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Nova ministra de Bolsonaro já foi assessora de Henrique Afonso na Câmara

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Nomeada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para comandar o Ministério de Mulheres e Direitos Humanos, Damares Alves, tem muita afinidade com o Acre. A advogada foi por seis anos assessora jurídica do gabinete do ex-deputado federal acreano Henrique Afonso (PV), no segundo e terceiro mandato. Inclusive, a nova ministra esteve várias vezes no Estado, nos tempos em que assessorava Henrique e, recentemente, gravou um vídeo pedindo votos pra ele nas eleições de 2018, em que foi derrotado. A escolha de Damares surpreendeu a mídia nacional que esperava o senador Magno Malta (PR) na pasta. Coincidentemente a ministra de Bolsonaro trabalhava, até ser nomeada, como assessora de Malta no Senado. Além das políticas públicas para mulheres e os direitos humanos deverá ficar também sob a responsabilidade da ministra Damares a FUNAI que cuida dos assuntos indígenas.


Alegria do amigo
Conversei com o Henrique Afonso sobre a nomeação da sua ex-assessora. Ele estava radiante de alegria. “Pode ter certeza que é uma das pessoas mais competentes do ministério do Bolsonaro,” afirmou o ex-deputado. Os dois se conheceram através de movimentos sociais em defesa da vida e da família. “A Damares tem uma militância histórica pelos direitos humanos. Uma vasta luta pelos valores cristãos e a preservação da vida. Tem uma competência comprovada. Nos tempos em que trabalhava comigo a Damares era pastora da Igreja Quadrangular, mas não sei se continua na mesma denominação evangélica,” destacou Henrique.

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Vida que segue
Com três mandatos de deputado federal e derrotado nas últimas eleições para o cargo, Henrique Afonso está dando aulas nas escolas estaduais. Ele me garantiu que não pretende abandonar a política. “Estou cada vez mais me posicionando politicamente de acordo com a ideologia cristã. Qualquer mudança na minha vida tem que estar em sintonia com esses princípios. Ninguém abandona a política depois de desempenhar um papel relevante, como foi o meu caso. Acredito que ainda tenha muito a colaborar politicamente com o Acre,” salientou.


Avaliação
Aproveitei para indagar o Henrique sobre a sua avaliação da formação do novo Governo do Estado de Gladson Cameli (Progressistas). Apesar de ter apoiado o derrotado candidato Marcus Alexandre (PT), o ex-deputado está vendo positivamente as nomeações. “Acho que o Paulo Wadt na Agricultura poderá significar um avanço enorme para a pasta. Ele é muito competente. Também gostei do novo secretário de educação Mauro Sérgio e da indicação para a Saúde de Alysson Bestene,” ressaltou.


Preço a pagar
Henrique elogiou a postura de Gladson, de quem foi amigo nos tempos da Câmara Federal, por estar optando por nomeações técnicas. “Claro que isso certamente lhe trará aborrecimentos políticos. Mas aprovo essa postura porque deverá resultar em avanços sociais para o nosso Estado,” declarou.


Aproximação
A nova ministra Damares que conhece bem os problemas do Acre poderá ser um alento para os indígenas do Estado. Certamente essa identificação deverá facilitar o acesso à ministra pelas lideranças das etnias acreanas. Numa das suas entrevistas Damares já declarou que a questão das demarcações de terras indígenas devem ser debatidas e estudadas. Isso representa um avanço em relação a postura de Bolsonaro que dizia na campanha que não demarcaria mais nenhum milímetro de terras para os índios.


Recado
Encontrei-me por acaso com o empresário Sérgio Ortiz que diz ter participado da elaboração do Plano de Governo de Gladson. Ele ponderou que a fusão da pasta de Ciência e Tecnologia à Fazenda poderá ser um erro. “Existem verbas federais em torno de R$ 3,2 bilhões nessa área que poderiam ser acessadas pelo Acre. Além do fato que as pesquisas de Ciência e Tecnologia serviriam de base para uma política de desenvolvimento da agricultura e outros setores produtivos do Estado,” disse ele.


Toma lá, dá cá
Também encontrei-me ao acaso com o ex-prefeito de Tarauacá Rodrigo Damasceno (PT), em Rio Branco. Quando estive no município governado por ele, no final do seu mandato, notei muitos avanços sociais da sua gestão. Então indaguei ao Rodrigo os motivos da sua derrota eleitoral, em 2016, para a atual prefeita Marilete Vitorino (PSD). “As pessoas não entendem uma política coletiva. Estão mais afixadas em vantagens paternalistas e imediatistas. Acredito que é isso que querem dizer quando afirmam que eu não fazia política,” argumentou.


Ainda no páreo
Rodrigo, que é médico, não fala diretamente, mas deixa transparecer que ainda poderá participar da vida política do Acre. Ele me disse que se sente mais amadurecido depois da derrota à prefeitura. Apesar de ter apoiado Marcus Alexandre, Rodrigo sempre teve uma boa relação políticae de amizade com o governador eleito Gladson. Acho que não é carta fora do baralho para disputar a prefeitura de Tarauacá, em 2020.


Triste quadro
A epidemia de dengue e de malária no Vale do Juruá está muito forte. Quem me contou foi o deputado estadual Jonas Lima (PT). Antes os surtos eram apenas da malária, mas com a chegada da dengue o quadro da saúde pública na região se agravou. Ainda mais que as condições dos hospitais do Juruá não são as melhores como toda a população sabe. Esse será um desafio enorme para o novo Governo que vai assumir em janeiro de 2019, justamente, no inverno amazônico em que essas doenças tropicais contagiosas tendem a ficar mais agudas devido as águas das chuvas e as cheias dos rios. O novo secretário Alysson Bestene deve assumir a pasta da Saúde preparado e com um plano emergencial para conter os surtos e epidemias nessas regiões. A devastação social dessas doenças para as populações mais desassistidas é enorme. Atrapalha a economia local, incha os serviços públicos de saúde, sem falar no risco de morte de milhares de pessoas. Um problema e tanto.


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