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Veto às visitas íntimas é medida extrema que exige ampliação do número de agentes

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O agente penitenciário Janes Peteca, presidente da Associação dos Servidores Públicos e Privados do Estado do Acre, esclarece que não é contra o impedimento de visitas íntimas nos presídios do Acre, mas pondera que antes disso o Iapen precisa reforçar o contingente de servidores para fazer frente à inevitável revolta que a medida acarretará no sistema prisional do Estado.


“É preciso que, antes, o Iapen realize o prometido concurso público para a contratação de novos agentes. Existe uma defasagem de, no mínimo, 800 novos servidores para o sistema, mesmo porque novas unidades prisionais estão para serem inauguradas”, comentou Janes.

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De acordo com o agente, se as visitas íntimas forem interrompidas hoje, quem vai ser penalizado são os funcionários do sistema. “Não existe nada mais sagrado para os detentos do que receber a visita íntima. Sua ausência é motivo de fugas e rebeliões. A primeira vítima de tal medida será o agente penitenciário”, argumenta Janes Peteca.


A falta de agentes, segundo ele, está obrigando o Iapen a retirar funcionários que estão de licença médica, com laudo de invalidez, para atuar dentro das prisões, batendo cadeado, como dizem no jargão profissional.


“Existem pavilhões com 700 detentos sendo controlados por apenas dois agentes. Quando o Estado conseguir ampliar o número de servidores e investir mais em sistema de prevenção, como o bloqueio de celulares, podem pensar em um plano de acabar com as visitas íntimas”, afirma Janes.


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