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Uma base do governo sem lenço e sem documento

O que se viu ontem na Assembléia Legislativa foi o retrato fiel de como se encontra a base de apoio do governador Gladson Cameli: uma canoa sem quilha, sem remo, fazendo água. Não quero nem entrar nas discussões acaloradas, as ameaças de agressões, entre membros desta base, pois, não me é novidade num parlamento. O ponto que coloco em discussão é que falta um nome que lidere congregando, dialogando, aceitando o contraditório, sem o comportamento de ideia única, sem o emocional. Se me perguntarem quem foram os parlamentares que mais e destacaram na legislatura passada, com certeza vou colocar o nome do deputado Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS), entre os três melhores. Mas era outro mote: ele era oposição. Mas como líder do governo, pelo menos neste início de legislatura, o deputado Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS) não tem demonstrado adaptação e aptidão para uma função espinhosa que, antes de tudo exige o diálogo, principalmente, com os aliados. Atacar colegas do mesmo barco só corrobora com a minha observação de ver um grupo sem rumo. O fato de dois deputados da base do governo, de se manifestarem, pedindo mais debates sobre dois polêmicos decretos do governo não deveria, jamais, sendo o Gerlen o líder do governo, ensejar da sua parte as agressões verbais aos colegas. Como é que se vai liderar uma bancada sem exercer o diálogo, mas adotando a prática da agressão verbal? Falo de cátedra porque há décadas cubro os trabalhos do Legislativo, do governo Wanderley Dantas até o governo Cameli, e não me lembro de ter visto um líder brigando com os seus liderados. É um caminho que leva à discórdia. Se um líder não dialoga com os seus, como dialogar com a oposição? A trilha seguida pelo Diniz não vai lhe levar e tampouco o governo que representa a um porto seguro. É bom lembrar ao Gerlen que ele representa no parlamento a figura do governador Gladson. E que este vai precisar de votos para aprovar seus projetos. Ou muda o seu comportamento emocional, ou não vejo como ele liderar os apoiadores do governo.


A CONSPIRAÇÃO NÃO SOMA


Conspirar para tirar o Ribamar Trindade da chefia do gabinete civil do Governo é um comportamento de quem pensa mais no seu umbigo de que no governador. Não tenho afinidade com o Ribamar. Mas é burrice criar bolsões de intrigas dentro de um governo.


VEM MAIS DESGASTE


A oposição se prepara para disparar uma bateria de críticas ao fato do ex-prefeito James Gomes de ocupar alto cargo de confiança com lotação no Estado, e, praticamente, ele estar morando em Brasília. É flanco aberto. Ouvi isso ontem, numa roda de políticos oposicionistas.


GRANDE OPORTUNIDADE


O Gladson Cameli, como senador, lutou muito para a construção do anel viário de Brasiléia e a ponte ligando com Epitaciolândia. Parece que agora foi dado o sinal verde para as duas obras.


TREM RECOLHIDO


O Marcus Alexandre, que foi candidato a governador e perdeu, aceitou com fleuma a derrota e recolheu o trem da campanha. Alguns companheiros acham que estão em campanha, que a eleição não acabou e podem ainda ganhar. Não se prepararam para a derrota. É o problema.


DESDE QUE NÃO SE DÊ CALOTE


Comungo com a tese do deputado José Bestene (PROGRESSISTAS) de que o Hospital Regional de Brasiléia poderia ser terceirizado. É uma prática moderna de gestão. Desde que o governo pague em dias o grupo que assumir a unidade, para não faltar medicamentos e atrasar os salários dos profissionais. É a condição essencial para uma terceirização dar certo.


EXEMPLO NEGATIVO


Um exemplo é o Hospital Regional de Cruzeiro do Sul. Quando o governo pagava em dias os repasses contratados, as religiosas que administram a unidade a transformaram em exemplo de eficiência. O governo que saiu, começou não pagar, deixou uma dívida milionária, os salários estão atrasados, e o hospital deixou de ser referência, não por culpa dos seus gestores.


NÃO ABRE MÃO


Conheço um pouco o vice-governador Major Rocha e se tem uma coisa da qual não abre mão é exercer o poder. Não é bom negócio, pois, trombar com o Rocha por espaços. É bom lembrar que ele será governador em todos os momentos de eventualidades no mandato do titular.


ATRAPALHADO OU NÃO É QUEM MANDA


Com filhos atrapalhados ou não quem manda no governo é o presidente Jair Bolsonaro. A demissão de ministro é competência exclusiva da sua caneta. E não é porque um ministro foi demitido por um motivo irrelevante ou não, se dizer que o seu governo não dará certo.


NENHUM MOVIMENTO


Até o momento o governador Gladson Cameli não externou nenhuma intenção de sacar o presidente do ACREPREVIDÊNCIA, Alércio Dias, em que pese os contratempos com a nomeação. O argumento de que foi condenado por improbidade administrativo é falso.


FUNDAMENTAL PARA O CURSO


As ações do prefeito Ilderlei Cordeiro foram fundamentais para que Cruzeiro do Sul venha a ter uma Faculdade de Medicina. E sob a coordenação da sua competente chefe de gabinete, Ildecleide Cordeiro. Na área parlamentar, quem mais ajudou foi o deputado federal Alan Rick (DEM). É um empreendimento que vai sim gerar emprego e renda para o município.


SOJA CHEGANDO


Para calafrios dos ambientalistas a soja chegou ao Acre. Convidada pelo deputado federal Alan Rick (DEM) a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, estará hoje em Rio Branco para prestigiar a primeira colheita de uma safra de soja no Estado. Ninguém segura o agronegócio.


SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA


Á prefeita Socorro Neri não haveria alternativa ao não ser de decretar estado de emergência por conta da alta infestação de dengue na cidade. Houve um aumento de mais de 300% em relação ao mesmo período de 2018. Chegam perto dos mil os casos notificados.


CAMINHO TRAÇADO


O caminho do deputado Roberto Duarte (MDB) está em confronto aberto com o governo Gladson Cameli. As suas cobranças têm sido vistas como atitudes de quem faz oposição. Ou isso ou não, é difícil que o Duarte venha recuar das suas posições para só defender o governo.


PAGA UM PREÇO


A postura do deputado Roberto Duarte (MDB) tem um preço. Ela inviabiliza a sua intenção de se projetar na Assembléia Legislativa para disputar a prefeitura no próximo ano, pela coligação que apoiou o governador Gladson Cameli. Pode ser candidato, mas em outro grupo político.


VALE A INTENÇÃO


Se o aplicativo “Botão da Vida” a ser acionado por mulheres sendo agredidas já existia com outro nome no governo Tião Viana é irrelevante, vale a boa intenção da primeira-dama Ana Paula Cameli, no combate à violência contra as mulheres. Analiso pelo lado pragmático.


PROPOSTA NA MESA


O prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, diz que continua com a proposta na mesa do governo municipalizar a saúde, desde que cumpra com os repasses. Quer transformar o hospital de Sena em uma referência de bom atendimento na região do Purus.


DADOS DEFASADOS


Vem a calhar o pedido da deputada Meire Serafim (MDB), feito ontem na ALEAC, de que os dados de transbordamento e alerta dos rios no Acre sejam atualizados. Sem essa atualização não há como o poder público se antecipar na montagem de um plano para acolher os desabrigados pelas cheias. A cota de alerta precisa ser modificada devido às novas ocupações.


CUMPRIA OU PREVARICAVA


Zero no quesito perseguição, a demissão do Procurador Pedro Diego, da prefeitura de Brasiléia. Aconteceu porque o Edital do concurso exigia que o candidato ao cargo tivesse 5 anos de OAB. Ele só tinha 3. Saiu agora o resultado reparando a ilegalidade. Ou a prefeita Fernada Hassem o demitia ou poderia ser enquadrada em crime de prevaricação.


TODOS SENDO APURADOS


Não há relação com a série de denúncias que o ex-Procurador Pedro fez contra a gestão da prefeita Fernanda Hassem, estas, legítimas, e estão sendo todas apuradas pela justiça, algumas já arquivadas. São situações jurídicas completamente diferentes. Que isso fique bem claro.


FAIR-PLAY


O deputado Daniel Zen (PT) deu uma aula de que mesmo entre os contrários nas posições ideológicas pode haver entendimento e diálogo. Apresentou um projeto para que a milhagem das passagens compradas pelo Estado não beneficie quem viaja, e seja utilizada na compra de passagens para custear atividades fora do Estado no setor da Educação. Como soube que projeto sobre o uso da milhagem já tinha sido apresentado pela deputada Antonia Sales (MDB), só que, com outra destinação, lhe convidou para ser co-autora do seu projeto.


É PROIBIDO PROIBIR


São mais de quatro décadas fazendo jornalismo político. Já apresentei programas de debates na televisão e passei por vários jornais durante esta jornada. Muita pressão e censura sofrida, por governantes. O OPINIÃO é a minha etapa mais nova. O que me surpreendeu é que neste diário se exerce a democracia plena. É natural como a qualquer órgão de comunicação, que se tenha contrato de publicidade com o governo, porque se trata de uma prestação de serviço. Pois bem, voltando ao fio da meada, mesmo assim, aqui se exerce a liberdade de expressão. Pelo menos nos meus dois anos de casa. Durante o período que escrevo a coluna neste espaço nunca me foi pedido para não publicar uma nota ou ter uma nota cortada na edição, mesmo nas críticas mais duras aos atos do governo Tião Viana, de quem fui um crítico feroz nos seus últimos quatro anos. O dono do jornal, o Acrevenus, uma figura que tem como a sua principal característica a simplicidade, a arrogância passa longe dele, dá um banho nos diretores dos concorrentes dos jornais impressos no quesito livre expressão. O OPINIÃO faz hoje 8 anos. O OPINIÃO é o caçula dos jornais acreanos. E levantando a bandeira do é proibido proibir. Não poderia deixar de neste momento em que se fala muito em democracia e não se exerce, de fazer este registro. Por essa vertente de que a imprensa tem de ser livre, vida longa, Acrevenus! Vida longa, OPINIÃO! A beleza da imprensa só existe quando se pratica a liberdade.


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