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Porque só agora o TCE convoca a imprensa para apontar desmandos administrativos?

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*Luiz Calixto Neto


Gerou o maior “ auê” a convocação da imprensa “ escrita, falada, televisada e “olainizada” para a apresentação da situação financeira do Acre pelo Tribunal de Contas do Estado.

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Irado, o governador Tião Viana saiu da toca para protestar contra a competência do auditor escalado para o serviço.


A encrenca teve até direito a uma nota de solidariedade ao auditor emitida por sua associação nacional.


Até aqui tudo bem.


Os tais dados são do tipo daquelas novidades que todos já estão carecas de saber, posto que estes já são disponibilizados aos curiosos nos portais de transparências e revelam que o futuro do Acre não é nada promissor.


Todavia é necessário mergulhar um pouco mais nessa apresentação.


O Acre não foi “quebrado” hoje. O Acre vem sendo “quebrado” há muito tempo pela sucessão de desmandos e gastos desnecessários e exagerados.


Para refrescar a memória, entre as centenas, eis alguns: fabrica de camisinhas, ZPE, fábrica de pisos, “Polo Industrial” de Tarauacá, Peixes da Amazônia, passarela sobre o rio Acre, gastos com a Copa do Mundo, 240 milhões com propaganda em 20 anos, desmandos no programa Ruas do Povo, investimentos na TV Aldeia, etc, etc.


Pois bem.


O TCE foi criado em 1989.


– Se fosse questão do ENEM uma pergunta sobre quantas vezes a excelsa Corte de Contas acreana convocou a imprensa para demostrar as vísceras das contas públicas, qual alternativa o leitor cravaria?
( ) dez;
( ) 20;
( ) 3 ou
( ) “até então, nenhuma”.

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Se você marcou a opção “até então, nenhuma”, sem recorrer ao famoso “ mamãe mandou”, você é um gênio.


Por que somente agora esse zelo, no ocaso de duas décadas de desmandos petistas?


Por que nesses 30 anos de existência o TCE nunca tivera tão brilhante iniciativa?


Seguramente, se essas apresentações fossem um expediente regular e pedagógico, o Acre não estaria no fundo do poço e nem o PT teria passado essa eternidade no poder.


A impressão é que só tiveram coragem de cutucar a onça depois que ela e Inês estavam mortas. Em outras palavras: com o governo sem dentes pra morder.


· Luiz Calixto Neto é Economista e ex-deputado estadual


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