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Cadeirante acreano pode desistir de curso na Ufac por não conseguir se locomover em rua

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Há dois dias, José Aurismar Braga da Silva, acadêmico do 2º período do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre, não vai a aula porque a rua Manaus, no bairro Montanhês, onde ele mora, está intrafegável. O acesso ficou assim após as chuvas desta semana em Rio Branco.


“Se eu for falar a quantidade que procurarei, ligações, mensagens no WhatsApp, vezes que fui ao Depasa, Emurb, MP, dá mais de 10 vezes”, conta ele ao lembrar que já procurou inúmeras vezes os órgãos públicos na busca pela garantia do ir e vir.

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José Aurismar, também conhecido como Mazinho, é servidor público da Secretaria de Saúde e vice-presidente do Centro de Apoio à Pessoa com Deficiência Física do Acre (Capedac).


Ele passou a se locomover em uma cadeira de rodas há 16 anos após um mergulho em águas rasas. Há 18 mora no Montanhês. Da casa dele até o asfalto na rua da Fazenda, por onde passa o ônibus, são pouco mais de 200 metros de acesso. Ocorre que a dificuldade para Mazinho dobra principalmente em períodos de chuva. [Veja no vídeo abaixo].


“Ano passado a Emurb fez a principal, a rua da Fazenda, e ficou de fazer as travessas, mas não fez. Fiz tudo que é possível fazer”, relata.


Além de faltar as aulas e o trabalho, ele também conta que deixou de frequentar a clínica de fisioterapia da Ufac às segundas e quartas-feiras à tarde.


O que diz o Depasa


O diretor-presidente do Depasa no Acre, Moisés Diniz, informou ao ac24horas que a rua Manaus está na programação de pavimentação de ruas do Estado, porém a não execução da obra ocorreu por causa da falta de recursos, resultado da recente crise financeira.


A rua Manaus e outras 14 em Rio Branco serão construídas por meio de um programa que prevê serviços de drenagem e calçadas. O valor total desse conjunto de obras é de R$ 10 milhões. Os recursos são oriundos da Caixa Econômica e estão garantidos, porém como depende de licitação, e o processo é bastante democrático, esses acessos serão beneficiados no verão de 2019, já no próximo governo.


Moisés Diniz acrescentou que deve buscar em parceria com a Emurb uma solução paliativa para a rua Manaus. “Durante esta semana vou fazer uma visita à rua dele [Mazinho] para poder ter o problema na pele, sentir como é uma pessoa na condição dele enfrentar essa situação. É melhor quando você sente de perto, vai ao local”, garantiu.


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