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Em leilão, Energisa compra distribuidoras da Eletrobras no Acre e Rondônia

A ​Eletrobras conseguiu vender mais três de suas distribuidoras nesta quinta-feira (30), em um leilão que realizado na sede da B3, em São Paulo.


A Eletroacre (AC) e a Ceron (RO) foram vendidas para a Energisa. Já a Boa Vista Energia (RR) ficou com o grupo Oliveira Energia.


A Boa Vista Energia, de Roraima, foi vendida para a Oliveira Energia, uma empresa local do Amazonas que atua com geração de sistemas isolados. A distribuidora era considerada uma das mais difíceis, justamente por não estar interligada ao sistema elétrico brasileiro e depender de importações da Venezuela. A Oliveira Energia também foi a única interessada.


O preço de venda é de R$ 50 mil por empresa um valor simbólico que será pago à Eletrobras.


A compradora também deverá fazer um aumento de capital nas companhias que varia de empresa para empresa. No caso da Eletroacre, o total é de R$ 238,8 milhões. Para a Ceron, de R$ 253,8 milhões e, para a Boa Vista, de R$ 176 milhões.


Até a noite desta quarta (29), ainda havia dúvidas sobre o interesse pelas companhias, que são deficitárias.


As vendas desta quinta se somam à da Cepisa, do Piauí, à Equatorial, em um leilão individual realizado em julho deste ano.


Além dessas distribuidoras, a Eletrobras tenta vender outras duas: a Amazonas Energia e a Ceal (Alagoas).


No caso da empresa do Amazonas, que inicialmente seria ofertada junto com as demais companhias do Norte, o leilão foi adiado para 26 de setembro.


O atraso ocorreu porque sua venda ainda enfrenta dificuldades, principalmente a aprovação de um projeto de lei que transfere uma dívida bilionária das distribuidoras à conta de luz do consumidor.


O governo avaliou que, no caso das demais empresas, os passivos não seriam tão problemáticos quanto para a Amazonas, que tem a maior dívida. Segundo analistas do setor elétrico, sem a aprovação desse projeto de lei, dificilmente a companhia atrairá investidores e poderá ser liquidada.


Já a venda da Ceal está tratava por conta de uma disputa com o governo alagoano, que conseguiu uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) para barrar a venda enquanto as negociações não fossem concluídas.