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Para aliados, Gladson Cameli não pode agir como Bolsonaro ao compor governo

O Presidente eleito, Jair Bolsonado, participa de Fórum de Governadores eleitos e reeleitos, em Brasília.
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A pouco mais de 25 dias para assumir o Palácio Rio Branco, o governador eleito, Gladson Cameli (PP), vê crescer a cada dia a insatisfação dos partidos aliados com sua equipe de transição que define quem será quem nos próximos quatro anos de gestão. Eleito em outubro por uma coligação de 12 partidos, Cameli deu carta-branca para os auxiliares comporem o secretariado colocando na balança muito mais o critério técnico do que político.


A questão é que essa decisão não tem agradado os aliados. O senador Sérgio Petecão (PSD), que mostrava moderada insatisfação apenas nos bastidores, decidiu colocar a boca no trombone, ameaçando até romper caso Cameli não coloque o comando do setor rural do governo sob a tutela dos pesedistas.

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O problema é que quem também está de olho no mesmo posto são os tucanos. Como ac24horas mostrou nesta segunda (3), o PSDB quer a Agricultura como a secretaria de cota do partido, deixando a Segurança como um acordo pessoal entre Gladson Cameli e o vice-governador eleito Major Rocha (PSDB).


Vendo-se excluído, Petecão começou a se articular para ficar com alguma sobra no primeiro-escalão. A montagem da equipe governamental deixando de fora os partidos que formaram a aliança que elegeu o ainda senador tem deixado muitas lideranças revoltadas.


“O Gladson precisa entender que ele não é o Bolsonaro. O presidente se elegeu sozinho, por um partido inexpressivo, não precisou do MDB, do PP, do centrão. O Bolsonaro forma o ministério dele do jeito que ele quer e ninguém reclama, pois não deve nada a nenhum partido”, afirma o presidente do diretório municipal de uma das legendas da base de Cameli, que pediu para não ser identificado.


Outro dirigente lembra que, ao contrário de Bolsonaro, Gladson Cameli precisava das legendas tanto para ter bom tempo de exposição no programa eleitoral, como para garantir maioria na Assembleia Legislativa. “Agora o próprio Bolsonaro começa a conversar com os partidos do centrão, que ele sempre rejeitou, para compor sua base no Congresso. O capitão sabe que, sem eles, não governa”, avalia a liderança.


Estando às voltas em assumir um estado com as contas inchadas por conta do atual tamanho da máquina, o futuro governador vai reduzindo ao máximo essa estrutura. Com isso, tenta assegurar recursos que garantam o mínimo de investimentos nos primeiros seis meses de gestão.


Essa redução implicará em menos aliados acomodados no governo. Para evitar o rompimento com aliados importantes, aos poucos Gladson Cameli vai fazendo concessões. A primeira foi entregar a Segurança aos cuidados do vice. Agora, a tendência será amansar os tucanos para que deixem a Agricultura ficar com o aliado Sérgio Petecão.


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