Um certo dia, o advogado Mauricio Hohenberger, candidato a deputado estadual pelo PSL, estava em casa muito preocupado em chamar a atenção do eleitor e teve uma ideia inusitada para pedir votos: se dirigir a um cemitério e lá gravar um vídeo. Foi o que ele fez. Circulando por caminhos estreitos entre túmulos, o advogado lembrou que ali é o destino de todo mundo, do velho, do jovem, da criança desassistida e também do sujeito corrupto.
E ele gravou entre os finados a seguinte mensagem: “Hoje eu estou num lugar bem inusitado. Um lugar que é o caminho de todos nós. É um lugar onde as crianças chegam aqui antecipadamente por roubo de merendas. O idosos chegam aqui antecipadamente por falta de delegados medicamentos. Jovens chegam aqui assassinados por falta de oportunidade”.
Ao final do vídeo, o candidato manda um recado, uma espécie de profecia escatológica: “Você, político, que roubou merenda, que roubou remédio, que roubou dinheiro pra segurança tenha certeza que o seu final também aqui será. Os senhores não vão escapar!”.
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