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Alan Rick joga nos bastidores de Brasília para ser o vice de Gladson Cameli

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Na hora do aperto ter um mandato ajuda muito. O deputado federal Alan Rick (DEM) não perdeu tempo para aproveitar a oportunidade que se apresentou de ser vice de Gladson Cameli (PP) na disputa ao Governo do Acre. Enquanto Bocalom (DEM) contrapunha o apoio dado pelo PMDB para que o DEM voltasse à chapa majoritária, o parlamentar correu para os colos de quem tem poder de decisão. Assim conversou o senador Agripino (DEM) presidente nacional do DEM, em Brasília, que já estava adoçado pelo próprio colega do Senado Gladson Cameli para ter o apoio do partido à sua candidatura. Xeque mate. Um deputado federal representa fundo partidário e dificilmente Agripino deixaria de também atender a um apelo de um outro senador aliado. Na realidade, pelo que eu entendi dessa história, Alan tomou o partido pra si. E sei que tem o apoio do deputado estadual Antônio Pedro (DEM) que também quer marchar com o Gladson. Resta saber qual será a reação do Bocalom. Se vai aceitar o jogo e ser um candidato a deputado federal e aplaudir a decisão da Nacional ou se vai se rebelar. Nesse caso, teria que migrar para outro partido porque não vejo como ir contra uma ordem do presidente do DEM.


A versão de Alan
Na conversa que tive com Alan Rick depois da sua reunião com Agripino ficou claro que o DEM se alinhar com Gladson será um fato. Ele comunicou tudo que está acontecendo no Acre internamente: as opções políticas para o DEM disputar as eleições de 2018 no Estado com o Coronel Ulysses ou com o Gladson tendo um vice do partido. A escolha foi óbvia.

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Bola nas costas
Alan garantiu que não fez toda essa manobra para passar por cima de Bocalom. Mas conseguiu influenciar a direção nacional para o lado que lhe é mais conveniente. Ser vice numa candidatura forte é melhor que se aventurar na
tentativa de uma reeleição difícil.


Pedido
O deputado federal do DEM também me contou que foi procurado por dirigentes partidários pedindo para ser o vice. E que o próprio Gladson lhe fez o convite pessoalmente. Sendo assim deve comandar o DEM na direção da unidade das oposições.


Perigo na esquina
Agora, resta ao senador Gladson endossar toda essa articulação e manter a palavra, se é que realmente foi empenhada, de que quer Alan como seu vice. Porque essa é uma escolha pessoal. Mas se isso não acontecer se preparem para muito mais confusões na oposição.


Estranho
Pelo que entendo dos principais aliados do Gladson, o Alan não seria o perfil ideal para vice. Queriam alguém mais velho e experiente com origem em gestão e administração. Gladson e Alan têm praticamente a mesma idade e são muito parecidos no jeito de fazer política. Portanto, a antítese do que pretendiam os caciques.


Virada de mesa
Se isso acontecer restará ao PSDB manter a candidatura ao Senado de Mara Rcoha (PSDB) de maneira independente. Ou seja, não entrarão oficialmente na coligação de oposição. Podem apoiar o Gladson informalmente, mas não oficialmente. O deputado federal Major Rocha (PSDB) terá que se virar para montar uma chapa forte de federal e se reeleger. O jogo é pesado.


Velha raposa
A experiência na política conta muito. Subestimar o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) é um erro. Eu mesmo não entendi ele anunciar um nome de vice de um partido que estava num outro projeto. Mas Flaviano tinha a carta na manga dessa mudança no plano nacional do DEM. Um dia depois a história se revelou.


Sequelas e desgastes
Resta saber se tudo isso não irá trazer mais confusão na oposição. Se o jogo que virou com o vento não afaste o PSDB para um outro projeto. Rocha ficou numa sinuca de bico.Se voltar atrás pode perder credibilidade com os seus eleitores. Se seguir em frente tem que arrumar os recursos para campanhas de estadual, federal e Senado. Além de ter que se virar para ter nomes fortes ao seu lado para se reeleger. O que eu sei é que o jogo da turma antiga da política é pesado. Flaviano e Márcio Bittar (PMDB) agiram contando com a ajuda do Alan Rick para criar obstáculos à candidatura de Mara Rocha (PSDB) ao Senado. Não demoraram para reagir. Agora, o que me estranha é que ainda não vi nenhuma declaração do Gladson e nem do presidente do PP José Bestene sobre o assunto. Porque a decisão final de tudo isso virá deles.


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