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Líderes de oposição brigam pelo chapéu e esquecem de lutar pelo guarda-chuva

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Respondam sem pestanejar, meus três leitores, o que protege mais de uma chuva, um chapéu ou um guarda-chuva? Claro, não precisa ser nenhum gênio para responder o questionamento, mas recorrendo aos meus conhecimentos em hermenêutica, eu diria que os líderes de oposição estão cometendo um equivoco quando brigam pelo chapéu e esquecem de lutar pelo guarda-chuva. Explico minha constatação: nós últimos dias os partidos do bloco de oposição travam um debate sobre as alianças e candidaturas que disputarão as oito cadeiras de deputado federal pelo Acre. Tem partido querendo sair com chapa própria, tem partido que não aceita político com mandato e ainda tem a briga de partidos que não aceitam coligar de forma nenhuma com os grandes partidos oposicionistas que ocupam mandatos na Câmara dos Deputados.

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Será que é mais fácil acomodar a militância e os apoiadores oposicionistas na estrutura de um gabinete em Brasília ou na gigantesca máquina de cargos comissionados do governo do Acre? Bom, deixa eu explicar melhor, o mandato de deputado federal é o chapéu, o cargo de chefe do executivo é o guarda-chuva. Entenderam a comparação? Continuando nosso bate-papo, os líderes de oposição estão brigando pelos cargos proporcionais e estão esquecendo o majoritário que resolveria todos os problemas do bloco que teria dificuldade para preencher os milhares de cargos criados pelos governos do PT. A questão matemática da formatação para disputa da Câmara Federal é muito simples. Ao invés de criarem apenas um chapão com 16 candidatos, eles deveriam dividir os 14 partidos em duas chapas que totalizaria 32 candidatos.


Nessa configuração a oposição poderia tentar eleger cinco dos oito deputados federais, além de ter mais pessoas pedindo votos para o candidato ao governo. Alguns vão dizer que não querem amagar uma derrota enfrentando os candidatos com mandato. Numa guerra, sacrifícios são necessários. Quem é militante e sonha com seu partido de volta ao poder tem que contribuir e tentar um espaço debaixo do guarda-chuva do executivo. Daí você perguntam: onde sua teoria se sustenta? Na última eleição municipal. Em Rio Branco, o prefeito Marcus Viana (PT) teve 238 candidatos a vereador pedindo votos contra 54 da candidata derrotada, a deputada Eliane Sinhasique (PMDB). Em Cruzeiro do Sul, Vagner Sales recrutou 140 candidatos para Ilderlei Cordeiro (PMDB) enquanto Carla Brito (PSB) tinha apenas 38.


Falando ainda da contenda proporcional, já que as regras não foram alteradas, caso a oposição chegue ao governo deve pensar em forma uma base de sustentação forte na Assembleia Legislativa. Governar sem o apoio do parlamento é uma tarefa quase impossível. Portanto, mais uma vez cabe a coerência no momento de formatação das coligações. Acredito que os partidos oposicionistas deveriam ser divididos em quatro chapas, o que garantiria mais soldados na rua, reforçando o esforço dos candidatos a deputado federal. Novamente meus três leitores me perguntam; Ray, você virou articulista político? Não, não virei, mas enxergo a política com uma visão macro. Acredito que é preciso unir para conquistar para depois brigar para dividir os frutos da conquista, ou seja, usar o chapéu, mas pensar na proteção debaixo do guarda-chuva.


O DNA diferente


A guerra da contrainformação tem aquecido os bastidores políticos nos últimos dias. Até mesmo uma suposta conversa entre PMDB e PT para colocar a deputada federal Jéssica Sales (PMDB) como vice de Marcus Viana (PT) foi ventilada, mas o presidente regional do PMDB, o deputado federal Flaviano Melo, tratou de rechaçar qualquer tipo de dúvida da postura peemedebista em relação ao PT do Acre. “Isso não passa de ilação. O PMDB sempre foi e sempre será oposição ao PT no Estado. O PMDB nunca conversou, não conversa, nem vai conversar com o PT. O DNA do PMDB é completamente do DNA do PT”, disse Flaviano. Pelas palavras do líder do glorioso, não há a menor possibilidade de os caciques peemedebista e cardeais petistas professarem a mesma fé e dividirem o mesmo púlpito. Definitivamente, os santos não batem.


Bolsa de apostas na PM


O blog do Ray recebeu um e-mail de um policial militar dando conta de uma bolsa de apostas que foi criada na Polícia Militar. Segundo ele, os militares estão apostando alto que o atual comandante da corporação vai sair do cargo sem conseguir comprar um fardamento para a tropa. O blog não vai citar o nome do militar para evitar represálias. Segundo ele, enquanto a Polícia Civil, “apesar de não precisar de fardamento”, realizou três compras nos últimos três anos, o comandante da PM não conseguiu emplacar sequer uma. O militar comenta que, mesmo dividida, a bolada que foi arrecadada com as apostas até o momento daria para bancar uma festa de Natal completa aos sortudos que acertarem se o comandante vai conseguir ou não realizar a compra de um fardamento até o final de 2018, quando sai do cargo. Façam suas apostas.


A novidade que acontece há anos



O tráfico de drogas é um fato novo? Agora que descobriram que as fronteiras estão desguarnecidas? Nada disse é novidade, mas parece que algumas autoridades do Acre encaram isso como uma novidade que aconteceu apenas após o “golpista” Michel Temer (PMDB) assumir a Presidência da República. Vejamos, o PT passou 13 anos mandando e desmandando no país, mas nunca resolveu os problemas da falta de vigilância nas fronteiras, talvez porque alguns vizinhos eram administrados por políticos de esquerda, mas o fato é que as administrações petistas sempre renderam homenagens a Evo Morales, presidente da Bolívia, um dos países maiores produtores de drogas da América do Sul. Se PT não resolveu essa questão diplomaticamente com seus aliados nos últimos anos, será que temer consegue com pouco mais de um ano de mandato?


Manifestação pífia

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Os militantes de esquerda se encheram de coragem após o presidente Michel Temer (PMDB) cancelar sua vinda ao 1º Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança e Controle das Fronteiras – Narcotráfico, uma Emergência Nacional, realizado no Acre. Aproximadamente 16 manifestantes fecharam a Via Verde e gritaram “fora Temer”. Segundo o ex-deputado Luiz Calixto, no balanço realizado pelos organizadores do protesto (que ocupam cargo comissionados na administração petista do Acre), participaram do evento 3.590 pessoas. Segundo a Polícia Militar, 17 contando com os policiais que davam segurança no local, mas uma foto dos corajosos manifestantes da esquerda revela que apenas 16 estavam presentes e ainda usaram uma faixa para fechar a largura total da rodovia.


Não liga para essa indelicadeza, Sebastião!



O governador Sebastião Viana (PT) ficou chateado com o bolo que levou de duas autoridades. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge nem imaginam o que perderam em não participar do Encontro dos Governadores do Brasil. Muito ocupadas, talvez elas não tenham conhecimento que o Acre é a a capital mundial da economia sustentável, modelo para os EUA, Alemanha, China, França, Peru, Itália, Israel, Bolívia, Vietnã, Coreia do Sul, Cuba, Rússia, Colômbia e Marte, além de referência para União Europeia. “Talvez, se o Acre fosse Toronto, Paris ou na Alemanha, estivessem aqui”, disse nosso líder maior, o governador dos governadores, mas ele deve ter esquecido que somos modelo para Alemanha. Não liga para essa indelicadeza, Sebastião!


 


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