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Ao Globonews, Gladson diz que a salvação econômica do Acre está no agronegócio e defende exército nas fronteiras

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O governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), concedeu entrevista na manhã desta quarta-feira, 23, ao vivo no Canal de TV por assinatura Globonews e falou sobre economia, meio ambiente, saúde e segurança pública que nortearam as perguntas dos jornalistas.


Sobre o eixo de economia, Gladson classificou esse tema o grande desafio de sua gestão para os próximos 4 anos e defendeu o agronegócio como salvação para gerar emprego e renda no Estado. “Esse é um grande desafio nosso, de nossa administração que é abrir o Estado para o desenvolvimento, defendendo a bandeira do agronegócio. Quando eu falo de defender o agronegócio, é defender a agricultura familiar, acabando com a burocracia e deixando livre o pequeno, médio e grande produtor para trabalhar, utilizando toda a estrutura que o Estado tem a oferecer. Eu tenho muito cuidado quando eu falo de agronegócio para as pessoas não confundirem com a não preservação da floresta, pelo contrário, você não precisa derrubar uma árvore. O que nós precisamos, respeitar o que está no novo código florestal, acabar de uma vez com todas com a burocracia e aproveitar o que já está aberto. Quando eu falo aproveitar o que está aberto é em relação as terras férteis que nós já temos prontas para produzir soja, para plantarmos o milho, feijão, arroz para aquecer a nossa economia. A salvação do Acre economicamente falando é o agronegócio”, disse o chefe do Palácio Rio Branco em entrevista.

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Confrontado com levantamento do Sebrae em 2018 que informa que o Acre ocupa o 24ª colocação no ranking de desenvolvimento econômico, tendo como principais problemas a falta de infraestrutura, Cameli lembrou que Estado faz fronteira com países andinos e estrada do pacífico já está pronta, faltando apenas a conclusão da ponte sobre o Rio Madeira, para que o Estado dê um salto nesse quesito.


“O Acre é um estado que faz fronteira com os países andinos. A estrada do pacífico já está pronta. E a maior parte do nosso problema envolve a infraestrutura. A ponte do Rio Madeira que liga o Acre com Rondônia e liga com esses países andinos já está em fase final de conclusão, que é uma grande obra de extrema importância para o Acre, para integrar uma vez por todas o pacífico com os demais estados do país. E nessa questão da ponte, a parte de infraestrutura já dá um grande salto. Eu posso me referir também a melhoria de nossos ramais. Já conseguimos os recursos, estamos aguardando os trâmites legais para que essas obras sejam iniciadas neste próximo verão”, explicou o governador.


Sobre preservação ambiental, os jornalistas do Globonews questionaram Cameli como ele avaliava o esvaziamento do Ministério do Meio Ambiente e o fortalecimento do Ministério da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro. O governador afirmou que ver a situação “com muita cautela”, pois segundo ele o ideal é que haja uma sincronização entre as duas pastas.


“Eu vejo com muita cautela. O que nós temos que ter um é sintonia entre o Ministério do Meio Ambiente com o da Agricultura. O que nós temos que entender é que quando eu falo em aquecer nossa economia, nós precisamos aquecer o agronegócio, mas temos que está atentos sim ao nosso meio ambiente. Eu posso falar pelo meu Estado, nós temos um grande potencial que estava parado devido os entraves da burocracia. Eu não tô aqui defendendo o desmatamento, pelo contrário, temos que preservar o que já está preservado e criar novas oportunidade e mecanismos que não mude a política de sustentabilidade”, disse.


Sobre o programa Mais Médicos, do governo Federal, Gladson explicou como deve atrair e manter médicos no Estado melhorando além do salário, a infraestrutura no oferecimento de serviços. “Eu digo que os nossos médicos são verdadeiros guerreiros. Nós não podemos atrair essa mão de obra sem dar condições dignas para que eles exerçam seu trabalho. E no Acre hoje, um dos grandes gargalos que nó temos, é a questão médica, a questão de saúde, pois temos médicos qualificados, mas não temos equipamentos, não temos condições para que os médicos possam trabalhar. A nova política que assumirmos ao tomar posse no dia 1 de janeiro e dar condições não só de salário, mas também de estrutura, de equipamentos, de melhoria nos hospitais para que possamos atender bem as pessoas que mais precisam”, salientou.


Segurança Pública e tráfico na região da fronteira do Acre com o Bolívia e o Peru também foram questionados pelos jornalistas, que divulgados dados em que o Acre é o segundo Estado com a maior taxa de morte violentas por 100 mil habitantes e que no grupo de pessoas que mais matam estão jovens de 15 a 29 anos. Para contrapor esses dados na gestão, Cameli enfatizou que o governo federal precisa assumir a sua responsabilidade e que o aquecimento da economia através do agronegócio será primordial para que o crime organizado não recrute mais jovens.


“Desde que nós assumimos eu tenho pedido ajuda de todos os poderes. Não é um problema só do executivo, temos que envolver todas as classes. Eu já pedi o apoio do exército brasileiro em parceria com nossas policiais militares e civil. Eu fui pessoalmente no Comando da PM conversar com nossos agentes da segurança explicando que nós temos um grave problema que nós temos que resolver. Precisamos da união de todos. Estive com o general do exército para que possamos fechar as nossas fronteiras. Temos que ter o controle mais assíduo de nossas fronteiras porque elas estão abertas e nós fazemos fronteira com dois países em que o tráfico de drogas e de armas dominam. Combater logo no início, na entrada é fundamental. Estamos preparando para reequipar todas as nossas policiais. As facções são os grandes gargalos do estados do país, principalmente agora que a nossa juventude não tem expectativa de trabalho e é por isso que precisamos aquecer a economia”, disse o governador.


Ainda na entrevista, Cameli afirmou ser a favor da redução da maioridade penal para 16 anos e também da posse de arma de fogo. “Desde quando eu fui eleito senador sempre fui favorável a maioridade penal para 16 anos. Se o jovem pode escolher o Presidente da Republica, ele deve também pagar pelos seus delitos. Sempre defendi isso no senado. Sobre o porte de arma, também apoio, mas tem que ver os critérios. Se a nossa população não está se sentindo segura, ela precisa realmente se sentir segura. Agora com muita cautela. Cada caso, é um caso, mas temos um agravante: a população está com medo e o crime organizado está falando mais alto e o Estado não pode permitir isso”, ponderou o governador afirmando ainda ser favorável a criação da Polícia Nacional de Fronteira para que ajude o exército com apoio das polícias locais.


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