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Raphael: “fui demitido por pressão da República do TCE”

O ex-secretário de Planejamento, Raphael Bastos, disse ontem à coluna não ser surpresa a sua demissão, porque a sua política de destravar economicamente o Estado, usar os créditos disponíveis para fazer andar projetos e colocar dinheiro na praça, batia de frente com a chamada “República do TCE” – formada pelo Conselheiro do TCE, Antonio Malheiros; secretária da Fazenda, Semírames Plácido; Controlador-Geral Oscar Abrantes e o chefe do Gabinete Civil, Ribamar Trindade – que defendem a política de engessamento da economia acreana. Raphael denuncia que a economia do Estado está parada por conta dos “notáveis”, como também são chamados os integrantes da “República do TCE”. “Eles comandam a economia e travaram tudo”, assinala. Cita o caso da reforma administrativa e do corte de 30% na contratação de terceirizados, que com supressão tirou um dinheiro que circulava na economia e não fez a reposição com outras atividades. “Se você conversar com qualquer empresário ou dirigente de entidades comerciais vai ouvir reclamações de que o dinheiro não está circulando”. Raphael conta que por causa da sua discordância na aplicação dos recursos do Estado já tinha avisado ao deputado federal Alan Rick (DEM), que o indicou para o cargo pelo partido, de que esta sua postura de querer colocar dinheiro no comércio e fazer a economia girar iria lhe custar o cargo. “Foi o que aconteceu”, diz um tranquilo Raphael.


NADA OFICIAL


Muito embora o dirigente do DEM, Paulo Ximenes, tenha dado ontem entrevistas de que o devido a demissão do secretário Raphael Bastos o partido passará a ser oposição ao governo Gladson Cameli, o presidente e deputado federal Alan Rick (DEM) é quem vai decidir.


OLHO DO FURACÃO


Falava-se ontem que seria dada uma secretaria ou mesmo duas diretorias para acalmar o DEM. E que para um dos espaços iria o Jairo Cassiano, assessor de confiança do PT nos últimos 20 anos. Nada contra. É um moço educado, mas seu estigma petista levaria o Alan ao olho do furacão das críticas nas redes sociais. O momento ideal para o Alan é o de evitar tempestades.


NADA TERIA ACONTECIDO


O que custava ao governador Gladson ter comunicado ao deputado federal Alan Rick (DEM), que não estava gostando da atuação do secretário Raphael e faria sua demissão? Ninguém lhe tira o direito de nomear ou demitir. Criticou-se a forma antipática como ele tomou a decisão.


VAMOS SITUAR O CONTEXTO


Debita-se à “República do TCE” a demissão do ex-secretário Raphael Bastos. Que, ele era criticado no grupo do TCE, isso é verdade. Mas quem tem a caneta é o Gladson pessoal, nenhum dos chamados “notáveis” pegou na sua mão ou colocou um revolver na sua cabeça para assinar a demissão. Se o demitiu, foi porque ele quis demitir. Vamos situar o contexto.


NENHUMA DÚVIDA


Que houve pressão da “República do TCE” para acontecer a demissão, não há duvida alguma. Que o grupo é influente na área econômica do governo, também não há dúvida alguma. Mas entre isso e terem a caneta para nomear ou demitir é outra história.


MUDANDO DE ASSUNTO


Ninguém poderá cobrar nada do PROCON. Funciona no nome e sem nenhum aporte de apoio. Aliás, tem secretário dando uma de ditador de republiqueta das bananas em cima do dirigente do órgão com humilhação, é a notícia que chegou. Vamos confirmar e isso será assunto para uma próxima coluna. Governo não tem dono. E o poder não é eterno. Vide o PT!


LEVA PEIA


O militante político de oposição Lira não falou nada de errado em relação á disputa da prefeitura de Brasiléia, na eleição do próximo ano. Se a oposição sair com as velhas caras como candidatas a prefeito, vão sim levar uma peia feia da prefeita Fernanda Hassem (PT).


NÃO SERÁ TOMAR PICOLÉ DE CRIANÇA


E também não pense a oposição em Epitaciolândia de que derrotar o prefeito Tião Flores será o mesmo que tomar picolé de criança, ele ainda tem dois verões para trabalhar, e num município pequeno, pobre; queira-se ou não, a máquina municipal pesa numa campanha.


ESTOU PAGANDO PARA VER


Em política, tudo ou quase tudo é possível. Mas vejo mais como um blefe os comentários de que a deputada federal Jéssica Sales (MDB) poderá disputar a prefeitura de Cruzeiro do Sul. É algo que estou pagando para ver acontecer. É mais um jogo de cena do pai Vagner Sales.


BOM MANDATO


Faço a avaliação porque a deputada federal Jéssica Sales (MDB) cumpre um bom mandato.


SENTIMENTO É O MESMO


Houve queda no número de homicídios, mas o sentimento de insegurança na população continua imutável. Rio Branco é muito pequeno, não pode ficar a mercê da bandidagem.


QUAL O PROBLEMA?


Não encaro como ironia o fato da prefeita Socorro Neri ter mandado engenheiros da EMURB conhecer as técnicas de asfaltamento utilizadas em Cruzeiro do Sul e que estão dando certo na durabilidade. Na gestão pública tem sempre que se modernizar, não pode é estagnar.


UM PRIMOR


A Nota do PT sobre a mudança do senador Jorge Viana para Brasília é um primor de contradição. Admite que, ele apenas foi para trabalhar em Brasília. Não interessa qual será a sua ocupação na capital federal, interessa que a notícia de que se mudou é verdadeira.


MUITO DIFÍCIL


A situação política do PT não é de céu de brigadeiro na eleição municipal do próximo ano. Seus nomes viáveis já deram sinais que vão se guardar para 2022. Não ficaria surpreso se o PT – caso ela queira ser candidata á reeleição – acabe por apoiar a prefeita Socorro Neri. Sem blefe!


COISAS QUE NÃO SE ENTENDE


O ex-prefeito Tião Bocalom tem dito que são muitos os convites para que dispute a prefeitura de Rio Branco no próximo ano e que até lá fará um processo de avaliação. Não sei como um quadro competente, honrado, como o Bocalom, não integra o primeiro escalão do governo Gladson Cameli. O seu único pecado é o de não ser afilhado de nenhum cacique político.


TINHA QUE ESTAR NA EQUIPE


Se o quesito para a composição da equipe fosse a avaliação técnica Bocalom teria que estar dentro da equipe do governador Gladson Cameli. Com certeza, não enfrentaria rejeições.


NOMES POSTOS


Os dois únicos nomes que estão postos porque já se declararam candidatos á PMRB, são os do Coronel Ulysses Araújo e o do ex-deputado Jamil Asfury na disputa da prefeitura da capital no próximo ano. Minoru Kinpara, Socorro Neri, Mara Rocha, Roberto Duarte, Alan Rick, estão no campo da especulação. As pedras começarão a serem postas no tabuleiro no próximo ano.


ERA PEDRA CANTADA


A queda do ex-secretário de Planejamento Raphael Bastos era para ter acontecido no mês passado. O governador Gladson Cameli chegou a aventar a possibilidade, mas recuou ante o pedido de um empresário da comunicação. Desde então o ex-secretário estava na pendura.


É DAR PENA


Quem vai ao estádio Arena da Floresta e o vê no mais completo abandono, com cadeiras arrancadas, a maioria danificada, um gramado a desejar, dá uma pena de ver. No governo Binho Marques era tudo limpo, conservado, bonito, seu sucessor deixou se deteriorar.


É RECUPERAR


Fiz apenas o comentário para situar a discussão no contexto. O governo Gladson Cameli recebeu o “Arena da Floresta” em escombros, mas o que interessa aos desportistas é que a obra seja recuperada e volte a ser um dos locais mais aprazíveis para quem gosta de futebol.


CANDIDATURA PRÓPRIA


O vice-governador Major Rocha descarta nas conversas qualquer caminho na eleição do próximo ano para a prefeitura de Rio Branco que não seja o PSDB com candidatura própria. Deverá bater de frente com o MDB, que também lançará um nome do partido à PMRB.


SITUAÇÃO ESTRANHA


Mesmo que o DEM venha a declarar que está fora da aliança do governo Gladson Cameli, ficará uma situação estranha: o único deputado do DEM na ALEAC, Antonio Pedro, é um dos mais fiéis aliados do governo, sendo muito improvável que se bandeie para a oposição.


CHOQUE DE MEDIDAS


O presidente Jair Bolsonaro baixou uma Medida Provisória obrigando a que os sócios dos sindicatos, mesmo os que optaram de livre vontade de pagar uma mensalidade, o façam através de um boleto. Projeto do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) defende que o pagamento possa, no Acre, ser descontado diretamente na folha salarial do sindicalizado. É constitucional, havendo uma Medida Provisória em vigor? É um debate para a CCJ da ALEAC.


TOQUE DE RECOLHER


O discurso de ontem na Câmara Municipal de Rio Branco do vereador Juruna (PHS), citando que o poder paralelo do crime domina o Acre, não foi nenhum exagero para a platéia. Contou que para entrar no bairro Aroeira, na região do Calafate, teve que se submeter às normas das facções. O seu pronunciamento traça o quadro real existente hoje nos bairros da periferia.


TRIÂNGULO DA MORTE


A região formada pelo Calafate, Aroeira e Ilson Ribeiro é denominada como “Triângulo da Morte”, aonde ao escurecer e dado o toque de recolher e ninguém entra de noite sem cumprir as regras da bandidagem. Se alguém ousar entrar livremente a execução é certa. E agora?


NÃO TINHA MAIS O QUE FAZER


Não restava à PM ao não ser agir como agiu para desocupar a AC-40, tomada por manifestantes. Já tinha havido um acordo de que as máquinas para recuperar os ramais do Benfica seriam deslocadas. Mas não se podia deixar a estrada sendo fechada e sendo aberta á livre vontade dos manifestantes, mesmo num ato pacífico. Todo protesto tem o seu limite.


BASE FICA COM A MAIORIA


Na composição da CPI da ENERGISA, a base do governo ficou com maioria – Luiz Tchê (PDT), Cadmiel Bonfim (PSDB), Chico Viga (PHS) e José Bestene (PROGRESSISTAS). E a oposição ao governo com três deputados: Roberto Duarte (MDB), Jenilson Lopes (PCdoB) e Daniel Zen (PT).


PODER DE VETO


Por ter a maioria na “CPI da ENERGISA”, os deputados da base de apoio ao governo terão o poder de vetar convocações e; se entenderem, indicar o Presidente e o Relator desta CPI.


AS VÁRIAS FACES DO MDB


Como vai se comportar o MDB na composição de blocos na Assembléia Legislativa? Como partido integra o governo Gladson Cameli, com secretarias e diretorias dos seus indicados. Mas, na ALEAC, os seus dois deputados votam com os partidos de oposição ao Cameli.


NÃO PODE FICAR SÓ NA CONVERSA


Tenho conversado com vários deputados da base do governo e tenho ouvido muitas reclamações de que as parcerias que são prometidas não são cumpridas, não conseguem andar além do gabinete governamental. Na política, não se faz maioria sem parcerias.


CARGOS VAGOS


No governo existem três cargos importantes que deverão ser preenchidos por escolha exclusiva do governador Gladson Cameli, nos próximos dias: ANAC-ACREPREVIDÊNCIA e PLANEJAMENTO. As suas ocupações não devem entrar na ciranda das discussões políticas.


BASE DO GOVERNO VAI SE AFINANDO


Depois da confusão da “CPI da ENERGISA”, da entrada do vice-governador Major Rocha no cenário da articulação política, já se nota uma maior unidade, no que era uma base de apoio ao governo em frangalhos. Os discursos começaram a se afinar com a formação dos blocos parlamentares. Neste prisma, partidos que eram da FPA e que se integraram à nova composição, como PRB-PHS-PSB têm sido muito importantes na formação de uma maioria parlamentar. A oposição agressiva ao governo Gladson Cameli tende a ficar mais restrita aos deputados Daniel Zen (PT); Edvaldo Magalhães (PCdoB); Jenilson Leite (PCdoB) e Roberto Duarte (MDB). A deputada Meire Serafim (MDB) não tem votado com o governo, mas não é agressiva. Assim como o deputado Fagner Calegário (PV). E neste quadro que acontecerão os debates na ALEAC . E que venham, afinal, não foram eleitos só para receber a grana mensal.


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