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Os caminhos do novo governador

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Fim de festa pela derrota do grupo político que há vinte anos estava no poder, no governo do Acre. O Gladson Cameli tinha que comemorar mesmo, porque foi o fio condutor da vontade da maioria esmagadora da população. A partir de agora o futuro governador terá que cair na dura realidade que o aguarda e pensar em cumprir as promessas de campanha. Como reduzir secretárias, assessorias especiais, acabar com as estatais em liquidação e que viraram cabides de empregos de afilhados, enfim diminuir o tamanho do estado, hoje um paquiderme quase inerte. Não pode no pacote de medidas que mandará para a Assembléia Legislativa com a reforma administrativa, deixar de incluir na peça orçamentária, a verba da Mídia menor do que a da Polícia Militar. Colocar nos cargos de confiança somente pessoas competentes, que estiveram na sua coligação, e não aceitar jamais pedidos de nomeações de alguém sem competência apenas por ser afilhado de políticos. Afinal, ele tem de mostrar nos primeiros dias de governo que veio para ser o novo. Medidas duras devem ser tomadas no início da gestão. Com a sua posse em janeiro, Gladson Cameli não será mais baladeira, mas uma grande vidraça.


BASE MAJORITÁRIA
Gladson Cameli vai começar com a maioria na ALEAC. A sua coligação elegeu treze deputados. Só com estes votos poderá eleger o futuro presidente da Assembléia Legislativa da sua base.


LONGE DAS NEGOCIATAS
Para não repetir o que existe hoje, de afilhados indicados por dirigentes de partidos nanicos para cargos que vão da mãe, passando por filhos e filhas e mulher, sem dar um prego numa barra de sabão, a sua assessoria política deve restringir conversas para novas adesões à base só com deputados. Se, manter a parafernália que está hoje na máquina estatal se queima.


NÃO VEJO NOME MELHOR
Na presidência da Assembléia tem de ter um deputado com experiência e que seja hábil na negociação política. Entre os eleitos pela sua coligação não vejo ninguém melhor do que o José Bestene (PROGRESSISTA). Grande negociador e foi um dos melhores presidentes da ALEAC.


AULA COM MAZINHO
Fraquinhos na condução política os prefeitos de Feijó, Kiefer, e de Tarauacá, a Marilete Vitorino. O Marcus Alexandre venceu nos dois redutos, sem os prefeitos. Deveriam ter uma aula com o Mazinho Serafim, que fez a mulher Meire Serafim (MDB), a deputada mais votada, e deu ao Cameli uma votação recorde.


ESQUEÇA, A RECÍPROCA NÃO SERÁ VERDADEIRA
O futuro governador Gladson Cameli não espere que, com os acenos de ser um governador bonzinho com a oposição que terá refresco por parte de seus políticos. Terá uma oposição dura na ALEAC, e por deputados eleitos que são qualificados, prontos a pular na sua jugular.


RIO BRANCO FOI FATAL
A derrota do Marcus Alexandre foi fatal em Rio Branco, onde esperava colocar uma boa vantagem sobre Gladson Cameli. Aqui, se decidiu sua derrota. Não estava na sua contabilidade por ter sido um bom prefeito. Mas era na capital, onde estava a maior rejeição ao PT.


SEM VOTOS
O PT apostou errado ao pensar que os presidentes das associações de moradores, a maioria ao lado do Marcus Alexandre, mudariam a realidade negativa. Esqueceu que o voto popular não tem dono. O povo quando quer votar não aceita ser puxado pelo beiço por ninguém.


LISTA DAS SUPRESA
Sempre coloquei que, entre as listas dos eleitos para a ALEAC se deixasse de duas a três vagas para as chamadas surpresas. E se confirmou. Nesta eleição, as vitórias de Marcos Cavalcante (PTB), Pastor Vagner Felipe (PR) e Fagner Calegário (PV) vieram na cota das novidades.


NÃO TEM COMO RECUAR
Com a decisão do TCE de anular o concurso para professores, e ainda multar o prefeito Ilderlei Cordeiro em 14 mil reais, não lhe restará alternativa a não ser a demissão dos concursados para o magistério, e tornar nulos, reajustes concedidos a servidores. Terá de cumprir.


REDUÇÃO CONSIDERÁVEL
As demissões, ainda não quantificadas, vão levar a uma economia na folha em torno de 500 mil reais. Num município em que o emprego é difícil, ser obrigado a demitir é uma pena.


DE NANICOS A NANIQUINHOS
PCdoB E REDE entraram na eleição sendo partidos nanicos, estão saindo como naniquinhos e devem ficar sem tempo de televisão e fundo partidário. Existirão no nome. Foram engolidos pela cláusula de barreira, não atingindo o teto de votos exigíveis para a Câmara Federal.


NO MESMO BARCO
Também estão no mesmo barco dos partidos que virarão fantasmas, não tendo tempo de televisão e fundo partidário, além do PCdoB e REDE, o PATRIOTA, PHS, PMB, PMN, PPL, PRP, PRTB, PSTU e PTC. A cláusula de barreira foi uma medida acertada na reforma eleitoral.


VOLTANDO AO PROTAGONISMO
O PCdoB foi alijado nas últimas eleições de todas as suas pretensões de ter um filiado numa chapa majoritária da FPA, pelo PT. Ressurgiu das cinzas, no Acre, elegendo dois deputados estaduais e uma deputada federal. Queiram ou não o PT, o PCdoB voltou a ser protagonista na FPA. Aliás, a FPA viveu a sua última eleição. Daqui em diante o quadro político muda todo.


CRAQUE DOS BASTIDORES
Tem que se reconhecer que o dirigente comunista Edvaldo Magalhães foi um craque na montagem da engenharia que fez do PCdoB, um dos grandes vencedores desta eleição.


ERRO AMADOR
Não era preciso nem ter experiência política para se prever que com a entrada só com a cara do Edvaldo Magalhães (PCdoB) e do Jenilson Lopes (PCdoB) na chapa de deputado estadual, algum dos atuais deputados do PT iria rodar. Rodaram dois: Lourival Marques e Leila Galvão.


DERROTA INESPERADA
Em toda conta, estava a volta da deputada Leila Galvão (PT) à ALEAC. E que viria bem votada do Alto Acre. Aumentou os votos em outros municípios, mas foi pessimamente votada no seu mais forte reduto, que era Brasiléia. Não foi por falta de empenho pessoal. O que ocorreu?


MUITAS CONVERSAS
São muitas as conversas do que aconteceu nesta eleição nos bastidores em Brasiléia.


DERROTA EMBLEMÁTICA
Brasiléia também foi palco de outra grande surpresa: a acachapante derrota do candidato ao governo, Marcus Alexandre (PT), num município em que o PT sempre se mostrou muito forte. Gladson Cameli (PROGRESSISTA) teve 65% dos votos, índice superior a municípios do Juruá. Foi uma surra eleitoral no PT


MARIA ANTONIA
Outra votação surpreendente em Brasiléia foi da deputada Maria Antonia (PROS).


QUEBRADO NO MEIO
A coluna tinha alertado de que o deputado Raimundinho da Saúde (PODEMOS) seria marcado na eleição por ter a coragem de brigar por pautas da Saúde contra o governador. Dito a feito. Caíram como enxames dinamitando apoiadores e seus redutos eleitorais. Perdeu a eleição.


COMEMORAÇÃO
Quem deve com certeza estar se deliciando com a derrota do deputado Raimundinho da Saúde (PODEMOS) é o governador, contra quem o parlamentar travou uma briga feroz.


ERROU NA DOSAGEM
A cúpula do PT errou na dosagem ao fritar a candidatura do deputado federal Raimundo Angelim (PT). Não fez as contas que, quantos mais votos o Angelim tivesse, melhor para a legenda. Resultado: liquidaram não só o Angelim, mas toda bancada federal do PT.


OUTRO ERRO
Outro erro da cúpula petista na eleição foi lançar vários secretários a deputado estadual, numa deslealdade contra a base do governador na ALEAC. Nenhum secretário foi eleito, mas a pulverização dos seus votos ajudou sim a reduzir para dois deputados os deputados do PT.


PEÇA DE RESISTÊNCIA?
Li declarações de figuras do PT que a prefeita Socorro Nery tem que ser a “peça de resistência” da FPA, jogando a conta no seu colo de um pato que não comeu. Se a Socorro entrar nesta barca furada do confronto pode comprometer a bela administração que vem fazendo.


MUITA CAUTELA
Socorro Neri não terá o governo do estado, nenhum deputado federal do PT e do seu partido para direcionar à prefeitura emendas parlamentares. Sem um senador da FPA. E, possivelmente, sem a presidência. Não terá saída a não ser enxugar mais a máquina municipal.


GESTÃO DA SUA CARA
Pelo que conheço do seu perfil de gestora legalista, a prefeita Soorro não vai transformar a prefeitura num cabide de emprego de petistas que perderão cargos de confiança no estado, a partir de janeiro. Tem que pôr no primeiro escalão, auxiliares que sejam a sua cara na gestão.


ATÉ AQUI MUITO BEM
Até aqui a prefeita Socorro Neri tem feito uma boa administração. Deve continuar usando como o faz as redes sociais, mostrando a sua presença na fiscalização das obras municipais. Funciona como uma prestação de contas. Pode chegar em 2020 melhor que na atualidade.


VAI SER UMA GUERRA
A prefeita Socorro Nery não alimente a ilusão de ser convidada para ser candidata à reeleição pela oposição. Há muita gente lá de olhos arregalados para a PMRB. O PT vai querer ter candidato do partido à PMRB. Por isso tem de trilhar caminho próprio, solidificar seu trabalho, continuar projetando sua imagem de mulher trabalhadora nas redes sociais, se quiser disputar a reeleição em 2020. A sua aliança tem que ser com o povo. É o caminho mais seguro.


BANCADA DOS MUDINHOS
A bancada dos “mudinhos” na próxima legislatura da ALEAC vai ganhar um reforço certo, com a eleição do ex-deputado Chico Viga (PHS), que não usa a tribuna nunca.


ALFINETADAS NO JURUÁ
A deputada federal Jéssica Sales (MDB) deu uma alfinetada  no governador eleito Gladson Cameli, ao dizer em uma entrevista ao ac24horas que, se elegeu sem a sua ajuda. Seu pai Vagner Sales disse em um ato político que mostrou quem é o dono dos votos em Cruzeiro do Sul e que colocará o prefeito Ilderlei Cordeiro na balsa em 2020, na eleição para a prefeitura. Em outro ato, ao lado de Ilderlei, o governador eleito Gladson Cameli disse que Cruzeiro do Sul não tem dono, elogiou Ilderlei e falou que este terá o seu apoio. Os tempos andam quentes para os lados do Juruá.


BOA NOVA
A boa nova desta eleição foi o aumento do número de mulheres na Câmara Federal. Tinha apenas a deputada federal Jéssica Sales (MDB). E terá a partir do próximo ano, também, Vanda Milanini (SD), Mara Rocha (PSDB) e Perpétua Almeida (PCdoB). Uma novidade a comemorar. Quem sabe, um dia não teremos uma mulher ganhando a eleição e elegendo-se governadora?


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