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Agressão de policiais do BOPE a supostos traficantes acirra debate entre críticos e defensores de Bolsonaro

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A tortura praticada por policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) a um casal suspeito de tráfico de drogas, e flagrado em vídeo espalhado pelas redes sociais, voltou a acirrar o debate entre os eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e seus críticos mais ferrenhos.


Tão logo o caso veio à tona, muitas manifestações foram feitas nas redes sociais. Parte dos internautas apoiou as agressões feitas pelos policiais, defendendo que somente desta forma se combate a criminalidade. Indignados com a impunidade e cansados da atual onda de violência no Acre, essas pessoas creem que é preciso agir com dureza contra os criminosos.

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Em sua grande maioria, esse público se declara eleitor de Jair Bolsonaro, candidato que defende “respostas enérgicas para atitudes enérgicas”. Em Manaus, no fim do ano passado, Bolsonaro afirmou que daria “carta-branca para a polícia matar”.


Desde que o vídeo com as cenas de tortura virou manchete, foi iniciada a campanha “Sou mais Bope” como forma de apoio aos policiais. Os críticos do presidenciável condenam suas declarações e afirmam que a violência não se combate com mais violência.


“O tribunal de ruas é a falência do Estado Democrático de Direito e sempre será falho, injusto, violento, criminoso. A sua promoção e incentivo nos lança ainda mais na barbárie”, escreveu Sérgio de Carvalho, ativista político e presidente da Fundação Garibald Brasil, Sérgio de Carvalho.


Para ele, a campanha “Sou mais Bope” pode ser considerada como uma “tentativa de defesa ao que deve ser combatido, de justificativa ao injustificável, nada mais é que o reflexo do que estamos vivendo”.


“Diante de um quadro de violência como o que passa o pais, o Acre, o senso comum clama por mais sangue, por punição, por cadáveres periféricos, negros e noiados, estendidos no asfalto dos bairros pobres, como forma de purgar todo o medo e extravasar todo o ódio”, escreve Carvalho.


“Todo o respeito aos bons policiais, mas justificar tortura é um pé perigoso no fascismo. Uma rachadura danosa a nossa já frágil democracia.”



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