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“Operação Buracos” sacode a sucessão estadual

Não se discute outra coisa no campo político que, não seja o depoimento coercitivo prestado pelo prefeito Marcus Alexandre, na manhã de ontem na sede da Polícia Federal, principalmente, pelo fato dele ser o candidato do PT ao governo. Vamos situar a notícia sem os exageros quer dos seus apoiadores petistas e quer dos adversários políticos. A operação da PF foi para cumprir um roteiro penal. Não se tratou de “perseguição política”, como alguns tentaram vender a imagem. E nem foi espetaculosa. Os agentes chegaram sem aparatos na casa do prefeito, pediram o que era para pedir que pudesse redundar em provas, não saíram revirando a casa e o Marcus foi até a sede da PF no seu próprio carro. Cerrem as cortinas dos comentários passionais do que se tratou de “perseguição, por ser o candidato do PT. É um cidadão como qualquer um e sujeito às leis. O mal do petismo é pensar que a lei só vale para o adversário. Outro ponto é que o prefeito Marcus Alexandre está sendo apenas acusado. E não mais do que isso, não há condenação antes do julgamento, como alguns ousam lhe sentenciar. Não pode ser tido como réu, porque não houve ainda a Denúncia do MPF e, tampouco, o Juiz Federal do caso não recebeu a peça. Se conhece as acusações, todas graves, mas não se conhece as provas, porque o caso corre em segredo de justiça. E contra todas as acusações o prefeito terá amplo direito de defesa. E até que se chegue à sentença, deve se aplicar a norma constitucional da sua “presunção de inocência”. É assim no Estado de Direito. Se no curso do processo for condenado em última instância, que se aplique a legislação e o condene. Fora deste contexto qualquer comentário descamba para a paixão partidária. E disso passo longe.


CASO JURÍDICO
O caso é estritamente jurídico, não se resolve com manifestações, com condenações antecipadas, mas na esfera judicial. Que siga normalmente o curso das investigações.


PELO FATO DE SER CANDIDATO AO GOVERNO
O nome do Marcus Alexandre teve mais destaque por ser candidato ao governo, mas as investigações e acusações envolvem mais diretamente o deputado federal Sibá Machado (PT), o ex-deputado Nilson Mourão, ex-diretores do DERACRE e sindicalistas, segundo o delator. Mas todos ainda somente acusados, sem culpa formada. Registre-se: não são réus em nada.


JUSTIÇA RESOLVE
Este é um assunto para a justiça e só para a justiça definir quem é culpado ou é inocente.


EXPLORAÇÃO NATURAL
Indo para o campo político, nada mais natural que a oposição se manifeste e passe a usar o caso como bandeira política. A recíproca seria verdadeira se o caso envolvesse não um petista, mas um adversário. E quem entra na política está sempre sujeito a ouvir o que não quer.


SEGUE NORMAL
Fui me informar ontem junto às altas esferas petistas sobre o impacto do episódio na candidatura ao governo do Marcus Alexandre. Fui informado que nenhuma mudança vai acontecer. E nem teria como, porque este é um processo que apenas está se iniciando.


A GRANDE INTERROGAÇÃO
Ontem, na cidade a grande interrogação era a quem pertenciam as duas contas que movimentaram 10 milhões de reais, segundo dados colhidos pela Receita Federal é o dinheiro apreendido na “Operação Buracos”.


XEQUE-MATE
Fui fazer ontem uma checagem junto a dirigentes de partidos nanicos sobre a questão de vice e a constatação é que estão todos afinados com a candidatura do secretário Emylson Farias (PDT). Volto a colocar que a indicação de outro nome só acontecerá se o Tião Viana quiser.


BARATO CORTADO
A tese defendida pelo DEM de antecipar para este ano o anúncio do nome que será o vice do candidato ao governo Gladson Cameli (PP), murchou de vez. Na última reunião com a cúpula pensante da campanha ficou reafirmado que a questão fica mesmo para o próximo ano.


TRÊS CHAPAS
O senador Sérgio Petecão (PSD) me confirmou ontem que seu partido tem coligação formada para a disputa de deputado federal: PSD-PMN-PR-PSDB. Não entra no “chapão” da oposição. O presidente do DEM, Tião Bocalom, diz que sairá de chapa própria. O PMDB terá que formar outra coligação com PP. Ou seja: fica cada dia mais difícil ter uma única chapa para Federal .


ERRO PRIMÁRIO
Não sei de quem foi a estratégia, mas o DEM cometeu um erro primário: querer fazer o vice na marra. Vice é questão de composição e, principalmente, de simpatia do candidato ao governo.


FATOS MAIS IMPORTANTES
Nada é mais importante, na visão das cabeças mais lúcidas da oposição, do que se chegar a uma unidade para disputar vagas na Câmara Federal e no Senado. Sem estes dois pontos afinados, a campanha do candidato ao governo poderá ser seriamente afetada.


CARA DO PT
O deputado federal Léo de Brito (PT) sempre esteve presente nas discussões nacionais na Câmara Federal, na defesa do seu partido, não foi um estranho no parlamento. E isso o credencia a ser apresentar para a reeleição no eleitorado petista, com uma bandeira de luta.


É NÃO CONHECER
É não conhecer na essência o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) e o ex-prefeito Vagner Sales (PMDB) para imaginar uma aliança com o PT. Seria o fim de ambos no jogo da política.


MUITO SUPERFICIAL
Muito superficial a entrevista do ex-superintendente do INCRA, Eduardo Ribeiro, no “Bar do Vaz”, ainda que, provocado a falar sobre a real causa de sua saída do órgão. Poderia ter dito claramente que saiu porque não quis transformar o INCRA num curral eleitoral do partido.


CONSEGUIU SE ENTURMAR
A candidata a deputada estadual Charlene Lima (PTB) conseguiu se enturmar cedo nos caminhos tortuosos da política. Montou uma boa base em Sena Madureira, de onde deverá sair com uma boa votação. Tem procurado manter alianças nos grotões, onde estão os votos.


FORTALECE A CHAPA
A entrada do deputado Lourival Marques (PT) na chapa para a Câmara Federal fortalece a legenda partidária. Se ganha é lá com os eleitores, mas é um nome altamente competitivo.


PODE DAR JOGO
O PSB não tem esta chapa completa que alardeia para a ALEAC, o que o deixa suscetível a procurar outro partido para se coligar. O PCdoB tem dito que pode discutir o caso, mas desde que o PSB traga para a aliança ao menos dez nomes que apresentem densidade eleitoral, fora o deputado Manoel Moraes (PSB). Seria o casamento da fome com a vontade de comer.


SOLIDARIEDADE NORMAL
Nada de anormal a solidariedade que funcionários comissionados e políticos da FPA prestaram ontem ao prefeito Marcus Alexandre. São do mesmo partido e comungam dos mesmos ideais.


DEBATE CERTO
O tema do dia hoje nos debates da Assembléia Legislativa deverá ser centrado nos acontecimentos de ontem envolvendo políticos do PT. A oposição não deixará barato. E o parlamento é onde devem ser discutidas as grandes polêmicas sobre todos os fatos.


APROVEITANDO A MAMATA
Os partidos nanicos vão aproveitando a mamata de ainda ser permitido se fazer coligações proporcionais, porque a partir de 2020 não será mais possível. E com a Cláusula de Barreira, mais da metade dos nanicos deverá desaparecer na eleição de 2018.


DELÍRIOS NANICOS
Sonhar e delirar não custam nada. É o caso da aliança do PV-PRP-PTC-PSDC-PSOL imaginar que pode fazer cinco deputados estaduais. Propaganda enganosa! Não resiste uma matemática elementar. Por baixo teriam que ter cerca de 80 mil votos. Com os nomes relacionados, nem que a vaca tussa! Na política não se pode raciocinar no emocional, mas no racional.


DUAS MÁQUINAS
O PT conseguiu fazer cinco deputados estaduais na última eleição, porque tinha duas máquinas trabalhando para os seus candidatos: os governos, estadual e municipal. E com uma estrutura financeira invejável. Nem o PT repetirá os cinco deputados eleitos do último pleito.


DEBATE POLÍTICO
A eleição começou ontem. Muito embora seja um caso penal, a conotação a ser dada não deixará de ser política, sobre a acusação do MPF de desvios de recursos públicos, com a suposta participação do candidato ao governo, Marcus Alexandre, e outras figuras petistas. Como a discussão é política, os adversários não vão querer saber se é apenas um início de processo e vão explorar como já estão explorando o episódio. E á medida que o processo avançar vai virar bandeira de campanha dos oposicionistas. Mas nada do outro mundo, política é debate, é contestação, e quanto mais esquentar melhor. A campanha de 2018 não será só disputada, mais também virulenta. Quem não quiser exposição, não entre na política. O pau que bate no Chico, também bate no Chicó.


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