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Reforma Política poderá beneficiar candidatos ricos como Gladson Cameli

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Aquele ditado “de quem pode mais chora menos” estará em alta nas eleições de 2018. Na realidade, não houve quase Reforma Política nenhuma. O presidente Temer (PMDB) sancionou um “arremedo” que não vai mudar os parâmetros das eleições no Brasil. Os deputados federais e senadores jogaram a favor de si mesmos. Alteraram algumas pequenas regras sem importância. Mas uma delas ajudará sobremaneira os candidatos majoritários com “bala na agulha” financeiramente falando. Eles poderão investir altos valores pessoais nas suas candidaturas dentro da lei. No caso da disputa pelo Governo do Acre, sem dúvida, o possível candidato a se beneficiar desse autofinanciamento de campanha será o senador Gladson Cameli (PP), certamente o mais rico entre todos que se apresentarão. Segundo o site da Revista Carta Capital: “Numa manobra, os senadores excluíram da proposta um dispositivo que limitava o autofinanciamento de campanhas. Na prática, candidatos milionários poderão financiar suas próprias campanhas, desequilibrando a disputa eleitoral.”


Equilíbrio 
Por outro lado, o provável candidato da FPA, Marcus Alexandre (PT), terá a seu favor a “máquina do Estado”. Mesmo se não tiver recursos pessoais diretos toda a estrutura com os cargos comissionados sempre ajuda na hora da escolha do eleitor.

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Disputa renhida
Não vejo favoritismo entre Gladson e Marcus. O resultado eleitoral de 2018 dependerá da campanha. Quem conseguir “vender” a sua mensagem melhor ao eleitor terá sucesso. Também a estrutura de apoios partidários sempre ajuda muito no processo. Quanto mais gente pedindo voto na ponta melhor.


Mensagem sútil
Agora, um fato importante que deverá ser debatido pela população é quem tem mais conhecimento sobre administração pública, Marcus ou Gladson? Porque governar um Estado não é brincadeira. Mesmo com boas equipes os gestores precisam ter conhecimento para não pegarem “bola nas costas”, ou seja, ficarem cegos em relação as possíveis “roubalheiras” de assessores.


Tempo de debate
Por isso, os debates televisivos serão importantes para os eleitores acreanos avaliarem quem é o melhor candidato para governar o Estado. Agora, se um dos candidatos não se dispuser a participar dos debates não sei como a população reagirá.


Faca de dois gumes
Uma participação desastrosa de um dos concorrentes prejudicará a sua candidatura, mas acho que fugir do debate será pior ainda. Porque os eleitores, de uma certa forma, se tornam torcedores durante os debates. Mesmo que o seu candidato não vá muito bem ainda assim mantém o voto. Mas é evidente que o bom desempenho de qualquer um deles terá influencia entre os indecisos.


Quem volta?
Outro dia um político importante me perguntou quem eu achava que se reelegeria entre os atuais deputados federais da bancada acreana. Não tenho bola de cristal e a política não é uma ciência precisa. Mas pela lógica das atuações vejo dois da oposição com grandes chances, Major Rocha (PSDB) e Jéssica Sales (PMDB). Do PT, acho que apenas um voltará, Léo de Brito (PT) ou Raimundo Angelim (PT). Mas isso é “achismo” e até a campanha muita coisa pode mudar.


Incógnita
O deputado federal Flaviano Melo (PMDB) já está no seu terceiro mandato e sempre conseguiu bastante recursos para as prefeituras, mesmo nos tempos dos Governos Federais do PT. Agora, vai depender de com quem o PMDB vai se aliar para fazer coligação na disputa proporcional e da lealdade dos prefeitos.


No plano estadual
Entre os deputados estaduais, com quem convivo mais de perto diariamente, acho que alguns nomes dificilmente deixarão de se reeleger. Na FPA, Manoel Moraes (PSB), Jonas Lima (PT), Jenilson Leite (PC do B) e Leila Galvão (PT). Na oposição, Luiz Gonzaga (PSDB). Sinhasique vai depender dos outros nomes que estarão na chapa do PMDB e com qual partido fará coligação. Gehlen Diniz (PP) da sua estrutura de campanha.


Dependendo dos ventos
Acho que a Dra. Juliana (PRB) e a Maria Antônia (PROS) também têm chances de voltar. Elas possuem grupos políticos “amarrados”. Nicolau Jr. (PP) poderá ir ou não conforme o “investimento” na sua campanha. Mas por ser cunhado do Gladson suas chances são grandes.


Além da tribuna
Com tantos anos cobrindo os trabalhos da ALEAC posso afirmar que não é o desempenho na tribuna que garante a reeleição de um deputado estadual. Claro que os pronunciamentos garantem a mídia que tornam o político mais conhecido e presente para a população. Mas existem “sutilezas” mais importantes.


Quem vem forte?
Surgirão novos candidatos a deputado federal. Resta saber se o eleitorado acreano irá querer a renovação. Porque um mandato de federal num Estado em que as prefeituras dependem sobremaneira de emendas para fechar as contas é “quase” majoritário.

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Velho em corpo de novo
É uma reflexão que deve ser feita. Não adianta um candidato seja a governador, senador, deputado federal ou estadual ser jovem, mas agir de maneira conservadora. A nossa sociedade está precisando de mudanças urgentes. Eu vejo alguns ainda bem jovens, mas pensando de maneira retrógada, cheios de preconceitos, sem pluralidade e com uma visão estreita da realidade. Pior ainda são aqueles que não têm conhecimentos suficientes para assumirem a missão de alavancar o Acre num rumo positivo. Reproduzem fórmulas antigas desgastadas de uma política que visa muito mais o bem estar pessoal do que social. Nesse sentido, vale deixar um aviso aos navegantes que depois do advento da Lava-Jato e outras operações contra a corrupção a responsabilidade de assumir um cargo público aumentou bastante. Se alguémentrar de “gaiato no navio” sem saber para onde está indo poderá transformar o sonho de poder num pesadelo.


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