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O fenômeno Sérgio Petecão

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O grande fenômeno eleitoral da campanha que atravessamos, foi uma figura que não tem a pompa dos velhos caciques políticos, a empáfia de se mostrar como alguém que sabe tudo e pode dar aulas de moralismo aos adversários, não tem o ranço do autoritarismo, mas uma pessoa que soube ensinar que, pela humildade se pode chegar ao porto seguro da vitória. É o caso do candidato mais votado da eleição, senador Sérgio Petecão (PSD). Não mudou nada do menino da 6 de Agosto e do peladeiro do campo do Bancrévea. Inverteu a pirâmide das campanhas. Quebrou regras. Foi o mesmo nos mandatos de deputado estadual, federal e o mesmo como senador. O Petecão é de difícil explicação. Num tempo de rejeição popular a quem ocupa um cargo político, num tempo de Lava Jato, conseguiu continuar sendo querido e com as mãos limpas. Pouca gente sabe, mas tirava um dia na campanha para receber a criançada e fazer selfies. Atendia uma multidão da meninada. Quando chegava num bairro e descia do carro a gurizada o cercava cantando o seu jingle “eu/sou/Petecao/ de novo..” Era como se um Pop Star estivesse aparecendo. Discurso rebuscado não ganha política. Mostrou isso. O que ganha é a empatia que o candidato consegue com o eleitorado. E foi neste espaço que o Sérgio Petecão entrou e conseguiu ser mais votado que o candidato a governador, Gladson Cameli. Mais explicações sobre ele, eu não sei dar, apenas que o Sérgio Petecão é o cara da política acreana, um fenômeno de popularidade. Ensinou que, quem decide a disputa eleitoral são os grotões. E dá-lhe, Petecão!


REAÇÃO NEGATIVA
O corte do pagamento extra pelo Banco de Horas na Polícia Militar e Bombeiros teve desdobramentos negativos. Ontem, já houve uma diminuição das atividades escolares no Colégio Militar gerido pelos Bombeiros Militares. É que, os que prestavam serviço à unidade escolar eram pagos pelo Banco de Horas. A coluna tem a informação de que para hoje está programado um manifesto de pais e mães de alunos em frente ao quartel da tropa, temerosos
que não aconteça o fim do período escolar. Neste caso, a corporação não tem culpa alguma.


AGENDA DE AGRADECIMENTO
O candidato derrotado ao governo, Marcus Alexandre (PT), iniciou ontem uma peregrinação pelo estado para agradecer a votação recebida. Marcus começou a caminhada pelo município de Cruzeiro do Sul. Um gesto democrático de quem reconhece que eleição se ganha e perde.


ELEIÇÃO PARA GENTE GRANDE
Eleição para a presidência da Assembléia Legislativa é para gente grande. Costuma ser decidida na semana da votação. Não esperem definição de nome este ano. Só em fevereiro. E não adianta se negar, porque o principal eleitor, mesmo não sendo deputado, será o governador.


SABIA DAS REGRAS
Até entendo a revolta do Tião Bocalom (PSL) em ser um dos mais votados para deputado federal com quase 22 mil votos e não conseguir um mandato para a Câmara Federal. Mas boa parte da culpa é dele. Sabia as regras do jogo e se arriscou numa chapa mequetrefe de votos.


NÃO FOI POR FALTA DE CONVITE
Convites não faltaram para que entrasse no chapão que apoiava a candidatura do Gladson Cameli ao governo. Tivesse ouvido a voz da razão, o Tião Bocalom seria deputado federal.


REGRA REGIONAL
Há uma regra política regional não escrita, mas que vale para a disputa de eleições majoritárias, a de que uma terceira via dificilmente consegue sucesso. Foi o caso da candidatura do Coronel Ulisses Araújo (PSL) ao governo, vítima da tradicional polarização.


BOM PARA A DEMOCRACIA
Será bom para a democracia e para a gestão do futuro governador Gladson Cameli que não tenha toda a mídia atrelada e a dizer amém e sim senhor, e até para mostrar os erros que venha a cometer. Tem que ter oposição. O contraditório. Oposição é bom para a democracia.


A CAMPANHA ESTAVA REDONDA
Com sua prisão, a campanha redonda foi desarticulada, ainda assim a candidata à deputada federal Charlene Lima (PTB) teve 5 mil votos sem comprar um. Mesmo porque estava presa. Se estivesse solta, dificilmente, a Charlene não estaria entre os eleitos da Câmara Federal.


NÃO DAVA PARA PREVER
Que a chapa de deputado federal formada pela coligação entre PT-PCdoB-PSB no máximo faria dois e que um deles seria do PT era previsto, mas, jamais, que o PT não elegeria ninguém.


NEGÓCIO DAS ARÁBIAS
O PT fez um negócio das arábias com o PCdoB. Daqueles que o cara só faz quando está de porre. O PCdoB entrou com a cara, apenas dois candidatos, na chapa de deputado estadual e tomou duas vagas do PT. Entrou com a cara para deputado federal e deixou o PT sem deputado. Ficou com a única vaga conquistada. O PT tinha que tomar uma surra nas urnas.


O POVO CANSOU
As pesquisas mostram que o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) deve ganhar com uma carreta de votos na frente do candidato do PT, Fernando Hadad. E contra tudo e contra toda a mídia. A questão não é o Bolsonaro que é bom, a questão é o povo cansou do PT.


FOI DEVASTADORA
Nesta eleição ficou provado que a ação da Lava Jato foi destruidora para a imagem do PT.


SEM DESPESAS
Os cortes promovidos pelo governador são como que obrigatórios, não pode deixar a folha de pagamento fora do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e nem despesas para o sucessor pagar, sob pena de se enquadrado por crime de responsabilidade. E devem vir mais cortes. O governador deixou o estado crescer além do necessário e agora tem de diminuir.


ACABOU O EMPREGUISMO
Está uma correria nas prefeituras para fechar a lista de cortes de pessoal para uma adequação à Lei de Responsabilidade Fiscal. Quem estiver com a folha acima do permitido pela LRF, não poderá receber recursos das emendas parlamentares. É o fim do empreguismo e compadrio.


ESTADO DA VIOLÊNCIA
Continuamos um dos estados mais violentos do país e Rio Branco uma das cidades onde a violência tomou forma assustadora. Já foram registradas 333 mortes por execuções somente este ano. E ainda faltam novembro e dezembro. Uma terrível herança para o próximo governador.


PROBLEMA DOS MAIS GRAVES
Fora um sistema público de saúde alvo de muitas críticas, um desemprego alarmante, um quadro fiscal assustador, um dos problemas mais graves que o atual governador deixará para o seu sucessor será sem dúvida a violência. Não adianta falar em queda de índices com um teto muito alto de execuções. É como tirar uma gota de água de um rio em cheia. Aonde vamos?


GUERRA PERDIDA
Vamos ser sinceros. Em que pese o trabalho incessante dos Delegados, policiais civis, policiais militares, que só merecem elogios pelo combate ao crime, esta é uma guerra que decididamente foi perdida pelo governo que acaba em dezembro. A esperança é o futuro.


PRAZO DE CARÊNCIA
Com um ano do novo governo vamos saber se algo mudou ou se o crime continua reinando.


VOTO DECIDIDO
O vereador Roberto Duarte (MDB) diz que seu voto está definido na confusão em que se transformou a eleição para a presidência da Câmara Municipal de Rio Branco: “meu primeiro voto é para a oposição, se esta não tiver candidato é do Emerson Jarude, em último plano voto com o consenso”. Roberto considera que o desfecho hoje se encontra imprevisível.


A LIÇÃO QUE FICA DA ELEIÇÃO
Os dirigentes do PT, também perderam a eleição no nicho mais importante de uma campanha: a comunicação. Os seus marqueteiros bisaram o erro do governo do estado em ter como sua base a mídia tradicional. E que por isso não conseguiu levar as suas realizações ao grosso da população. Quem chega às massas hoje, quem influencia, são as redes sociais, são os sites, e por menosprezar este poderoso instrumento não se organizaram para a disputa na mídia das redes e levaram uma surra neste campo. Eram três, quatro, defendendo o candidato ao governo Marcus Alexandre (PT) e, uma legião desconstruindo a sua imagem. Colaram todo o desgaste dos últimos oito anos do governo petista no seu perfil. E foi o que prevaleceu na opinião pública. Esta eleição, que deve se encerrar na próxima semana foi um divisor de água na campanha política: antes e depois das redes sociais. Um exemplo marcante é o caso do quase certo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Tinha toda a mídia tradicional contra e construiu a sua vitória e despedaçou os adversários na seara da internet. É a lição que esta eleição deixou.


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