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Oposição quer transformar crise da violência no Acre em votos, dispara Sebastião em coletiva

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Em entrevista à imprensa realizada no fim da manhã desta quinta-feira (12) em seu gabinete, o governador Sebastião Viana (PT) voltou a criticar o pedido de intervenção federal na segurança pública do Acre apresentado ao presidente Michel Temer (MDB) pela bancada de oposição em Brasília.


Viana questionou o porquê de os parlamentares não terem sugerido a intervenção em 2017, quando o número de mortes registradas foi maior, e quando as facções criminosas agiram de forma mais violenta.

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Para ele, o pedido não foi feito por o ano passado não ter sido de disputa eleitoral. Na opinião do petista, seus adversários tentam obter dividendos eleitorais com a crise de violência.


“Eu não vi este discurso do senador [Sérgio Petecão] e nem de seus parceiros da oposição no ano passado, quando os números de assassinatos eram maiores. E por que estão fazendo agora? Por que é véspera de eleição? Para querer transformar sofrimento de famílias e a luta de nossas polícias em voto?”, afirmou o governador.


Sebastião Viana classificou o pedido de informação como grave e de irresponsabilidade. A solicitação de intervenção foi apresentada pelo senador Sérgio Petecão (PSD), líder da bancada no Congresso, a Temer em reunião no Palácio do Planalto na noite desta quarta (11), e contou com o apoio de seis dos 11 parlamentares do Acre na Câmara e no Senado.


Para Tião Viana, “não se pode brincar com a segurança pública”. De acordo com ele, o atual exemplo de intervenção federal no país, adotada desde o começo do ano no Rio de Janeiro, não apresenta o resultado esperado. Ele destacou que houve aumento da violência e que mais de 50 policiais militares já morreram este ano no Rio.


O governador afirma que tem atuado junto ao governo federal para que recursos da segurança sejam enviados ao Acre. “Quantas vezes eu liguei até a última hora para o ministro Raul Jungmann [Segurança Pública] pedindo a liberação de recursos”, disse Sebastião, citando o prazo imposto pelo calendário eleitoral para a União enviar recursos voluntários.


“Aí eu pergunto: quantas vezes o senador ligou? Nem uma, e ele é da base de apoio do governo federal.” Sebastião prosseguiu: “Eles prometeram R$ 150 milhões para a segurança pública de uma emenda impositiva de bancada em 2016, e não liberaram nada até hoje”.


Ainda segundo ele, o Palácio Rio Branco fez vários pedidos para que houvesse reforço na presença das forças federais na região de fronteira. Para o governador, é essa ausência das forças da União na fronteira que contribui para a atuação das organizações criminosas.


“Quantas vezes eu pedi sozinho a presença do governo federal, do Exército, do efetivo de Polícia Federal, Rodoviária Federal cuidando das fronteiras do Acre? O ovo da serpente, a origem do mal, é a passagem do narcotráfico produzido no Peru e na Bolívia.”, ressaltou Sebastião Viana.


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