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Deputado denuncia uso de máquinas do Acre em Rondônia e secretário diz que não existe ilegalidade e ressalta parceria entre Estados

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O deputado Gerlen Diniz (Progressistas) denunciou na manhã desta quarta-feira (21), na tribuna da Aleac, que máquinas de propriedade do governo do Acre estariam sendo usadas para realizar a colheita de arroz em uma propriedade particular, “na ponta do Abunã, no Estado de Rondônia”.


“O maquinário do governo do Acre estaria sendo utilizada na colheita de arroz em município de Rondônia, para atender a interesses particulares de amigos do secretário da Seaprof. Não tenho nada contra os produtores de Rondônia, mas nós acreanos temos que ter essas máquinas a nosso serviço”, diz Gerlen.

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O parlamentar pediu que o Ministério Público faça uma investigação para apurar a denúncia. “Muitos agricultores precisam de equipamento, mas eles estão sendo usados em uma propriedade, localizada na ponta do Abunã, no Estado de Rondônia. O MP tem que convocar o secretário”, ressalta.


Gerlen Diniz sugere que a Comissão de Agricultura da Aleac também se manifeste. “É algo grave. O Estado do Acre não pode se dar ao luxo de ter seu maquinário sendo usado em um estado muito mais rico, porque a verdade é essa, Rondônia é bem mais desenvolvido”, destaca o oposicionista.


Segundo Gerlen Diniz, o secretário José Carlos Reis publicou fotos em sua página no facebook do que seriam as máquinas de propriedade do Estado sendo usadas em Rondônia. “O secretário postou e uma outra pessoa compartilhou tudo nas redes sociais. As fotos estão lá”, finaliza.



Secretário diz que não há ilegalidade

O secretário estadual de Agricultura, José Carlos dos Reis, disse, por telefone ao ac24horas, que não há nenhuma ilegalidade no uso das máquinas em propriedade particular no estado vizinho, e explicou por quê. Reis afirma que é comum a troca de experiências, serviços e apoio técnico entre os dois Estados e que neste caso específico, mencionado pelo deputado, o proprietário da área em que ocorre a colheita pagou ao Estado do Acre uma taxa de 60% equivalente ao preço de mercado pelo uso das máquinas. “O que nós estamos fazendo não é de graça”, lembra o secretário. “O deputado é falante. Eu não vou fazer palanque pra ele”, cutuca.


Reis afirma que o intercâmbio entre produtores, especialmente nas regiões da divisa do Acre com Rondônia e Amazonas, é comum pela proximidade geográfica. Ele também completa que não há, neste momento, qualquer prejuízo aos produtores locais.


“Eu não vejo nenhum problema nisso. Não está trazendo nenhum problema para os produtores locais aqui. Nós já estamos com o edital de colheita aqui. Nós vamos colher a safra do pessoal que precisa desse maquinário. Quem precisar desse maquinário nós vamos estar disponível com quatro máquinas operando. Até o momento nós ainda não tivemos nenhuma solicitação aqui no Acre. Rondônia é parceiro nosso. Boca do Acre (município do Amazonas) também é um parceiro nosso”, completa.


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