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Taumaturgo Lima em busca de um partido para ser candidato a federal

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O ex-deputado federal Taumaturgo Lima, atual superintendente do Ministério do Trabalho (MT) no Acre, resolveu mudar radicalmente a sua trajetória política. Deixou o PT pelo qual foi eleito duas vezes deputado estadual e uma federal para buscar um novo rumo. Pela conversa que tive com Taumaturgo na casa da sua mãe, Dona Rocilda, em Mâncio Lima, a tendência é se filiar a um partido de oposição e tentar novamente uma vaga na Câmara, em Brasília. Apesar de deixar dúvidas e ainda ventilar a possibilidade de ir para um partido da FPA, na real, Taumaturgo transparece estar alinhado com o senador Gladson Cameli (PP). Além de serem amigos pessoais, Gladson bancou a sua indicação no MT mesmo ainda estando filiado ao PT. Vale uma lembrança importante: a família de Taumaturgo tem os primos Jonas Lima (PT) deputado estadual e Isaac Lima (PT) prefeito de Mâncio Lima, sem falar no seu irmão o economista Mâncio Cordeiro (PT) uma das figuras mais emblemáticas no auge do PT do Acre. Portanto, ele faz parte de um grupo político que está bem vivo e ativo no momento no Estado.


Acompanhe a entrevista.

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AC24horas – Taumaturgo já foi anunciada a sua desfiliação do PT. E agora quais são os seus planos daqui pra frente?


Taumaturgo Lima – Na verdade estou saindo do PT porque já não estava militando. Estou no MT e vou fazer o melhor trabalho. Na questão política estou aguardando porque tenho convites tanto da oposição quanto da FPA. E não descarto a possibilidade, que se tiver uma situação propícia, ser candidato a deputado federal. Para estadual tem o Jonas Lima que já fez dois bons mandatos. Se ele estiver numa boa coligação dever ser reeleito, mas se for numa daquelas que só cuida de uma parte terá dificuldades.


AC24horas – Então como é que fica essa questão política familiar? O Jonas e o Isaac são seus primos e vocês sempre formaram um grupo político. Como seria você na oposição e o Jonas candidato na FPA?


TL – O Jonas é um parceiro de longas datas que sempre me ajudou em todas as campanhas. Eu gostaria que o Jonas me acompanhasse se decidirmos que vou ser candidato a federal por uma outra sigla. Mas isso é uma decisão dele e vou respeitar.


AC24horas – Mas aí tem o Isaac também do PT e prefeito.


TL – Eu gostaria que os dois me acompanhassem assim como outros companheiros do PT que a gente tem uma relação boa. Mas cada um terá a sua decisão. Não vou constranger ninguém. Os que me acompanharem eu vou receber com muita alegria.


AC24horas – No caso de você ir para um partido de oposição? Como seria a dobradinha com o Jonas ainda no PT? Mesmo assim você ainda o apoiaria para estadual?


TL – Se eu for para um partido de oposição vou por inteiro e não pela metade. Sempre fui leal às campanhas que fiz. Mas vou respeitar todo mundo. Acho que a política você trabalha com lealdade e disso não abro mão.


AC24horas – Como você iria para um partido da FPA se pela lógica deverá apoiar o Gladson Cameli para o Governo?


TL – Não tenho nenhuma decisão tomada de apoiar oGladson. Mesmo porque ele nunca me exigiu isso. Mas não descarto essa possibilidade. Tudo que tem são especulações do PT que fica criando situações constrangedoras pra mim. O Gladson nunca me disse que eu tenho que votar nele. O próprio PT é que vem me constrangendo na medida que coloca uma nota na imprensa quando fui indicado superintendente do MT. E isso não é de agora. Mas não descarto a possibilidade de apoiar o Gladson.


AC24horas – Você considera que esse cargo que ocupa no MT teve a influência política do Gladson?


TL – Quem me nomeou lá foi a força política do senador Gladson Cameli. Isso aí eu não nego e nem vou negar. Ele me nomeou como gestor e pela nossa relação de confiança e lealdade. Mesmo quando a gente era adversários de partidos na Câmara nós sempre nos respeitamos. Inclusive, teve situações na oposição questionando o fato dele me nomear. E a oposição não estava errada. Como nomear o Taumaturgo que era um deputado federal do PT? Mas ele fez.


AC24horas – A sua relação familiar e política é complexa. Além de você ter dois primos com mandatos tem uma outra figura muito simbólica no PT que é o seu irmão Mâncio Cordeiro. Ele já ocupou cargos importantes nos Governos do PT e foi até Superintendente do Banco da Amazônia no Governo do Lula (PT). Como o Mâncio está vendo a sua decisão? Ele vai te acompanhar?

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TL – Essa situação é muito delicada. O Mâncio tem uma relação familiar e pessoal com o senador Jorge Viana (PT). Por outro lado, meus primos Jonas, Isaac e o empresário Felipe Lima têm uma relação antiga, que ninguém pode negar, com os Camelis. O Felipe tem uma relação de amizade e parceria empresarial com o Eládio, pai do Gladson. Eu vou respeitar os dois lados. O Mâncio vai decidir sobre essa situação e ele não tem obrigação nenhuma de me acompanhar. Já conversei com o Mâncio e ele sabe que não estou saindo do PT por causa do Jorge e do Tião Viana (PT). Tenho uma boa relação com eles. Mas não dá mais para eu ocupar espaço no PT. Se a gente está numa sigla tem que participar das decisões. O que o PT faz hoje é administrar através de notas venenosas no jornais. Dizendo que fulano é isso ou aquilo. Esse negócio não funciona. Começaram com essa política de querer sacanear colegas aliados, seja do PT ou da FPA.


AC24horas – Mas o Mâncio Cordeiro apoiou a sua decisão de deixar o PT?


TL – Ele apoiou porque expliquei os motivos. Agora, ele não falou pra mim se iria me acompanhar ou não. Mesmo porque não perguntei isso pra ele.


AC24horas – Quais os partidos da oposição e da FPA que você está em conversação?


TL – Eu pediria que você me reservasse o direito de não falar. Porque ainda está em discussão. Mas tem dois partidos que estou com a negociação bem avançada. Um pela FPA e outro da oposição.


AC24horas – Mas como você iria pra um partido da FPA e deixaria de apoiar o Gladson depois de tudo que você me falou?


TL – É uma situação complicada. Por isso vou ter muita cautela para tomar a minha decisão. Mas acredito que a política é o melhor instrumento de transformação que a gente ainda tem para superar esse momento difícil do país.


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