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Conservatório do Juruá: Uma escola de talentos composta por histórias, sonhos e realizações

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Quem mora no Vale do Juruá já ouviu falar ou pôde conferir, de perto, um pouco do talento das crianças do Conservatório Musical do Vale do Juruá – um projeto idealizado e direcionado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), em parceria com o Exército Brasileiro e o Poder Judiciário.


O conservatório foi inaugurado em 2017, e contava, inicialmente, com 40 crianças. Mas antes mesmo de completar um ano de criação, ganhou força e, hoje, o coral já reúne mais de 400 integrantes.


“São alunos que atuam com a prática instrumental, violinos, violas, coral e teoria musical. Eles estudam aqui no período de segunda a sexta-feira pela manhã e pela tarde, com apresentação da prática instrumental da orquestra aos sábados pela manhã”, explica o maestro do Exército Brasileiro, Alexandre Sérgio, um dos coordenadores do projeto.

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O outro coordenador, promotor de Justiça Iverson Bueno, destaca sua importância e verdadeira essência para a comunidade.


“O foco principal é tirar as crianças das ruas, do mundo das drogas e trazer cultura para Cruzeiro do Sul e, com isso, fazer com que a nossa cidade desenvolva outros valores. Nosso objetivo maior é chegar a uma orquestra sinfônica aqui no Vale do Juruá”, relata o coordenador do projeto.


A procuradora-geral de Justiça do MPAC, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, que esteve em Cruzeiro do Sul na semana passada para promover uma de suas oficinas de planejamento, disse que a gestão do MPAC tem um olhar e atenção especiais para com o projeto.


“O Ministério Público é reconhecido por suas boas práticas e o que vemos com esse projeto em Cruzeiro do Sul é motivo de orgulho para todos nós que fazemos parte da instituição. Se tem algo que nos toca, nos emociona, é ver o talento e o brilho nos olhos dessas crianças que caminham para um futuro que surge por meio dessa ação”, frisou a procuradora-geral.


 

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Mais do que aprender a cantar


Yasmin da Silva, Pedro Leite e Evelyn Brito são apenas três das 420 crianças que fazem parte do projeto ‘Musicalizando Pessoas com Amor e Carinho’. Quando arguidos sobre a representatividade do Conservatório Musical em suas vidas, a resposta é unânime:


“Através do projeto, eu descobri que, com a música, eu posso ter uma carreira, seja no instrumental ou no canto. Todo mundo que faz parte do conservatório acaba criando esse sonho”, afirma Evelyn Brito.


Aos 13 anos de idade, a aluna do Conservatório Musical ostenta uma das mais belas vozes do coral. Ela mora com a mãe, a irmã mais nova e os avós no Bairro Cruzeirão, e está no projeto desde o início.


“No inicio era só ela, agora a minha outra filha também entrou para o coral. Aqui em casa, a gente acompanhou a evolução dela e, do início para cá, ela progrediu muito. Sem falar que o projeto reflete também no comportamento da criança, no emocional. É muito gratificante”, destaca a mãe de Evelyn, a professora Cleidiane Brito.


Talento, oportunidade a apoio familiar


São inúmeras as famílias que acompanham de perto o desenvolvimento e o talento musical de seus filhos. Prova disso é a mãe de Pedro Leite, de 12 anos, a dona de casa Marizete Leite. Ela conta que, no Bairro Formoso, o talento de seu filho é conhecido e o projeto, sem dúvida, mudou suas vidas.


“Ele tá no projeto desde o início e lá ele canta e toca cajón. Eu nunca imaginei que o Pedro tinha o talento que tem para cantar. Uma das maiores surpresas que tive na vida. Aqui eu sou ‘pai e mãe’ dele, então, a felicidade vem duas vezes”, conta sorrindo a mãe.


Na casa da Yasmin da Silva, o apoio familiar não é diferente. Filha única, aos 9 anos, ela é uma das alunas mais populares do Conservatório Musical, não só pelo fato de estar desde o início no projeto, mas também por tocar violão brilhantemente e ter uma voz que sempre estremece, é o que destaca a mãe.


“Lá no coral, as crianças não aprendem só sobre música, mas também sobre valores da vida. Para nós, é de extrema importância, pois tira a criança das ruas e dá a elas um aproveitamento muito melhor de seu tempo. Elas adquirem conhecimento para a vida toda. E lá, a gente forma uma família, porque todos se unem como uma família”, finaliza a professora Gleiciane da Silva.


Ana Paula Pojo – Agência de Notícias do MPAC
Fotos: Tiago Teles

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