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FIEAC sedia encontro sobre tema atual de segurança pública e na fronteira do Acre

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Segurança pública é o principal tema em debate no Acre. E o assunto ganhou mais evidência ainda em virtude do grandioso evento nacional que o Estado sediará nos dias 26 e 27 deste mês – o 16º Fórum de Governadores da Amazônia Legal e o Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança e Controle das Fronteiras.


Atentos e preocupados com essas pautas, um grupo de instituições, juntamente com a FIEAC, organizou, na noite da última quinta-feira, 20, na sede da FIEAC, um encontro com representantes de diferentes instituições que integram a Segurança Pública no Estado. Além de membros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal, estiveram presentes o secretário da pasta no Acre, Emylson Farias, e o comandante-geral da Polícia Militar no Estado, coronel Júlio César.

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“É um prazer recebê-los na Casa da Indústria. Nossa intenção é tomarmos conhecimento das ações que estão sendo desenvolvidas no nosso Estado. Pretendemos, com esse encontro, ter um norte de como podemos ajudar a segurança do Acre com ações que garantam resultados satisfatórios”, declarou o presidente em exercício da FIEAC, José Luiz Assis Felício, na abertura do evento.


Em seguida, Cézar Henrique, inspetor e superintendente da PRF-AC, falou sobre a atuação da Polícia Rodoviária no Estado. Segundo ele, a instituição tem atuação mais incisiva em Rio Branco, Sena Madureira, Assis Brasil, Brasileia e no trecho Porto Velho/Boca do Acre.


“A PRF está muito restrita a essa área, pois não temos ainda a estrutura necessária que o Acre precisa. Foi instituída a Superintendência recentemente, mas está em fase de estruturação. A ideia é criarmos delegacias em Cruzeiro do Sul, Brasileia e uma em Rio Branco. Estamos buscando a estrutura necessária para que isso aconteça. Vamos precisar de pessoal, que é o nosso grande problema nas áreas de fronteira (a falta de efetivo)”, analisou.


Já Flávio Henrique Avelar, delegado da Polícia Federal e coordenador da Operação Sentinela no Acre, assinalou que a extensa malha hidrográfica e viária do Acre dificulta muito a fiscalização e facilita a entrada irregular de bens e serviços. “Não temos um efetivo muito grande, são cerca de 120 policiais para atender a toda a Polícia Federal. É impossível destacarmos todos esses agentes para os postos de fiscalização na fronteira sem desfalcar as delegacias. Creio que a solução passa por um acordo de cooperação com a PM, por exemplo, para reforçar a vigilância nas fronteiras”, pontuou Avelar.


Em sua explanação, o secretário de Segurança Pública do Estado, Emylson Farias, fez um diagnóstico do cenário nacional, da situação atual do Acre e perspectivas sobre a segurança pública. Na visão do gestor, “o país vive uma situação de violência endêmica e o escritório do crime hoje é o presídio”. Ele ressalta que o Acre, que atualmente tem aproximadamente 7 mil pessoas encarceradas, é o Estado que mais prende no Brasil, proporcionalmente. “Mas isso não resolve o problema”, diz.


Farias salientou, ainda, que nos últimos anos o Acre era o único Estado do Norte que vinha conseguindo reduzir índices de homicídio, mas houve uma mudança na geopolítica do crime causada por uma disputa por territórios que começou com a execução de um traficante no Paraguai, encomendada por organizações criminosas brasileiras.


“Com isso, aumentou a criminalidade em todos os Estados. E para fazer frente a essas organizações, uma das nossas ações foi pôr fim à comunicação nos presídios. Só seis Estados tiveram coragem de colocar bloqueador de sinais. Instalamos os bloqueadores de celular no Presídio Francisco d’Oliveira Conde, onde estão as ‘cabeças’ mais perigosas do crime”, frisou.


Diante do cenário extremamente preocupante, o secretário destacou a importância de o país colocar a segurança pública como prioridade. “Precisamos colocar esse tema no centro do debate. A vida tem que ser colocada em primeiro lugar nesse país. Por isso é extremamente relevante o encontro que teremos no dia 27 no Acre com a presença dos presidentes da República, do Senado, da Câmara, do STF, 26 governadores, embaixadores de vários países e autoridades da América do Sul”, ressaltou Farias.


Após as apresentações das autoridades da segurança pública, os presentes ao encontro fizeram sugestões e análises sobre tudo o que foi discutido. O evento foi organizado e mobilizado por diversas instituições, como FIEAC, Fecomércio, Federacre, Acisa, FAEAC, Sedens, Sescap, Crea-AC, CRC-AC, CRA-AC, IBGE, IDHA, Creci-AC, Ascontacre, Sinduscon, Sindmóveis, Sindusmad, Sincepav, Sindoac, Sincon, Sindmineral, Sinpal, Sindpan e Sindgraf.


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