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Fim do Polícia da Família representou saída do Estado e entrada das facções nos bairros

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Se existe nos governos petistas do Acre um programa voltado para a segurança pública que pode ser apontado como bem-sucedido, este foi o Polícia da Família. Iniciado no governo Jorge Viana, mantido por Binho Marques e encerrado com Sebastião Viana, ele consistia na presença permanente de policiais nas comunidades que apresentavam os maiores índices de criminalidade.


Por meio de bases móveis e fixas, as polícias Civil e Militar mantinham uma interação mais próxima com os moradores dos bairros. Os agentes frequentavam as casas das famílias, e cada policial era destacado somente para aquela região, criando uma relação de confiança entre polícia e comunidade.

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O Polícia da Família sobreviveu até o governo de Binho Marques, em 2010. Com Sebastião Viana no Palácio Rio Branco, a partir de 2011, não se deu continuidade. O fim do programa representou a ausência do Estado nestes bairros de maior vulnerabilidade, deixando o território livre para a atuação das organizações criminosas.


Se antes a simples presença daquelas bases móveis garantia certa sensação de segurança, hoje na periferia de Rio Branco e cidades do interior só se encontram as pichações do PCC, CV e B13, as facções que se matam pelo controle do tráfico de drogas, deixando a população inocente no meio do tiroteio.


Desde que deixou de funcionar, a equipe da Segurança Pública da gestão Sebastião Viana não desenvolveu algo para substituir o Polícia da Família. Foi a partir da não continuidade desta política que o Acre começou a registrar aumento na sua taxa de homicídios, crescendo mais de 100% a partir de então, segundo dados do Atlas da Violência.


O Polícia da Família chegou a ser referência nacional como modelo de combate ao crime. Seu método simples (de garantir a presença do Estado nos bairros) foi copiado por outros Estados no Norte.


O programa tinha como sua “irmã” as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) adotadas nas favelas cariocas, cuja filosofia era a mesma: aproximar a polícia das comunidades, criando uma nova relação baseada não somente na repressão por parte dos agentes do Estado.


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