentos de candidatos, cafés da manhã, convite para filiações, como pano de fundo para abrir o debate da eleição de prefeito de Rio Branco é como fazer carnaval antes da orquestra chegar, apenas ao som de um bumbo furado. Ninguém sabe de fato quem é que o governador Gladson Cameli vai apoiar na disputa da PMRB. E o seu apoio será importante porque a máquina estatal tem peso numa disputa municipal. A eleição é em 2020. Estamos em 2019. O senador Sérgio Petecão (PSD) é quem está mais certo de somente abrir uma discussão sobre candidaturas à PMRB no ano vindouro e depois de montar a sua chapa de candidatos a vereador. Ficar se declarando agora que é candidato é como dar tiro no pé.


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