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Com candidatura de Joaquim Barbosa, PSB no Acre terá que acender vela para Deus e para o diabo

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Apesar de estar vivendo um dos melhores momentos de sua existência, o PSB no Acre terá em 2018, novamente, uma eleição complicada. No plano local é certo que vão de corpo e alma para a campanha de Marcus Alexandre (PT), mas no nacional a situação é bem diferente.


A divulgação da pesquisa Datafolha que mostra o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa com 10% das intenções de voto para o Planalto deixou animados os socialistas.

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Com o resultado, é mais do que certo a consolidação da candidatura do ministro que julgou e condenou os principais envolvidos no primeiro escândalo de corrupção envolvendo o governo Lula, o mensalão. Condenado e preso, por denúncias da lava Jato que apontaram o recebimento de propina de empreiteiras, Lula é tido como carta fora do baralho na eleição deste ano.


Por sua condenação por um colegiado (TRF-4), o petista está inelegível, enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Mesmo com todos estes cenários ruins, o PT afirma não desistir da candidatura de Lula, que continua líder nas pesquisas, apesar da queda na comparação com o levantamento anterior. De 37% caiu para 31%.


Toda essa incerteza afeta os petistas acreanos, acostumados a sempre ter palanques presidenciais pomposos, seja com Lula ou Dilma. Agora há a chance de não ter nome algum para o Planalto.


Enquanto isso, o PSB ficará na delicada situação de puxar voto para Joaquim Barbosa e não desagradar aos companheiros petistas, enfraquecidos sem um candidato presidencial ou com sua principal estrela às voltas com a Justiça, ou, quem sabe, ainda cumprindo a pena em Curitiba. No Acre, contudo, os petistas têm a caneta capaz colocar na rua aliados incômodos.


Situação semelhante o PSB enfrentou em 2014. Os pesebistas tinham o palanque de Eduardo Campo para erguer no Acre, sendo substituído por Marina Silva, após a morte do ex-governador de Pernambuco numa acidente aéreo.


Como se diz no ditado popular, precisou acender uma vela para Deus e outra para o diabo; ou seja, não desagradar nem a um nem a outro. Para muitos, nessa disputa, o PSB local acabou fingindo fazer a campanha de Marina para prestar contas ao comitê nacional e não deixar os petistas acreanos enfurecidos.


Sem Lula, as chances de o PT no Acre pedir voto para o candidato do PSB são remotas, já que ele condenou muitos companheiros por crimes de corrupção. Já os socialistas não terão escolha e vão ter que ir às ruas pedir voto a Joaquim Barbosa – pelo menos, outra vez, fingir.


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