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Como seria o Acre se não fossem os 20 anos de Florestania?

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*Major Wherles Rocha


Esse é um questionamento que faço diante da situação caótica em que o PT entregou o nosso Estado após 20 anos de (des)governo. Dias atrás, quando acompanhava uma comitiva de Rondônia, que queria conhecer o nosso Estado, entre os muitos lugares que visitamos, quero relatar um que me fez pensar sobre essa situação. Em Plácido de Castro, na visita que fizemos ao antigo prédio da CAGEACRE, encontramos um armazém gigantesco, com quase 40 anos de construção e que é semelhante a outros tantos que encontramos espalhados em todos os nossos municípios. Esse armazém e os outros, uns até bem maiores, retratam um período de nossa história em que o Acre focava na produção agrícola. Muito antes de outros Estados que hoje dominam o agronegócio. Ainda lembro desses velhos armazéns abarrotados de arroz, feijão, farinha, milho e de outros produtos.

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Retorno ao questionando: Como seria o nosso Acre se os governos da “floresta” não tivessem regredido aos tempos do extrativismo? Será que não estaríamos ombreando com Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia? Infelizmente a resposta a essa pergunta vai ficar no campo das hipóteses.


O certo é que temos um imenso potencial para a produção agropecuária e há 40 anos alguém já pensava em ver o Acre como um Estado do agronegócio, mesmo que esse conceito ainda nem existisse. Também é certo, ao menos sob a minha ótica, que o conceito de florestania tal como foi implementado pelos governos do PT, impediu que o nosso Estado fosse um dos pioneiros nessa área econômica. Pior ainda, ao meu ver, o modelo baseado nesse conceito foi o responsável pelos índices desastrosos que hoje amargamos, tais como:


*Somos, proporcionalmente, o Estado com o maior número de bolsas família no Brasil;
*Figuramos no Atlas da violência como um dos Estados mais violentos do país;
*Nacionalmente, temos, em termos proporcionais, a maior população carcerária;
*Estamos ocupando uma das últimas colocações no ranking de competitividade;
*Estamos entre os últimos Estados quando o assunto é saneamento básica, entre tantas outras marcas negativas.


Não podemos esquecer que nos 20 anos de (des)governo do PT, enquanto outros Estados investiam ou abriam suas fronteiras para o agronegócio, no Acre a Frente Popular criava entraves, intensificava a perseguição aos pequenos e grandes produtores, abandonava as estruturas que foram construídas para fomentar a produção e estimulava o êxodo rural.


Embora não seja possível responder o questionamento inicial, é muito fácil comparar as realidades e os resultados de Estados que, ao contrário do Acre, apostaram na prosperidade.


*Major Rocha é vice-governador do Acre


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