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Portadores de hanseníase que passaram por amputação denunciam falta de material

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Portadores de hanseníase que passaram por amputação denunciam que a oficina ortopédica de Cruzeiro Sul não está fornecendo novas próteses. Segundo eles, materiais usados têm sido reutilizados para atender os pacientes.


Além disso, há casos de reaproveitamento de próteses de pessoas já falecidas. O problema perdura há dois anos.
O coordenador do Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase), Manoel Alves da Silva, afirma que dezenas de portadores da doença estão impedidos de sair de casa devido ao problema.

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Segundo ele, reivindicações anteriores foram feitas aos representantes da saúde do governo do Estado, que prometeram regularizar a situação, o que não aconteceu.


“O governador [Tião Viana] veio aqui conhecer o nosso problema e o pessoal da saúde se comprometeu a resolver a situação. Mas só veio o gesso”, conta Manoel Alves.


Outro problema enfrentado pelos portadores de hanseníase é a qualidade das próteses confeccionadas no Hospital Dermatológico, onde funciona a oficia ortopédica. Além de pouca articulação, elas são feitas com material rígido, que acarretam desconforto e causam até mesmo ferimentos nos usuários.


Há cerca de dois anos a oficina não recebe material para a confecção de prótese. Seu Elusbenir de Farias é técnico em órtese e prótese trabalha na oficina ortopédica há 30 anos e explica que a falta de material impede o atendimento aos pacientes.


Técnico em prótese, Elusbenir Farias, admite a falta de material e lamenta não poder atender os amputados.


Segundo o gerente do Hospital Dermatológico, Cleberson Félix, duas empresas que venceram, há dois anos, as licitações para fornecer o material necessário à fabricação das próteses desistiram do contrato.


Sobre a hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada pelo Mycobacterium leprae, micro-organismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.


A Transmissão
A Hanseníase é transmissível através da respiração. Mas esse contágio tem algumas características especiais: A pessoa, com a doença, sem tratamento e na forma transmissível da doença e um convívio prolongado com esse indivíduo. Tão logo seja iniciado o tratamento a doença deixa de ser transmissível. É por isso que é importante
diagnosticar a doença logo no início.


Ninguém que tenha a doença precisa se afastar da sociedade, nem deixar de trabalhar ou ficar perto de sua família.


A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante na família. O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica.


Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos.
(fonte: www.morhan.org.br)


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