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“Até hoje, não movimentaram um dedo para resolver esse problema”, diz Dom Joaquim

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Contrato entre Sesacre e hospital Santa Juliana encerra no mês de abril


A situação da saúde pública no estado do Acre, que já não é da melhores, pode piorar ainda mais. Isso porque os representantes da Diocese de Rio Branco alertaram, por meio de coletiva na manhã de hoje, 19, que o governo do estado não manifestou interesse na renovação do contrato que viabiliza o hospital Santa Juliana a atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

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A situação é parecida com a da Casa de Acolhida Souza Araújo, que enfrenta sérios problemas financeiros devido à falta de repasse do governo do estado desde o mês de julho da última gestão até a atual gestão estatal.


O convênio da Secretaria estadual de Saúde com o Santa Juliana, assinado em 2013, vence no próximo dia 31 de março. Dom Joaquim presidente as obras da Diocese na Capital e garante: “Até o dia 31 de março, as obras sociais da Diocese de Rio Branco se responsabiliza pelo gasto financeiro, mas a parir do mês de abril deixa de ser nossa responsabilidade”.


Dom Joaquim afirma que a Diocese possui todos os documentos comprovatórios de tudo que o estado fez e deixou de fazer para com as obras sociais da Diocese, tanto com relação ao Santa Juliana, quanto à Casa de Acolhida.


“Para dar continuidade às ações sociais da Diocese, o governado Gladson Cameli deveria propor um novo Projeto de Lei na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Esse Projeto de Lei não foi encaminhado à Aleac até o momento, por isso não existe mais convenio entre o atual governo e a Casa está nessa situação precária”, declarou.


Segundo ele, “não existe convênio e também não há previsão de que esse convênio seja renovado, já que o PL não foi encaminhado aos deputados”.A Procuradoria Geral do Estado (PGE) ainda não foi informada com relação à essas questões por parte do governo.


A Diocese garante que Gladson Cameli e o secretário estadual de saúde, Alysson Bestene já foram avisados da situação. “Ainda não existe nenhuma proposta a ser analisada para a renovação do contrato, já que a atual gestão decidiu por fim ao convênio. Até hoje, não movimentaram um dedo a fim de resolver esse problema”.


Tratativas

A partir das 11 horas desta terça-feira, 19, representantes da Diocese estarão reunidos com o governador Gladson Cameli para tratar essas questões e verificar qual o posicionamento do estado.


“Fizemos todo o possível e impossível, mas quem tem responsabilidade, que é o estado, não fez sua parte, inviabilizando os trabalhos que estávamos fazendo”, argumenta Joaquim. Ainda segundo a Diocese, sempre houveram atrasos e problemas com relação ao repasse de verbas em outros governos, mas sempre foram superados, o que não está sinalizado pela atual gestão.


A dívida para que a Diocese possa manter a Casa de Acolhida Souza Araújo, por exemplo, chega a quase dois milhões de reais. A dívida acumulada com o hospital Santa Juliana, contando com os atrasos da gestão de Sebastião Viana (PT), já soma mais de R$ 4 milhões.


O Santa Juliana atende 40% dos partos encaminhados pelo serviço público de saúde e, ainda, a maior parte das cirurgias cardíacas cadastradas pelo SUS.

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