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Em seu 1º discurso na ONU, Trump ameaça “destruir” a Coreia do Norte de Kim Jong-un

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Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu a sua ideia de “América em primeiro lugar”, classificou o governo da Coreia do Norte como “depravado”, uma “ditadura corrupta”, e afirmou que, se for ameaçado, não terá outra escolha a não ser “destruir completamente a Coreia do Norte”.


Trump afirmou que os países-membros da ONU devem trabalhar juntos para enfrentar países hostis. “Se os justos não enfrentarem os perversos, então o mal triunfará”, diz. Ele ainda aproveitou o seu discurso para cutucar Rússia e a China, afirmando que todos devem “rejeitar as ameaças contra a soberania desde a Ucrânia até o Mar do Sul da China”. Entretanto, Trump falou pouco sobre os dois países em todo o seu discurso, mas os agradeceu nominalmente por terem votado a favor das sanções contra a Coreia do Norte.

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Trump voltou a chamar o ditador norte-coreano, Kim Jong-un de “homem foguete” (Rocket Man), afirmando que Kim está em uma “missão suicida para ele e seu regime”. “Regimes párias representados neste corpo, não só apoiam o terror como também ameaçam outras nações e seu próprio povo com as mais destrutivas armas conhecidas pela humanidade”, afirmou Trump, em clara referência à Coreia do Norte.


Segundo a agência Reuters, o embaixador da Coreia do Norte, Ja Song Nam, deixou o recinto minutos antes de Trump começar a falar.


Em seu discurso, que durou cerca de 40 minutos, Trump defendeu que todos os líderes do mundo deveriam também pensar nos interesses de seus próprios países, embora sem abandonar a cooperação em certos temas. “Como presidente, sempre colocarei os Estados Unidos primeiro, assim como os senhores, como líderes de seus países, deveriam sempre pôr seus próprios países primeiro”, disse. Ele prometeu ainda que as forças militares dos Estados Unidos em breve estarão mais fortes do que nunca.


“O sucesso da ONU depende de uma coalizão de nações fortes e independentes que abracem sua soberania para promover segurança, prosperidade e paz, para cada um de nós e para o mundo”, expressou o presidente. “Não queremos impor nossa maneira de viver a ninguém, nem nossos valores culturais.”


O presidente dos EUA disse ainda que o acordo nuclear com o Irã é uma vergonha para os EUA.


Ações contra a Venezuela
Trump voltou a dizer que os EUA estão preparados para tomar “ações adicionais” se o governo venezuelano continuar a impor um governo autoritário contra seu povo. “O povo venezuelano está morrendo de fome e o país está em colapso. É uma situação completamente inaceitável. Como um vizinho responsável e amigo, queremos ajudar o país a ganhar novamente sua liberdade e restaurar a democracia. Os EUA deram passos importantes contra o regime e tomará ações adicionais se a Venezuela não abandonar o autoritarismo.


“O problema na Venezuela não é que o socialismo foi implementado de forma deficiente, e sim que ele foi fielmente implementado. Da União Soviética, passando por Cuba e Venezuela, em todos os países onde o socialismo foi realmente implementado ele entregou angústia, devastação e fracasso. Aqueles que defendem essa ideologia descreditada contribuem com o sofrimento contínuo das pessoas que vivem sob esses sistemas cruéis.


Em seu longo discurso, o presidente norte-americano citou também Cuba, ressaltando que as sanções financeiras e econômicas continuarão até que o regime de Raúl Castro faça reformas políticas.


Temer criticou nacionalismo exacerbado
Abrindo a Assembleia Geral, o presidente do Brasil, Michel Temer, fez um discurso mais centrado em questões internacionais do que nas crises internas com críticas ao protecionismo e a “nacionalismos exacerbados” como soluções para as crises mundiais.


“Não é razoável supor que ideias que, no passado, já se mostraram equivocadas possam, agora, render bons frutos. Recusamos os nacionalismos exacerbados. Não acreditamos no protecionismo como saída para as dificuldades econômicas, dificuldades que demandam respostas efetivas para as causas profundas da exclusão social”, disse Temer, o primeiro chefe de Estado a discursar.

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Em sua segunda participação na Assembleia Geral, Temer fez uma defesa das reformas econômicas que o país tem passado e tentou apresentar um Brasil que está deixando para trás a recessão e está aberto para o mundo. Os testes nucleares da Coreia do Norte também foram tratados por Temer. Uma das maiores preocupações do governo norte-americano, os testes coreanos foram citados também por Trump no jantar da noite desta segunda-feira.


“Os recentes testes nucleares e missilísticos na península coreana constituem grave ameaça, à qual nenhum de nós pode estar indiferente. O Brasil condena, com toda a veemência, esses atos. É urgente definir encaminhamento pacífico para situação cujas consequências são imponderáveis”, disse o presidente.


Guterres pede negociação para evitar guerra
Na abertura, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo por um processo político entre os governantes dos países para evitar um guerra contra a Coreia do Norte.


“Essa é a hora para estadismo”, disse o ex-primeiro-ministro de Portugal. “Nós não podemos caminhar passivamente para uma guerra”.


O Conselho de Segurança da ONU impôs por unanimidade nove rodadas de sanções contra Pyongyang desde 2006, e Guterres fez um apelo para que os 15 membros do órgão mantenham sua unidade no tratamento da Coreia do Norte. (Com agências internacionais)


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