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Candidatura de Mara Rocha pode virar uma dor de cabeça para Gladson

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Conversei com um advogado especializado em legislação eleitoral. Ele me disse que da maneira que está a chapa majoritária do senador Gladson Cameli (PP) para disputar o Governo não poderá ter três candidatos ao Senado. Isso se realmente forem confirmadas as informações de que o vice escolhido será o médico e empresário Eduardo Veloso (PSDB). Nesse caso, segundo o que jurista me disse, o PSDB terá uma coligação formal com o PP e para lançar o nome da jornalista Mara Rocha (PSDB) ao Senado teria que ser “rifada” a candidatura de Márcio Bittar (PMDB) ou a de Petecão (PSD). A alternativa seria uma outra indicação de vice ou mesmo o Veloso trocar de partido. Assim o PSDB poderia fazer um apoio informal e não oficial ao candidato Gladson Cameli. Ou seja, pode pedir votos nos palanques, mas não cederá seu tempo de televisão à coligação e nem poderá constar o nome do candidato ao Governo do PP nos seus materiais impressos. Resumindo Mara Rocha seria uma candidatura majoritária independente dos tucanos. É um complicador para a “famigerada” união das oposições. Gladson teria que optar entre o PSDB ou o PMDB para uma das vagas ao Senado. Manter todos no jogo e ter três candidatos ao Senado com um vice do PSDB é impossível. Portanto, as definições da chapa majoritária do maior grupo de oposição do Acre está longe de ser definido.


Toma que o filho é seu
O deputado federal Major Rocha (PSDB) me disse que o Eduardo Veloso não é uma escolha do seu partido. Mas uma decisão pessoal do Gladson. Portanto, se sente à vontade para manter o nome da irmã, Mara Rocha, na disputa do Senado.

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Por debaixo do pano
Rocha só foi informado da filiação do médico nas fileiras tucanas depois do fato confirmado. Ele também me disse que não negociou a vice para o Eduardo Veloso com o Gladson. Nem mesmo conversou sobre o assunto. O que dá pra sentir é que Rocha não “morre de amores” pelo médico-empresário.


O pomo da discórdia
Acho que o PMDB escolheu errado seu super-herói. Márcio Bittar como candidato ao Senado desagrada muita gente na oposição. Cria mais problemas do que soluções. No grupo do Petecão vários militantes não engolem o indicado pelo PMDB. Pior ainda é o quadro entre os tucanos comandados pelo Rocha, um desafeto declarado de Bittar.


Minando aos poucos
Na minha opinião, essa candidatura de Mara Rocha ao Senado tem como um dos seus objetivos enfraquecer o Bittar. O próprio presidente do PSDB acreano não esconde que a dobradinha dos seus sonhos para o Senado é Mara e Petecão.


Muito água pra rolar
Perguntei ao Rocha como iria viabilizar juridicamente essa situação de indicar Mara e ainda ter o vice Eduardo Veloso. Ele me disse que muita coisa ainda está para acontecer. Mas tem consciência do impeditivo. O jogo dentro da oposição deverá recrudescer nos próximos dias até se chegar a um consenso.


Até tu Brutus?
Uma outra fonte me confidenciou que no PP a candidatura da Mara Rocha é vista com simpatia. A presidente do PP Mulher do Acre participou do ato de pré- lançamento da candidatura tucana de Mara Rocha. Muita gente ali também não morre de amores pelo Bittar.


Por cima da pauzada
Por outro lado, Bittar atualmente comanda três partidos. No PMDB tem o apoio incondicional do deputado federal Flaviano Melo (PMDB) e do ex-prefeito Vagner Sales (PMDB). Além disso, tem o Solidariedade e o PTB da publicitária Charlene Carvalho a seu serviço. Não será simples tirá-lo do jogo nessa altura.


Perigo na esquina
Como acompanho os bastidores da política acreana há muito tempo uma coisa posso afirmar: é preferível o Rocha reclamando e brigando do que silencioso. Ele deixou quieto indicarem o Veloso de vice, pareceu aceitar a retirada sua própria candidatura ao Senado e a indicação do desafeto Bittar. Viu alguns filiados tucanos se bandearem pro lado dos partidos do “adversário” e, de repente, saiu com essa carta na manga da Mara Rocha ao Senado. Ainda virá muito confusão por aí, aguardem…


Lastro popular
Mara Rocha é conhecida em todo o Estado. Foi vitimizada na sua saída da televisão em que trabalhava. Seria a única candidata majoritária mulher nas eleições de 2018. É simpática e tem um histórico de vida irretocável. Portanto, é uma candidata forte, isso é inegável. A repercussão do seu nome nas redes sociais foi positiva.


O outro lado da moeda
Agora, depois de todo esse barulho se o PSDB retirar a candidatura da Mara Rocha quem mais tem a perder é o próprio Rocha. Vai ficar parecendo um jogo e não sei como eleitorado vai entender. O único caminho é seguir em frente e mostrar a força de um dos maiores partidos do Brasil que certamente terá um candidato competitivo à presidência da República.


Arestas
Uma questão a ser resolvida pelos tucanos, no caso de querer seguir uma carreira solo, é uma chapa forte para deputado federal. Essa construção é absolutamente fundamental. Se escolher a via independente estará fora automaticamente do chapão da oposição.


Parece fácil, só que não
Todos os nomes da oposição e da FPA foram colocados no tabuleiro eleitoral com muita antecedência. Mas não faltam boatos de candidaturas que podem sofrer abalos jurídicos. Portanto, as coisas não estão definidas como pareciam. Sempre tenho escrito que essa precipitação no Acre com candidaturas é prejudicial às coligações e ao eleitorado. Parece que os nomes se sobrepõe aos projetos de gestões. No momento, o projeto mais forte da oposição é tirar o PT do poder e o do PT é se manter no poder. Acho muito pouco para um Estado que está precisando passar por mudanças estruturais fundamentais para poder crescer economicamente e gerar mais oportunidades aos seus moradores.


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