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Indicado por Dilma, Anibal Diniz continuará na Anatel até setembro

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Enquanto o governo de Jair Bolsonaro aposta em um discurso forte de “despetização” , fazendo demissões em série de cargos comissionados, existem alguns remanescentes das gestões petistas que não podem ser afetados pelas decisões do presidente: os membros de agências reguladoras e conselhos. Um desses casos é do ex-senador Anibal Diniz (PT-AC), que atualmente é Conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações e tem mandato a cumprir até setembro de 2019.


Suplente de Sebastião Viana (PT) no Senado, Aníbal assumiu a vaga quando o titular da vaga foi eleito governador do Acre, em 2010, e ficou no mandato até 2015. Alguns meses depois, foi indicado para a Anatel. Apesar da forte retórica do governo, Aníbal Diniz acredita que esse discurso perderá força com o tempo, já que administrar o país é mais complexo do que a campanha eleitoral.

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— A tendência é haver uma estabilidade, uma acomodação com o passar do dias, quando o governo se dá conta da responsabilidade. Quando o discurso de campanha perdura por muito tempo, quem se prejudica é o próprio governo. A realidade da gestão pública é muito mais complexa do que o período eleitoral. Acredito que o que estava no discurso, com um tom um pouco mais exagerado, vai aos poucos se desfazer — avalia Diniz.


Diniz, que tem mandato até setembro, aposta que, pelo caráter da Anatel, o trabalho não será afetado. E lembra da situação criada com o impeachment de Dilma e a chegada de Michel Temer ao Planalto.


— O mandato na agência reguladora é bem tranquilo em relação a isso, porque é uma agência de Estado, não fica refém das intempéries da mudança governamental. Quando houve a mudança de Dilma para Temer, a nossa agência permaneceu intacta — relata.


São 11 indicados pela ex-presidente Dilma Rousseff que ainda estão no cargo, em seis agências reguladoras e na Comissão de Ética Pública da Presidência. O fim do mandato deles varia entre 2019 e 2021, ou seja, corresponde à primeira metade do governo Bolsonaro.


Dos 11, três deles têm relação com partidos de esquerda: Aníbal Diniz, que foi senador pelo PT e está na Anatel; Luiz Navarro, que foi ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) de Dilma e preside a Comissão de Ética da Presidência; e Aurélio Cesar Nogueira Amaral, ligado ao PCdoB, que está na Agência Nacional do Petróleo (ANP).


José Ricardo Pataro Botelho de Queiroz foi assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) entre 2007 e 2008 e foi Secretário Nacional de Segurança para Grandes Eventos entre 2011 e 2012. (Com informações de O Globo).


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