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A fome de cargos dos partidos para participar do governo de Gladson

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Tenho visto uma intensa movimentação nos bastidores de militantes dos partidos de oposição (que agora será situação) em busca de cargos no Governo recém eleito de Gladson Cameli (Progressistas). E não será fácil saciar a “fome” de todos tendo em vista que a nova gestão pretende fazer uma ampla reforma administrativa. Isso significa a extinção de muitos postos atualmente ocupados por petistas e aliados. Uma pessoa bem posicionada no processo de transição me revelou que as demandas são enormes dos partidos. Afinal, muitos estiveram mais de 20 anos longe do poder deixando os seus apetites insaciáveis. Não pensem que essa luta pelas colocações no Governo são apenas para o primeiro escalão. Muito pelo contrário, tem gente que nem se importa contanto que tenha garantida uma “boquinha” na gestão. Na ânsia de conseguirem o seu intento, alguns tentam plantar notas na imprensa ressaltando as suas qualidades e fidelidade. Como se diz no popular, preparem-se para uma briga de foice no escuro e salve-se quem puder.


Apoiado
Tanto deputados estaduais da FPA quanto da oposição estão defendendo o nome do colega de parlamento Nelson Sales (PP) para ocupar a pasta da Saúde. Eles alegam que o deputado, que perdeu a eleição para federal, já ocupou a secretaria de saúde de Sena Madureira por muito tempo e está qualificado para a missão. Agora, tudo depende de combinar também com o Gladson.

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Com chances
Muitos ainda falam do médico Eduardo Veloso (PR) que  ficou como suplente de Márcio Bittar (MDB) no Senado. Próspero empresário tenho as minhas dúvidas se ele aceitaria o cargo. Mas é um médico qualificado que mostrou na prática em suas empresas ser um grande gestor.


Fatos
Mas, por enquanto, apenas dois nomes estão confirmados no primeiro escalão do Governo. Ribamar Trindade no Gabinete Civil e Silvânia Pinheiro na Comunicação Social. Os partidos estão apresentando os seus indicados. Mas pelas informações que tenho além da filiação partidária serão necessários atributos técnicos.


Isso ou aquilo
A oposição que esperou 20 anos para ganhar o Governo novamente terá que fazer uma escolha. Uma gestão bem afinada que atenda aos anseios da população ou uma configuração que atenda integralmente os partidos aliados, mas que pode causar uma derrota do grupo político na próxima eleição.


Ranger de dentes
Sendo a opção por um Governo técnico e enxuto não terá como atender a demanda de cargos de todos os partidos aliados. Assim tem muita gente que trabalhou na eleição de Gladson Cameli que ficará de fora do Governo. O choro, o ranger de dentes e a revolta serão grandes. Mas isso faz parte do processo.


Confissão
Esse projeto encaminhado para ALEAC do atual Governo do PT que garante segurança para o ex-governador fora do cargo por 36 meses é estranho. Nunca vi nenhum ex-governador do Acre que precisasse de segurança. Estive em várias ocasiões com Orleir Cameli, Jorge Viana (PT) e Binho Marques (PT), em diferentes lugares do Estado depois que deixaram o poder e nunca se utilizaram de segurança. Por que agora Tião Viana (PT) vai precisar desse aparato por três anos? Será por conta da criminalidade desenfreada do Acre? Ou porque teme algum atentado de adversários políticos? Não vejo lógica nesse oneroso projeto que prevê segurança também para outros ex-chefes de poderes.


Confissão 2
Quando o atual Executivo encaminha esse projeto para a ALEAC admite que a violência no Estado ultrapassou o limite do “suportável”. Certamente deve teme algum tipo de retaliação por parte das facções criminosas. Mas com a polpuda aposentadoria de governador é viável contratar uma segurança particular. Qualquer coisa é só falar com o ex-candidato derrotado ao Governo Coronel Ulysses (PSL) e contratar a sua empresa de segurança privada que é bem qualificada.


Desguardado
Mas tem ainda uma outra questão. Se tem alguém que deveria temer seria o ex- secretário de segurança Emylson Farias (PDT). Ele, inclusive, foi ameaçado quando ainda exercia o cargo porque atuava na ponta do combate direto com a bandidagem. Não vejo lógica para a segurança de quem ocupou outros cargos.


Simples mortais
Quer dizer que os simples mortais acreanos devem se virar para se protegerem? Enquanto os outros que viveram e ainda viverão de salários pagos pelo erário público precisarão de proteção institucional? Por isso, que ninguém quer ser um simples mortal nesse Estado, mas um político do poder. Simples assim.


Legal e imoral
O projeto deverá ser aprovado na ALEAC e ponto final. Portanto, será legal o ex- governador e ex-chefes de poderes terem segurança pagos pela população do Acre. Mas não sei se as pessoas entenderão esse fato como moralmente correto.


Próximo passo
No seu jeito simples de ser o deputado estadual Joza da Farmácia (Podemos) já está emplacando o seu segundo mandato. Ele tem votos e sabe fazer política apesar de não ser muito de ocupar a tribuna da ALEAC para falar. Joza não esconde que sonha em ser o próximo prefeito de Cruzeiro de Sul e não duvido que tenha chances.

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Muita disputa
Em 2020, a briga pela prefeitura de Cruzeiro do Sul terá  muito pesos pesados da política. Por um lado, o atual prefeito Ilderlei Cordeiro (PP) deverá tentar a reeleição. O ex Vagner Sales (MDB) saiu fortalecido do atual pleito com a esposa Antônia Sales (MDB) deputada estadual e Jéssica Sales (MDB) deputada federal. Terá cacife para indicar um candidato forte na disputa. Fora isso, tem o pessoal do PT que unidos a outros partidos podem indicar alguém. Joza entraria como quarta via. Como a disputa não tem segundo turno se não cuidarem zebras podem acontecer.


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