Os ex-prefeitos de Brasileia, Everaldo Gomes (MDB) e de Plácidos de Castro Roney Firmino (PR) e mais 13 acusados de participar de um esquema de desvio de dinheiro público, fraude a licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e organização criminosa, serão ouvidos pela Justiça na manhã desta terça-feira (4) em audiência de instrução que acontece na cidade de Brasileia, no Alto Acre.
Entre os acusados também estariam os vereadores Joelso Pontes, Marquinhos Tibúrcio, Mário Jorge, além de ex-vereadores que figuram como réus no processo após denúncia oferecida pelo Ministério Públicos Estado (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os acusados foram investigados pela Operação Labor da Polícia Federal.
Segundo a denúncia do MP, o município de Brasileia, durante a administração de Everaldo Gomes, realizou uma carona fraudulenta, aderindo a uma licitação de Plácido de Castro, para contratação de uma empresa de terceirização de mão de obra. Em Setembro de 2017, Everaldo Gomes e Roney Firmino foram presos acusados de chefiar o esquema que teria desviado mais de R$ 1 milhão.
Segundo ainda a denúncia, os ex-prefeitos teriam um acerto que concederia a Everaldo Gomes, uma mesa de R$ 20 mil por mês. O ex-prefeito Roney Firmino é apontado como um “sócio informal” da empresa, e receberia parte dos lucros. Os vereadores e ex-vereadores acusados de participar do esquema também teriam recebido mensalmente R$ 11 mil rateados entre os participantes.
Em 2014, de acordo com a denúncia, o esquema teria sido alterado e a empresa passou a emitir notas fiscais superfaturadas e repassado os valores a mais para Aldemir Lopes e outras pessoas apontadas por ele, que faziam parte de um “mensalinho” que foi apelidado de “folhinha” pelos gestores e parlamentares acusados de integrar o esquema de desvio de dinheiro público.
