Começou pelo Juruá e se estenderá por todo o Estado, a inspeção do Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC, aos cerca de 60 frigoríficos acreanos. Os fiscais verificam as Licenças de Operação e se os estabelecimentos atuam dentro das normas ambientais. Neste final de semana o trabalho também é feito em Sena Madureira. A informação é do presidente do IMAC, André Assem, que está em Cruzeiro do Sul.
O trabalho dos fiscais começou no último dia primeiro de maio (no feriado) pelo Frigorífico São Sebastião em Rodrigues Alves, que segue fechado depois de ser autuado pelo IMAC por jogar sangue em manancial próximo. André diz que havia problemas nos reservatórios e tubulações. Na próxima semana a equipe de fiscais do IMAC de Cruzeiro, que autuou em multou em R$ 25 mil o frigorifico, também vai apresentar relatório sobre o local e que, só depois disso, haverá a decisão sobre a reabertura ou não do Frigorifico São Sebastião, da família do prefeito de Rodrigues Alves, Sebastião Correa (MDB) .
Como o caso está judicializado atendendo demanda do Ministério Público, segundo André Assem, a liberação do funcionamento, também deverá ser analisado pela justiça.
CASO QUE MISTUROU TÉCNICOS E POLÍTICOS
O caso do Frigorifico da família do prefeito de Rodrigues Alves resultou em afastamento arbitrário de fiscais do IMAC de Cruzeiro do Sul, exoneração do chefe e intervenção do Ministério Público e da justiça.
No dia 8 de abril, os técnicos do IMAC de Cruzeiro do Sul, embargaram as atividades do frigorífico e aplicaram multa de R$ 25 mil ao constatarem o lançamento de sangue em manancial, mas chefe do IMAC em Cruzeiro do Sul à época, Lindenberg Chaves, determinou que o embargo fosse anulado. Como os técnicos não recuaram, Lindemberg realizou o desembargo e os técnicos foram colocados à disposição do Imac de Rio Branco por descumprirem a ordem. Quando o caso passou a ser amplamente divulgado, o chefe do IMAC de Cruzeiro do Sul foi exonerado.
Os comentários em Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves, foram de que o prefeito Sebastião Correa do MDB, recorreu à política para “resolver o caso”, o que não foi possível devido à repercussão do fato.
