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Maioria condena demolição da antiga sede da Polícia Federal

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Boa parte da população, especialmente os intelectuais, não gostaram muito de ver o antigo prédio do Departamento de Saúde do Acre, que também foi sede da Polícia Federal, na rua Floriano Peixoto, no centro de Rio Branco, virar escombros. “Bola fora do Gladson. Lamento”, criticou o pesquisador Alceu Ranzi. “Coisa de governo desmemoriado. Se até o Prédio do antigo Meta que foi planejado para ser transformado no Museu dos Povos Acreanos, fala-se que será transformado em espaços de secretarias. Demolir esse prédio histórico é fichinha”, completou Miguel Félix, militante do PCdoB.


Até os maçons se revoltaram. “Como Inspetor Litúrgico do Supremo Conselho iniciei um projeto para solicitar a doação desse prédio que seria preservado e teríamos um espaço nobre para maçonaria”, lamentou José Severiano de Freitas. Assim como ele, o indigenista José Meireles, hoje vivendo na Bahia, também considera que o prédio pudesse ser melhor aproveitado. “Dava um espaço cultural e de lazer muito bom se fosse revitalizado”, disse o sertanista aposentado.

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Construído pelo governador José Guiomard Santos, o velho prédio abrigou o que hoje é a Policlínica Barral Y Barral e serviu de hospital para hansenianos. Foi durante muitos anos a sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Acre e chegou a ser anunciado, e ficou só na promessa, pelo governo de Sebastião Viana a revitalização e transformação em espaço de cultura. O historiador Marcos Vinicius, ex-presidente da Fundação Garibaldi Brasil, de Rio Branco, considerou loucura a demolição. “É um absurdo, uma loucura. Quando uma pessoa apresenta câncer de pele faz-se o tratamento local, mas não arranca o braço”, comparou em entrevista ao ac24horas.


O governador Gladson Cameli cumpriu o anúncio que fez no sábado passado, durante programa de rádio. O local, segundo ele, era abrigo de aventureiros e usuários de droga e havia muita reclamação dos moradores. Agora, após remoção do entulho, será transformado em estacionamento que, possivelmente, terá o Educandário Santa Margarida como entidade gestora. Nesse contexto, a moradora Gê Oliveira viu como algo positivo. “Se vai embora o abrigo dos drogados do centro da cidade, onde na segunda-feira um usuário de drogas me abordou quando eu ia passando com meu filho. Agora eles terão de arrumar outro lugar, e os pedestres que por ali passam vão ter paz, graças à Deus”, aliviou-se Gê.


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