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O fim do compadrio político

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Ao ver a relação do novo secretariado da prefeita Socorro Neri não me preocupei em saber a que partido pertencia cada secretário. Fui direto aos currículos, todos com especialização de ponta. Isso é muito bom, porque mostra o comprometimento com a qualificação de quem vai ocupar cargo público de relevância. Tem que acabar com a cachorrada política de que um cargo importante no setor público pode ser ocupado por um mequetrefe qualquer, desde que seja afilhado de um político renomado. Uma administração não pode funcionar como capitania hereditária deste ou daquele partido. O político é de fundamental importância numa gestão, mas para ocupar cargo do andar de cima tem que ter competência. Ou que o seu indicado tenha. É natural a parceria política, mas dentro de um patamar qualificado. Também chamou atenção no novo grupo de secretários um bom número de jovens. O que será do futuro, se não jogarmos todas as nossas fichas nesta juventude que estudou e se especializou? Quem, na lista da PMRB, não é jovem é forjado na experiência. A administração da prefeita Socorro Neri começa agora. Até então era uma espécie de prefeita- tampão, porque administrava com a equipe que recebeu do antecessor. Agora sim, terá uma equipe ao seu perfil. E cabe a imprensa cobrar resultados. Principalmente, no tocante à recuperação viária, com muitos buracos. Cada dia do verão terá que ser usado como dois. A prefeita Socorro não está mal na fita, e pode melhorar muito mais nos trabalhos do verão.


DESAPARELHOU A PMRB


Um fato que merece ser ressaltado também como positivo é o fato da prefeita Socorro Neri ter desaparelhado a máquina municipal de afilhados políticos ociosos do PT. A PMRB deixou de ser um mastodonte e um curral político, com a profunda reforma administrativa que sofreu.


NÃO SE BRIGA COM FATOS


O secretário Vagner Sales, raivoso, diz que não houve uma “derrota” do governo na questão da FIEAC. Como decano na política devia ter aprendido que não se briga com fatos. Nas suas declarações entra em contradição, ao reconhecer João Salomão como candidato da simpatia do governo. Foi feito impossível e o possível para derrotar o petista José Adriano. Ora, pois!


MAS A VIDA SEGUE


Mas não será a vitória do provocador José Adriano que impedirá o governo de ter sucesso.


MAL EMPREGADO


O governo que passou alega que empregou 1 bilhão de reais no agricultura. Não duvido que tenha ocorrido. Mas foi mal empregado, porque não se sentiu nenhuma melhoria significativa no campo. O Tião Viana foi dos governos do PT o que mais investiu na área rural. Mas sem planejamento, aleatoriamente, tanto é que a nossa agricultura continua com produção pífia.


RONDÔNIA É EXEMPLO


Não adianta tentar justificar com desculpas ambientais, Rondônia é sim hoje um exemplo de agricultura, porque lá houve planejamento, as políticas públicas para a agricultura foram executadas de forma profissional. O Acre perto de Rondônia engatinha na produção agrícola.


UM PETISTA ADMIRADO


Na última visita que fez aos municípios de Rondônia o deputado Jonas Lima (PT) voltou extasiado. “Aquilo é que é agricultura familiar, não o que aqui foi feito”. Então, o governo Cameli tem mesmo que ir buscar experiências que deram certo em outros Estados.


CAUSOU DISCUSSÃO


A notícia passada à coluna com exclusividade pelo vice-governador Major Rocha, de que o PSDB avalia uma candidatura a prefeito de Rio Branco do professor Minoru Kinpara, que disputou o Senado pela REDE, gerou debates. Aliás, tudo o que Rocha diz vira polêmica.


AVIVANDO A MEMÓRIA


É bom a avivar a memória de que a simpatia do vice-governador Major Rocha pelo professor Minoru Kinpara vem de outro episódio, que gerou um debate acirrado. O convite feito por ele ao Minoru para ser o secretário de Educação do governo Cameli, que acabou gorando.


OUTRA SITUAÇÃO


Só que agora é outra situação. O quadro é político. E com a decisão do PSDB de ter um candidato a prefeito da capital na eleição do próximo ano. Passa ser uma decisão interna a escolha do candidato. Mas mesmo que negue, a voz do Rocha será decisiva nesta escolha.


SERVE DE TERMÔMETRO


Na gestão de um secretário de saúde as queixas da população servem com termômetro para avaliar se vem sendo positiva ou negativa. Talvez as poucas queixas contra a saúde municipal tenham pesado na permanência no cargo do secretário, Oteniel Almeida, nas mudanças na PMRB.


O QUE PASSA PELA CABEÇA DO CAMELI


É de imaginar o que passa pela cabeça do governador Gladson Cameli nestes poucos dias no comando de um Estado quebrado, sucateado, dívidas de servidores da gestão passada, obras inacabadas, outras abandonadas no meio do mato, não deve estar sendo fácil dirigir o caos.


COMENDO SARDINHA E ARROTANDO CAVIAR


E tendo que gerir um espólio falido num Estado que não é industrializado, com uma agricultura amadora, sem emprego e renda, vivendo basicamente de liberações de emendas parlamentares e do oscilante FPE. Para não afundar como o antecessor, Gladson Cameli tem de mudar o vetor econômico, buscar investidores para o Acre dando incentivos e sair do mundo virtual em que viveu o governo passado, comendo sardinha e arrotando caviar.


NÃO SUBESTIMEM O ALDEMIR LOPES


Eleição no poder favorece. Por isso não é bom o ex-prefeito Aldemir Lopes (MDB), mesmo com os seus problemas jurídicos, vir a ser subestimado na eleição para a prefeitura de Brasiléia, com o candidato que vir a lançar. Depois de vinte anos o PT perdeu o governo e ostenta hoje alta rejeição popular.


TUDO TEM SEU TEMPO


A conversa do deputado Ney Amorim (PT) com a prefeita Fernanda Hassem (PT) foi política sim. A fonte que me passou a informação é séria. Se ela vai sair do PT ou não é problema político dela. Se optar por ficar terá contra na campanha (embora seja uma boa gestora) o alto desgaste popular do seu partido. Até aqui a Fernanda não foi contagiada pelo desgaste do PT, pelo menos é a terceira prefeita melhor avaliada do Acre. Mas, na disputa do governo já houve um sinal da rejeição ao PT, em Brasiléia: o partido sofreu uma das maiores derrotas no Estado.


DESGASTE DA DERROTA


Na campanha do próximo ano seja qual for o candidato que disputar uma prefeitura pelo PT, que caiu num funil no Acre após a última eleição, carregará no ombro o desgaste da sigla. Ser petista aqui deixou de ser grife. E nos últimos 20 anos, pela primeira vez, os candidatos do PT vão disputar as prefeituras sem a máquina governamental, com tentáculos nos municípios.


DESLANCHADA NA DIVULGAÇÃO


A contratação do jornalista Nelson Liano para ser o secretário de Comunicação da prefeitura de Cruzeiro do Sul pode completar o que faltava ao prefeito Ilderlei Cordeiro, massificar as suas ações dentro do município. O Liano tem competência de sobra para dar esta guinada.


VIOLÊNCIA DESENFREADA


A pacata cidade de Cruzeiro do Sul transformou-se numa das cidades mais violentas do Estado. Os assaltos se sucedem à luz do dia, tal a confiança dos bandidos. Não dá para se aceitar que num município pequeno não tenha se mapeado as quadrilhas e se tomado decisões drásticas.


MUITO DIFÍCIL


Com todos os problemas que deverá enfrentar ao longo de quatro anos de mandato será muito difícil que o atual governo encerre o seu primeiro ciclo nas condições lamentáveis em que terminou o governo que sucede. Para sair melhor bastaria fazer o mero feijão com arroz.


MERGULHAR FUNDO


O senador Jorge Viana (PT), após o término do mandato deve mergulhar um bom tempo longe do mundo da política. Tem adotado uma postura de não participar de nenhuma reunião do partido para discutir o que aconteceu na última eleição. JV foi um dos poucos a escapar do desastre petista. Mesmo perdendo ainda continua sendo hoje o petista mais influente.


SITUAÇÃO COMPLICADA


A situação política mais complicada é a do ex-governador Tião Viana. Deixou de ser referência política depois de um governo mal avaliado, de comandar a maior derrota do PT de todos os tempos, no Acre, e quebrar a espinha dorsal dos governos petistas de não atrasar salários.


O EUFEMISMO DO TIÃO


O prefeito de Epitaciolândia, Tião Flores, usou do eufemismo para justificar ser hoje um aliado político do governador Gladson Cameli. “Não vou deixar o PSB, mas estou alinhado”. Traduzindo: alinhado quer dizer que apóia o novo governo. E no que não há nenhum mal.


ACIMA DA POLÍTICA


A Central de Transplantes é uma das poucas coisas que deram certo no governo passado. O novo Superintendente da FUNDHACRE, Lúcio Brasil (uma boa escolha), não deveria mexer num quadro que é de ponta e com treinamento específico em transplantes, que leva tempo a ser qualificado. Política não deve, jamais, se misturar com uma medicina de alta complexidade.


NÃO DÁ PARA ASSIMILAR


A gasolina baixa de preço na PETROBRÁS, mas os Postos de Gasolina funcionam como verdadeiros cartéis deixando a mesma tarifa. Mas quando o preço aumenta na Petrobrás, os donos de Postos daqui reajustam os valores. O MP tem que entrar nesta estranha ciranda.


CONFIRMANDO O FURO DA COLUNA


Quem tem fonte tem. Quem não tem inventa. Nunca publico uma nota sem antes me cercar de várias fontes diferentes para checar ou não a veracidade da informação. Semana passada, publiquei com exclusividade a informação de uma fonte do andar de cima do governo de que o 13º salário dos servidores seria pago em dez parcelas. Alguns fizeram matérias negando a veracidade. E eu me divirto muito quando isso ocorre. Pois bem, veio agora o governo de forma oficial confirmar que o pagamento será efetuado mesmo em dez parcelas. No jornalismo político mantive nestas quatro décadas de coluna nunca revelar fontes. É por isso que um político, uma autoridade, alguém do povo, não se nega a me dar uma informação ainda em sigilo, porque sabe que jamais revelarei. E assim a coluna continua sempre em pauta. Voltando ao 13º salário, se há alguma reclamação a ser feita é contra quem não fez o pagamento. Este abacaxi o atual governo recebeu ao assumir. Não foi uma conta feita por ele.


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