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Mazinho Serafim: “Não quero mais conversa com o Gladson”


A frase acima foi dita no final da tarde desta quinta feira à coluna pelo prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (MDB), em relação ao fato de se considerar desrespeitado pelo governador, que prometeu que indicaria os cargos municipais da Educação e não cumpriu, preferindo beneficiar o deputado Géhlen Diniz (PROGRESSISTAS). “Não aceito o que fizeram comigo. Se o Gladson Cameli e o vice-governador Rocha me procurarem não vou receber nenhum dos dois, não me procurem para não passar vergonha! Mesmo que o Gladson venha com um caminhão carregado de ouro não conversarei com eles. Quem passou estes anos enfrentando o PT aqui em Sena Madureira fui eu. Eu sei o que sofri e o que passei de perseguição, nada do que vier deste governo eu acredito. A partir de hoje sou oposição e a deputada Meire Serafim (MDB) será oposição na Assembléia Legislativa”, desabafou Mazinho ao BLOG DO CRICA.


O cerne da questão é que tinha lhe sido prometido pelo governo, que por a prefeitura, ter sido um aliado fiel de campanha, que deu ao governador uma estupenda votação em Sena, e a sua mulher ser a mais votada do Acre, os cargos da Educação no município seriam da sua cota. O Não cumprimento do acertado o levou à posição extremada. Nesta quinta, foi nomeado Silvano Farias Figueiredo, que não é do grupo do prefeito, para chefiar o Núcleo da Educação estadual no município. Mazinho denuncia uma trama que vem acontecendo desde a campanha para destruir o MDB.


“Não conseguiram. O MDB elegeu três deputados estaduais e dois deputados federais. O que deram ao MDB agora foram alguns cargos sem importância para calar a boca do partido. A minha boca não calam, vou para o enfrentamento. Daqui seis meses este governo não existe e a minha administração vai continuar firme. Não aceito este ataque contra o MDB para beneficiar um deputado sem prestígio, sem grupo político, desacreditado, o senhor Géhlen Diniz, apenas por ser do PROGRESSISTAS, do partido do Gladson. “Quer ser assim, vai ser assim, o Gladson e o pessoal do seu partido de um lado e eu de outro”, avisou Mazinho ao BLOG DO CRICA.


BRIGA DE DIFÍCIL SOLUÇÃO


O secretário de articulação política do governo, Vagner Sales, disse ontem á coluna que não vê uma proximidade de paz para a briga entre o prefeito Mazinho Serafim e o deputado Géhlen Diniz (PROGRESSISTAS). “Conversei com ambos e nenhum quer recuar. Nem o fato do Gladson ter nomeado um nome neutro foi suficiente. Não sei onde vai dar, mas é ruim para todos”, disse.


TOMOU DECISÃO E DIFÍCIL VOLTAR


Conheço o Mazinho Serafim quando era deputado pelo PT. Travou uma guerra com o governo petista, enfrentou as suas principais lideranças, deixou o PT e foi para a oposição, onde se manteve até hoje mesmo as suas empresas tendo sofrido uma cruel perseguição e não abriu.


DOIS BICUDOS QUE NÃO SE BEIJAM


O Mazinho Serafim e o Géhlen Diniz têm posições fortes. Por isso não vejo também nenhuma facilidade de se colocar ambos na mesma mesa para resolver a questão da indicação dos cargos da Educação de forma pacífica. O problema não é que são adversários, mas inimigos.


MAIS PESO POLÍTICO


Em Sena Madureira quem tem mais peso político é o prefeito Mazinho Serafim, por causa da máquina municipal, ter a mulher Meire Serafim (MDB), a deputada estadual mais votada do Estado, enquanto o deputado Géhlen Diniz (PROGRESSISTAS) tem apenas o seu mandato.


COMPLETAMENTE DECEPCIONADO


Na ligação que me fez ontem o prefeito Mazinho Serafim se mostrava muito irritado e repetindo a cada frase que a sua relação política com o governo acabou e que vai agora para a trincheira da oposição. “Não fiquei este tempo todo brigando com o PT, porque não posso enfrentar este governo?”, indagou um furioso Mazinho.


PRIVILÉGIOS PARTIDÁRIOS


Mazinho diz não aceitar que o governo tenha sido voltado para beneficiar o PROGRESSISTAS, partido do governador, e o MDB ficar pegando as migalhas. “Ele nunca respeitou o MDB e não será agora que irá respeitar, vamos para o confronto político, vamos ver quem perde”, desafiou.


VÍDEO PÚBLICOVeja vídeo publicado pelo site yaconews.com da reunião do prefeito Mazinho Serafim com grupo de apoiadores, onde ele declara guerra ao governador Gladson Cameli


CRISE MUITO GRAVE


O que se pode dizer desta briga é que a primeira grande crise política do novo governo, porque acontece com o segundo prefeito melhor avaliado do Acre e que tem a mulher Meire Serafim (MDB) como a deputada estadual mais votada do Acre. É uma briga de aliados de importância.


CAUTELA, MUITA CAUTELA


O governador Gladson Cameli tem que trocar a força do lobo da campanha pele mansidão do cordeiro no governo. Qualquer frente de briga com aliados não é bom. O mais prejudicial a uma administração são os confrontos internos. Briga interna costuma ruir governos.


ALGUMA COISA ESTÁ ERRADA


Com tudo o que aconteceu nesta primeira semana de governo é de se dizer sem temor de exagero que alguma coisa está errada na condução política, que é um setor essencial. O Gladson precisa urgentemente afinar o seu desafinado piano político, chamar os dirigentes partidários e ter uma conversa franca, tipo se eu afundar: vocês, também afundarão.


LUTA DE 20 ANOS


O que a oposição e hoje situação não conseguiu assimilar é que esta foi uma luta de 20 anos para tirar o PT. E só tirou porque entrou na eleição unida. E chega no governo, ao invés de continuarem esta união, partem para o espatifado? Acham que o povo não está assistindo?


HORA DE REFLEXÃO


A hora é de reflexão para os que estão no governo, se quiserem ficar mais quatro anos.


MOSTROU EFICÁCIA


A polícia de Assis Brasil mostrou eficácia. Em tempo recorde prendeu os dois bandidos que fizeram um assalto no hospital da cidade. As respostas têm que ser nesta celeridade.


TABULEIRO PARA 2020


O ex-prefeito de Brasiléia, Aldemir Lopes, não está parado politicamente. Quem com ele esteve esta semana contou que, ele trabalha para lançar um nome competitivo a prefeito do município. Aldemir continua sendo a maior liderança da oposição no Alto Acre.


O QUE É O PODER?


O deputado eleito José Bestene (PROGRESSISTA) foi convidado especial para dar o pontapé inicial no jogo amistoso entre Rio Branco x Galvez. Sem mandato, Bestene não era convidado nem para dar o pontapé inicial entre o Flamenguinho da Sobral e o time do Calafate.


FALTANDO ENTROSAMENTO


A PGE deveria ser usada numa triagem sobre indicações para cargos do primeiro escalão do governo, para não se repetir fatos como as nomeações de pessoas encrencadas com a justiça. Não se pode deixar para fechar a porta depois de arrombada e ter caído na opinião pública.


FALA DO CESÁRIO


O Cesário Braga é um petista da linha dura, mas que nunca se nega ao diálogo no nível alto. Sobre a nota da coluna de “alhos e bugalhos”, diz ser injusta, porque no quesito perseguição falou em relação aos servidores de carreira. E quanto a nomeação para cargos de confiança, dizer ser questão do governador. Registrado o contraditório. E assim é a política.


NÃO PODE CONTINUAR


Ontem, tinha um médico para atender em média de 100 pessoas na UPA da SOBRAL, este era um panorama normal do governo passado, e que tem de mudar, secretário Alysson Bestene.


FORA DA BASE


A deputada estadual mais votada do Acre, Meire Serafim (MDB), estará fora da base do governo na próxima legislatura. Jamais iria estar no mesmo espaço do inimigo do seu marido, prefeito Mazinho Serafim, o deputado Géhlen Diniz (PROGRESSISTAS). Falta diapasão.


ANOTEM


Conheço como poucos a ALEAC. Se não houver muita conversa nesta questão da escolha do primeiro secretário da mesa diretora pode acontecer dissidência. Há um clima de pressão e isso pode acontecer não resultando em boa coisa. Cautela não faz mal a ninguém.


PRATO CHEIO


O PT saiu da eleição com a imagem destroçada e no fundo do poço. Com estas brigas entre aliados é como jogar uma corda no fundo do poço e vir puxando o PT para cima de novo.


DIFERENCIADA


Quem não afundou junto no redemoinho petista da eleição passada foi a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), pela capacidade de diálogo. Vai governando sem entrar para o campo das picuinhas políticas, no que está correta. Tem que estar afinada é com o povo.


MODELO FALIDO


Colocar o Acre no clube do agronegócio é uma das saídas para deixar de ser um pedinte da União. Vamos seguir o exemplo do vizinho Rondônia, que se transformou graças aos incentivos das políticas públicas em pujança econômica. Lá se produz soja, café, arroz, milho com abundância, para exportar. Ficar distribuindo caixa para criar abelha, salão de beleza, não desenvolve um Estado. O exemplo é como foi entregue destroçado o governo ao novo gestor.


NÃO ESTÁ NADA BEM


Que o Gladson Cameli assumiu o governo sucateado em todos os setores, com problemas de toda a ordem para resolver, isso é verdade. Que é um moço bem intencionado, tem mostrado interesse em tirar o Acre do fundo do poço econômico, inclusive, saindo do falido modelo atual para o agronegócio, é também verdade. Mas nas arrumações políticas de início de governo, principalmente, quando se trata de afinações partidárias, não tem mostrado habilidade. Desde que ganhou o governo que se nota a falta de um nome de peso político para tratar desta área. Jogaram tudo nas mãos do chefe do gabinete civil, Ribamar Trindade, mas é humanamente impossível dar conta do macro, por mais competente que seja. Agora é que nomearam o secretário Vagner Sales para articulação política. É um passo. Não há nada mais importante para um gestor do que ter uma base de apoio afinada e falando a mesma língua. O Gladson Cameli tem que colocar na cabeça que precisa de paz para governar. E para que isso aconteça tem que conversar mais com os partidos e dizer o que pode e não pode ser feito. Não pode mais ficar na ciranda de nomeou ou não nomeou petistas para cargos de confiança. Volto a dizer que tem que ter paz política para governar. Lua de mel com a população não é eterna.


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