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Mãe de bebê nega que orientou pai a dar leite industrial e reafirma que policial matou criança

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A enfermeira Micilene Souza, mãe da pequena Maria Cecília, de três meses, morta por broncoaspiração no dia 8 de março negou ter orientado o pai da criança, o policial federal Dheymersonn Cavalcante a alimentar a criança com leite industrial, como contou o pai em entrevista exclusiva ao ac24horas. A mãe conversou com o portal por telefone na quinta-feira, dia 14.


Dheymersonn entregou à reportagem imagens de conversas supostamente trocadas, via WhatsApp, entre ele e a mulher. Nas mensagens, a mãe teria contado que a criança havia passado mal e por pouco não morreu. O pai afirmou também que a criança estava doente e que ajudou financeiramente a mulher, desde a gravidez. Versão que é desmentida por Micilene.

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“A bebê era alérgica a todas as fórmulas. Na mensagem eu falo: amamentação exclusiva, somente. A minha filha nunca usou mamadeira, doutor. Nunca! Eu queria saber até hoje como que a minha filha morreu. A mãe dele falou que deu duas mamadeiras. Ela falou dentro da emergência. Doutor, se você ler, eu vou estar com raiva nas mensagens”, retruca a mulher.


Micilene questiona ainda o por quê de Dheymersonn Cavalcante não ter socorrido a filha, já que ele é um ex-bombeiro, e diz que a criança não precisava de fraldas,c omo alegou o pai. “Eu falo ‘cadê a minha filha, cadê a minha filha?’. Ele é um ex-bombeiro, por que que ele não ressuscitou a filha dele na mesma hora? Ele saiu com duas fraldas da casa, e em meia hora a minha filha não utilizaria três fraldas”, retruca.


Micilene diz que só bloqueou o policial federal uma vez, e que ele sempre mudava de números e a informava sobre isso. Ela comenta que não pode comprovar porque o celular dela está sob a guarda da Polícia Civil, que investiga a morte da criança. “Se tem quatro números, pergunte a ele se eu deixei um dia de dar informações a ele”. Dheymersonn contou ao ac24horas que Micilene desapareceu por quatro dias.


Sobre os comprimidos que estavam na vagina da mulher, Micilene diz que Dheymersonn mente ao dizer que não os colocou. “A polícia está com o meu celular.Eu perguntei: ‘você colocou alguma coisa dentro de mim?’, e ele fala: ‘coloquei partilha’. Quando eu voltei para o hotel ele tinha fechado a conta. Doutor, eu acordei na madrugada com dores, e só amenizava quando eu sentava no vaso sanitário”, afirma.


Dheymersonn também comentou que a ideia de fazer um aborto foi da mulher, mas ela diz que pensou em abortar, mas depois se arrependeu e que tem testemunhas disso. “No meu desespero eu pensei, mas pedi perdão a Deus. Ele continuou a gestação pedindo isso, até o sexto mês. Até hoje eu peço perdão a Deus”, confirma a mulher.


Após dar entrevista ao site, no dia seguinte, sexta-feira, dia 15, Micilene Souza acionou uma advogada e pediu que a matéria não fosse mais publicada. Alegou que estava arrependida de ter concedido a entrevista e que não a autorizava. A representante dela, advogada Vanessa Facundes, alegou que se publicada a reportagem, o site seria processado.


O fato é que em nenhum momento Micilene foi obrigada a conceder entrevista, e foi informada, em meio à ligação, de que a conversa estava sendo gravada e que poderia ser disponibilizada uma cópia da gravação. A reportagem foi autorizada a publicar a entrevista e o áudio continua disponível a todos os envolvidos no caso. O ac24horas não foi o único, nem o primeiro veículo de imprensa a entrevistar Micilene.


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