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Suicídio de agente gera denúncia sobre pressão de nova diretoria

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O ex-presidente da Associação dos Agentes Penitenciários do Acre, José Janes Peteca, foi a última pessoa a conversar com o colega Marcelo Souza da Rocha Alves, que cometeu suicídio disparando uma espingarda calibre 12 contra a própria boca na tarde desta terça-feira, 12.


“Você está bem Marcelo?”, perguntou Janes. “Sim, estou”, respondeu Marcelo e seguiu rumo à guarita do presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC) onde estava de plantão.

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Janes estava com um grupo de colegas. Logo ouviram a explosão e deduziram: o Marcelo se matou.


“Marcelo me procurou há uns dois meses achando que eu poderia suspender sua transferência para a FOC. Ele me disse que não tinha condições psicológicas para atuar ali, pois estava se recuperando de problemas com álcool e drogas”, comenta Janes.


Marcelo era lotado na Unidade Penitenciária 4 (UP-4), também chamada de Papudinha onde são mantidos presos de nível superior e de regime semiaberto. A UP4 é considerada um posto de trabalho light em relação à FOC onde estão as facções e bandidos de alta periculosidade. Com sua transferência para a FOC, Janes ouviu repetidas queixas de Marcelo bem como de vários outros colegas nas mesmas condições.


“Sem a realização de concurso público e um deficit muito grande de agentes, o novo diretor-presidente do Iapen está sufocando os agentes, pegando todo mundo sem se preocupar com a capacidade emocional de cada um”, criticou Janes.


O diretor-presidente do Iapen, Lucas Gomes, que também é agente penitenciário e foi presidente do sindicato da categoria, emitiu nota classificando o caso como um suposto suicídio e que a Polícia Civil estava tomando providências. Questionado sobre se tinha conhecimento dos problemas do funcionário, não respondeu até o momento.


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