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Médico recusa atender mulher com hemorragia no Pronto Socorro

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Um médico se recusou a atender uma paciente no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), o Pronto Socorro, na tarde de sábado, dia 08. O profissional estaria, ainda, se negando a atender outros pacientes que chegavam à unidade, alertando que os quadros clínicos percebidos precisavam ser avaliados em uma UPA.


A reportagem do ac24horas mostrou, ao vivo, as condições em que a paciente Vanderlane Fortunato da Silva, de 35 anos, se encontrava. A mulher, ao saber que o repórter João Renato Jácome estava na porta da unidade de saúde, pediu para ser levada até lá pela irmã. O detalhe: a mulher foi levada a passos curtos, abraçada e bem devagar.

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A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) foi procurada, mas até a manhã desta segunda-feira, dia 10, não enviou posição sobre o assunto. O nome do médico, informado pelos pacientes, não será informado porque não aparecia no mural do hospital, que fica na entrada da unidade de saúde.


Isis Silva, irmã da paciente desabafa: “Ela sofreu um acidente, e desde quando a gente chegou aqui, a gente está sendo humilhada. Nem a frauda tem como trocar. Não tem cadeira para ela. Simplesmente ela está jogada em uma maca, sem lençol, sem nada. Ninguém me dá assistência, ninguém sabe de nada”, conta.


Na sexta-feira, dia 07, o ac24horas contou, em primeira mão, que foram suspensas todas as cirurgias que eram realizadas na unidade hospitalar. O motivo, segundo apurou, é porque a empresa que fornecia materiais para o centro cirúrgico estava há meses sem receber, e temendo um “calote” do Governo do Acre, parou de entregar os insumos.


Devido à pausa nos procedimentos, o corredor da Enfermaria Cirúrgica está lotado de macas, pacientes e acompanhantes. Fica difícil até para os funcionários do hospital se movimentarem dentro da unidade de saúde. No local, todos os servidores estão impedidos de falar sobre o assunto.


Adriano José de Paula, que acompanha o pai no setor em que há maior número de retenção de pacientes, relata o drama a que ele e os demais pacientes e acompanhantes estão vivendo no local. Falta informações oficiais sobre o assunto, e quando chegam, são de forma confusa, sem muita clareza.


“O meu pai está há duas semanas internado aqui no Pronto Socorro. A cirurgia era pra ser feita na semana agora, mas desde quarta que eles [funcionários] dizem para a gente que está tudo suspenso. Eles não sabem direito o que está acontecendo, mas corre a notícia aqui de que é falta de pagamento da empresa do centro cirúrgico”, conta.


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