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Jorge Viana: “Os políticos precisam oferecer o que têm de melhor e não de pior”

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O senador Jorge Viana (PT) esteve na manhã desta sexta, 19, conversando com o jornalista Washington Aquino, ao vivo, na TV Cinco. Aproveitou para fazer uma avaliação do momento econômico e político que o Brasil e o Acre atravessam. Comentou sobre o julgamento do ex-presidente Lula (PT), que acontece no próximo dia 24 e as suas consequências políticas. Também revelou a sua visão sobre a sucessão ao Governo do Estado e a disputa entre os oito candidatos ao Senado. Jorge Viana apresentou ainda as suas sugestões para o Acre se livrar dos problemas das cheias do Rio Madeira que causam prejuízos sociais e econômicos à toda a população. Acompanhe os principais tópicos da entrevista.


Caso Lula

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“Se o país seguir nessa marcha da insensatez vai acabar todo mundo brigando com todo mundo. Estamos vivendo um momento horrível no Brasil na cúpula do poder e quem está pagando a conta é o pessoal de baixo. Tem gente vendendo e não tem para quem vender, empresários perdendo dinheiro, pessoas querendo trabalhar e não tem emprego. Tudo isso é um reflexo da nossa crise política e econômica. Tenho saudades de 10 anos atrás quando o Brasil estava crescendo, prosperando e todo mundo trabalhando. Lamento que nesse processo a grande vítima seja o presidente Lula. Até o ministro do STF Gilmar Mendes está indagando: “Você vão condenar o presidente Lula sem ter provas?” Como é que ele pode ser dono de um apartamento que uma juíza já falou que é da OAS? O Lula é o único líder político brasileiro que tem representatividade no Brasil e no exterior. Por que o Nordeste adora o Lula? Anteriormente o Governo Federal nunca tinha dado a atenção devida aos nordestinos. Sei que tem aquela tese de que o bocado comido é o bocado esquecido. Mas nós nunca tivemos um outro presidente que trabalhou tanto. Temos que seguir acreditando na Justiça, no Ministério Público e na Polícia Federal porque é importante. Mas setores da Justiça parecem que estão a serviço de fazer uma manipulação política. Veja o que deu depois do impeachment da presidente Dilma (PT). O Governo Temer (PMDB) é um desastre com 95% de rejeição popular. Ele colocou os preços do gás de cozinha, dos combustíveis e da energia lá no topo e entrou dizendo que iria resolver os problemas do Brasil. A inflação é baixa para os ricos porque para a população mais pobre está faltando dinheiro e emprego. Eu tenho sofrido no Senado porque avisei aos outros que depois teriam vergonha do que estavam fazendo. Não sei como tem alguns políticos do Acre que apoiam cegamente o Governo Temer e ainda têm coragem de andar por aí dizendo que estão defendendo as pessoas.  Não se pode apoiar propostas que tiram os direitos das pessoas. O Brasil talvez só venha a ser pacificado depois das eleições deste ano.


Produção no Senado


“Como senador ao invés de ficar jogando gasolina para apagar os incêndios tento encontrar soluções pacíficas trabalhando muito. Modéstia à parte tenho uma produção excelente e vou prestar conta à população do Acre. Eu fiz mais de sete mil intervenções no Senado porque me dedico muito. Participo de sete comissões e sou o senador que mais apresentou propostas de mudanças de lei e da Constituição e estou sempre fazendo discursos. Tudo isso para ver se conseguimos melhorar o país. Tanto é que o DIAP, que mede a atuação dos parlamentares brasileiros, por sete anos seguidos me elegeu como um dos cabeças do Congresso Nacional. Do Acre eu sou o único dessa lista.


Candidaturas do Acre ao Senado


“Com essa ruma de oito candidatos acho que vamos ter que pedir vagas na Bolívia e no Peru para ver se acomodam todos. Qualquer um que fica com raiva diz que quer ser candidato. O Senado é uma coisa muito séria e estou fazendo um trabalho para que os acreanos entendam que estou ajudando o Estado. Mas esse julgamento quem vai fazer são as pessoas na eleição. Eu vou batalhar pela chapa que formamos com o Marcus Alexandre (PT) ao Governo e eu e o Ney Amorim (PT) para o Senado. E a oposição ainda não se entendeu. Eles têm o candidato Gladson (PP) e o Ulysses (Patriotas) e estão numa briga para indicar os vices e as vagas ao Senado. Mas não sou especialista de oposição. Não consigo nem entender direito algumas coisas que o nosso lado faz, o que dirá ver o lado de lá. O governador Tião Viana (PT), com todos os problemas que enfrentou com as cheias dos rios, a crise econômica, o impeachment, ainda consegue pagar salários, mas não é todo mundo que consegue. Veja o caso de estados grandes como o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul, Goiás e o Rio Grande do Norte. Sinto que tenho a obrigação de ajudar o Acre e o Brasil com a minha experiência.


Alagação do Rio Madeira


“Estou aproveitando o meu recesso para ouvir as pessoas. Desde aquelas que têm uma pensão, a outra que faz um sanduiche, assim como os órgãos representativos do comércio e da indústria. Eu vou a tudo quanto é lugar. Quando a gente ouve as pessoas qualifica quais são os problemas prioritários que temos que levar à Brasília para poder ajudar. O Acre ser o lugar onde a passagem aérea é a mais cara do país, assim como o gás de cozinha, o diesel, a energia, é um absurdo. Só vou sossegar quando o Acre deixar de ser o lugar onde o Brasil acaba. Porque aqui é onde o nosso país começa.


“Agora, em relação ao Rio Madeira que pode isolar o Acre a solução é elevar o nível da estrada em pelo menos um metro onde ela alagou. A Usina de Girau vai financiar essa elevação. Só que demorou para elaborar o projeto e aprovar no DNIT. Mas o presidente da empresa que faz a administração de Girau me garantiu que o dinheiro está disponível, o projeto está pronto e vai sair. Temos que fazer uma reunião com todos os representantes do comércio e da indústria do Acre e com nossos parlamentares com a direção da Usina Girau e verificar se as comportas estão abertas. A população do Acre precisa que cada um de nós cumpramos o nosso papel.


Baixarias na campanha eleitoral


“Se no período de pré-campanha já está acontecendo muitas baixarias, imagina na campanha propriamente dita. E tem um agravante que são as redes sociais que dão ainda mais visibilidade a essas baixarias. Acho que a classe política nunca esteve tão desmoralizada como agora. Temos o Governo Federal pior avaliado da nossa história. O mesmo acontece com a Justiça e o Congresso Nacional que diz amém para um Governo desse tipo. A gente tem que dizer amém para o nosso Pai que está lá em cima e não para um Governo que está chafurdando na lama. A sociedade está exigindo de nós um comportamento honesto e ético nas eleições e é isso que eu vou fazer. Já participei de 17 campanhas e vou mudar a minha deste ano completamente, conversando com as pessoas, ouvindo, sem custos e sem baixarias. Quem quiser me agredir e vir com chantagem a única coisa que vou fazer é recorrer à Justiça quando for atingido na minha honra. Que cada um apresente a sua melhor proposta porque o Brasil está vivendo uma crise profunda e o Acre também tem os seus problemas. Sou contra as baixarias ao candidato de oposição, o Gladson. A mesma coisa vale para o Marcus que está aí trabalhando, uma pessoa honesta. Vamos mostrar as suas propostas. Assim tem que ser também para o Senado, deputado federal e estadual. Só tem brigas quando dois querem, quando um não quer dois não brigam e eu vou por esse caminho. Precisamos oferecer aos eleitores o que temos de melhor e não o de pior.


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