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PF investiga “laranja” nas eleições de 2018 do Acre que recebeu R$ 279 mil e teve 6 votos

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Candidata a deputada estadual pelo Acre, a policial militar Sônia de Fátima Silva Alves (DEM) é um fenômeno às avessas, segundo a reportagem da Folha de São Paulo desta sexta-feira, 15. Ela recebeu R$ 279,6 mil para fazer campanha, contratou 72 fornecedores e saiu das urnas com apenas seis votos.


Assim como Sônia, outros candidatos com votações pífias receberam ao menos R$ 15 milhões em dinheiro público dos fundos partidário e eleitoral. A Polícia Federal, segundo a Folha, já investiga o caso.

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Sônia repassou 16% do que arrecadou para a campanha do deputado federal Alan Rick (DEM). Ela foi, em 2018, a dona do voto mais caro do Brasil: recebeu R$ 279,6 mil e foi escolhida nas urnas por seis pessoas, ou seja, cada voto custou cerca de R$ 46 mil para os cofres públicos.


Além do repasse a Alan Rick, a candidata contratou 72 fornecedores, a maioria deles pessoas físicas, com repasses que chegam a R$ 10 mil para cada. Também foram registrados casos de prestadoras de serviços cuja expertise não têm relação com os serviços prestados na campanha.


A Folha cruzou dados da Justiça Eleitoral e descobriu 53 candidatos que receberam mais de R$ 100 mil para financiar suas campanhas, mas saíram das urnas com menos de mil votos. Os candidatos pertencem a 14 diferentes partidos, mas com predomínio do Pros, PRB, PR, PSD e MDB.


Dos 53 candidatos, 49 eram mulheres —o que reforça a suspeita de que as postulantes a cargos eletivos sejam apenas laranjas, como os casos revelados pela Folha nos últimos dias envolvendo o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.


Isso porque a lei eleitoral obriga que pelo menos 30% dos recursos dos fundos partidário e eleitoral sejam investidos em candidaturas femininas, levando a manobras para atingir a cota, com a criação de postulantes de fachada.


A Folha de São Paulo e até mesmo o ac24horas procuraram o deputado Alan Rick para comentar o assunto, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.


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