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Lhé: “os dirigentes do PT esqueceram que o poder não é eterno”

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Abrahim Farhat, o Lhé, é uma das figuras mais representativas do PT, porque vem da luta partidária desde o embrião das comunidades eclesiais de base, da venda de camisas nas praças, para manter o básico ao funcionamento da sigla. Lhé fez ontem à coluna uma análise fria da maior derrota sofrida pelo PT, no Acre, desde a sua fundação: “vejo muita reclamação, mas estão se esquecendo de duas coisas: primeiro de agradecer ao povo acreano por o PT ter ficado 20 anos no poder. Não se esqueçam de agradecer! E o segundo ponto é que os nossos dirigentes achavam que o poder era eterno”. O poder é passageiro, pontua. Lhé condena a briga entre as lideranças tradicionais do seu partido com a tendência que tem hoje o comando da máquina interna, inclusive, a presidência, a DR- Democracia Radical. “Quem fortaleceu este grupo (DR) foram os que hoje reclamam, com o poder, este grupo, quis transformar o PT numa corrente única de pensamento, quando o PT é plural nos vários pensamentos ideológicos, somos várias correntes, o PT é belo por isso”, situa a disputa. O PT, na sua avaliação se afastou das bases e errou ao cooptar os sindicatos para dentro do poder. E também debita à derrocada na última eleição ao salto alto e arrogância do já ganhou de alguns. Lhé defende que aconteça uma reunião de espíritos desarmados com todas as correntes para buscar um novo rumo, reconhecer os erros, sem ficar apontando dedos para culpados. Para o velho guerreiro, o PT saiu muito ferido da luta da eleição, mas diz que, se enganam os adversários ao pensarem que, o PT está morto. “O PT perdeu o poder, mas está vivo”, vaticina Lhé, o eterno lutador pela criação do Estado Palestino, o seu grande sonho, e sempre na linha de frente.


SEM O DOM DA CLARIVIDÊNCIA


Este desgaste que o governador Gladson Cameli está sofrendo nas redes sociais pela nomeação de petistas é que a maioria das indicações vem de deputados da base de apoio e, ele não tem o dom da clarividência para saber quem era ou não figura carimbada do PT.


PROPORÇÕES GIGANTES


Mesmo não sendo nomeação da sua cabeça, quando uma figura ligada ao PT aparece nomeada no Diário Oficial, ele acaba pagando o pato, pois, foi quem assinou o ato. E as críticas vão se avolumando e acaba levando a culpa. E isso está lhe trazendo um forte desgaste.


VAMOS VER NA PRÁTICA


Tem causado boa impressão nas entrevistas, o secretário de Agricultura, Paulo Wadt, pelo menos no aspecto teórico tem se mostrado um profundo conhecedor da área agrícola. É quem vai comandar pelo governo implantar o agronegócio. Vamos ver como se sairá na prática.


APORTA NO MDB


É natural que não tenha respondido de pronto, mas a tendência natural do professor Minoru Kinpara é filiar-se ao MDB, porque o convite é oficial, e tem a chancela do presidente do partido, deputado federal Flaviano Melo (MDB), para ele vir a ser o candidato à PMRB.


SEGREDO DE POLICHINELO


O ex-deputado federal João Correia anda brabo porque vazou a operação para trazer o professor Minoru para o MDB. Reunião com cinco pessoas, o segredo só resiste até o término das conversas, caro João! O MDB sempre foi casa de muro baixo e de paredes falantes.


FAZENDO CERTO


O ex-senador Jorge Viana (PT) está fazendo certo ao sair de cena e deixar o espetáculo para quem ganhou a eleição. Sabe que no momento não seria produtivo uma oposição ferrenha. Com a sua experiência, JV soube avaliar qual a hora de colocar ou tirar o seu bloco da rua.


NÃO É O TIME


Erra quem pensa que, o ex-senador Jorge Viana está fora da política. A grande votação que teve na última eleição o cacifa para voltar no momento certo ao centro do debate. JV ainda é disparado o nome do partido que congrega mais prestígio entre os eleitores. Ainda é forte.


VOLTAR AO PROTAGONISMO


Ao partir para formar uma base e ter uma candidatura própria à PMRB, no próximo ano, mostra que o MDB, que ficou sem cargos de muita visibilidade no governo, quer voltar a ser protagonista. Sabe que se ficar acomodado, estará num plano inferior na eleição municipal.


COMO FICARÁ O BOCALOM?


Qual será o papel em 2020 do Tião Bocalom, que saiu da eleição sem ganhar um mandato por força da lei eleitoral, mas extremamente bem votado? Teve mais votos que alguns deputados federais da bancada acreana. Ele pode bater no peito e dizer que não comprou os seus votos.


VIROU CHEGADO


Quem vem se aproximando do governo Gladson é o empresário Ricardo Leite, o Rico, que foi uma das figuras mais próximas do ex-governador Tião Viana, ao ponto de surgirem especulações de que seriam sócios em empreendimentos. Rico é hoje um defensor da política econômica de Cameli de abrir o Acre ao agronegócio, e desfila com desenvoltura nas reuniões.


NENHUMA BRIGA


Pode até haver desencontros, mas nenhuma briga ou fato relevante que possa a vir separar ou colocar em rota de choque o governador Gladson Cameli e o vice-governador Major Rocha. Até porque uma briga política entre ambos o governo iria ruir e iriam juntos no funil.


FICA SEM FORÇA


O deputado Neném Almeida (SD) tem sido combativo quando se trata de defender o governo Gladson Cameli e criticar o PT. Mas, quando se vê que as suas indicações para cargos de confiança são de figuras carimbadas que estavam com o PT na campanha, perde força na crítica.


PMRB NAS RUAS


A prefeita Socorro Neri colocou diversas frentes de pavimentação e tapa-buracos em vários bairros, e á medida que for terminando o serviço em uma via, passa para outra. Com a chegada do verão poderá ampliar o trabalho. Tapando os buracos a sua aceitação cresce.


PASSA SER BEM AVALIADA


A única queixa que se ouve com base contra a prefeita Socorro Neri é a questão das ruas esburacadas, com uma proporção alarmante. É um problema pontual e pode contornar. A impressão que fica de quem está na gestão; não é a primeira, mas a última impressão.


ENTRA NO JOGO


A Socorro Neri tem dois verões até 2020. Depende só dela, entrar no jogo da reeleição.


POLÍTICA É MOMENTO


Numa eleição, por exemplo, o eleitor não fica preocupado com o que passou, mas com o atual. Um gestor público pode iniciar a sua administração de maneira impopular, mas se chegar na eleição tendo superado os obstáculos é o que vai valer. A política é feita de momentos.


UMA BOA PAUTA


Uma boa iniciativa a do Tribunal de Contas do Estado, ao fazer um levantamento de quantas e quais obras públicas que foram iniciadas e estão paralisadas, no Acre. Ao final do trabalho se poderá ter o volume exato do que se encontra hoje entregue ao abandono. Não são poucas.


CONVERSAS INICIADAS


O assessor político do governo, deputado Ney Amorim, me disse ontem que já iniciou uma série de conversas com deputados para formar uma base do governo fortalecida na ALEAC. Não quis adiantar qual é hoje o tamanho da base, antes de fechar alguns entendimentos.


FORA DE MODA


Podem criticar o Tião Viana enquanto ainda estamos no rescaldo da eleição passada. Daqui alguns meses, ele sairá de moda e o dono da cena para cobranças será o seu sucessor. A política sempre seguiu este roteiro e vai seguir: a crítica vai sempre para quem está no poder.


SURFA POR MAIS TEMPO


Caso o governador Gladson Cameli consiga até junho entregar obras que foram abandonadas pelo governo passado, como HUERB, UPA de Cruzeiro do Sul, Museu da Borracha, entre outras, poderá surfar na onda da popularidade por mais tempo, porque mostrará ação.


FICARÁ EM ALTA


Para se manter na crista da onda no Alto Acre, onde foi o mais votado na última eleição, basta o governador Gladson Cameli construir a ponte ligando Brasiléia à Epitaciolândia e entregar a obra do anel viário. O bastante para ele chegar na eleição municipal como o grande eleitor.


MOTIVO SIMPLES


O motivo pelo qual as obras se concluídas subirão mais seu prestígio na região é que, os petistas passaram 20 anos prometendo a construção da ponte que uniria Brasiléia-Epitaciolândia e o Anel Viário e não cumpriram. E é um anseio da população dos municípios.


ATÉ HOJE


Passaram décadas e o ex-governador Nabor Junior ainda é lembrado em Brasiléia e Epitaciolândia como o governante que fez a ponte interligando os dois municípios. Por isso, não se pode julgar hoje o governo Gladson como uma aposta que não vai dar certo.


PROVA VIVA DA INCÚRIA


A demissão da servidora da Rádio Difusora Acreana, Toinha Oliveira, 31 como sonoplasta da RDA, foi lamentável, sob todos os aspectos, mas deve ser analisada por alguns ângulos. É uma prova viva da incúria. Os governos do PT tiveram 20 longos anos para regularizar a sua situação e não regularizaram. Foi mantida no cargo por meio de CECs, que não são garantia perene de emprego, mas uma maneira de ir empurrando a situação com a barriga, um paliativo, que um dia acaba, como acabou agora. Como a estrutura do Estado diminuiu com a Reforma Administrativa no governo Gladson Cameli, não havia como a secretária Silvânia Pinheiro continuar lhe mantendo no emprego com uma CEC. Irresponsável seria se, a servidora continuasse trabalhando e no fim do mês não tivesse como receber. Melhor a sinceridade do “não” do que o calote do “sim”, em 20 anos dos governos petistas. Sejamos realistas. Este é episódio muito triste, mas cuja a culpa, sinceramente, não cabe no colo da secretária Silvânia.


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