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Distritão poderá ser aprovado e garantir eleição dos mais votados em 2018

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O PMDB, segundo informações do vice-líder da bancada, deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ), tem uma estratégia que deverá ser colocada em ação para aprovar o Distritão ainda esta semana. Lembrando que nesse formato, para as eleições de deputados estaduais e federais, entram os mais votados. Anteriormente eram feitos cálculos complicados com as votações nas legendas e coligações. Esse sistema causava “aberrações” com candidatos com poucos votos sendo eleitos. Por exemplo, o deputado federal Tiririca (PR-SP), nas suas duas eleições por ter tido grande votação, arrastou outros com um número muito pequeno de votos. Em 2010, teve 1,3 milhão de votos e levou com ele mais três deputados federais com votações em torno de 94 mil enquanto a média dos eleitos em São Paulo era de 300 mil. Mesmo na ALEAC temos vários exemplos de atuais deputados estaduais que assumiram as suas cadeiras graças a distribuição por legendas das votações. Nelson Sales (PP), Jesus Sérgio (PDT), Jairo Carvalho (PDT), Antônio Pedro (DEM), Whendy Lima (PP) e Heitor Júnior (PDT), não teriam sido eleitos se o Distritão já estivesse valendo em 2014.


Opinião
Conversei com alguns dos atuais deputados estaduais sobre o que pensam sobre o Distritão. O deputado Manoel Moraes (PSB) se diz a favor, assim como também quer o financiamento público de campanha. Já Luiz Gonzaga (PSDB) é contra porque acredita que o Distritão impede a renovação política. Opinião parecida tem Jonas Lima (PT), apesar de ainda não ter chegado a uma conclusão sobre o tema. Eliane Sinhasique (PMDB) afirmou que para ela “tanto faz” a manutenção do atual sistema ou a mudança para o Distritão. “Temos que trabalhar para ter muitos votos indiferente do sistema eleitoral,” afirmou.

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Enquanto isso, em Brasília…
O deputado federal Major Rocha (PSDB) sinalizou que votará a favor do Distritão. Mas faz uma ressalva que o sistema deverá valer só até 2022 quando passará a ser misto com o distrital, que elege representantes regionais. Quanto ao financiamento público, Rocha acha que as regras devem ser claras e regidas para não cair muito dinheiro nas mãos de dirigentes partidários sob suspeição. Os deputados federais pelo PT, Angelim e Léo de Brito votarão contra o “Distritão”.


Sistema falido
Indaguei o senador Jorge Viana (PT) sobre a sua avaliação do Distritão. Ele respondeu: “Eu acho que deveríamos decretar a total falência do sistema político partidário brasileiro, mas isso ninguém quer fazer. Restam arremedos de Reforma Política. Não sei se dará tempo de votar muita coisa. Não há consenso em nada. O prazo para as duas votações na Câmara e no Senado acaba dia 6 de outubro. É possível que o TSE baixe resoluções sobre esses temas delicados,” afirmou.


A vontade do eleitor
Na minha opinião, no Brasil, nas eleições proporcionais, não se vota em partidos, mas em “pessoas”. Então para se respeitar a vontade do eleitor realmente é preciso que os mais votados sejam os eleitos. Claro que temos o fator “poder econômico”. Ainda é muito fácil comprar votos no Brasil. O Distritão também ajuda bastante quem está ocupando uma cadeira na Câmara Federal ou na ALEAC, por serem mais conhecidos dos eleitores. Realmente minimiza a renovação nas casas legislativas. Mas, por outro lado, eleger candidatos que estão à reboque de outros não me parece justo. Acho que o Brasil precisa de uma Reforma Política muito profunda que inclua uma maior conscientização do eleitorado. Mas isso não aconteceu e nem acontecerá pelo andar da carruagem.


Representantes dos poderosos
Se a gente analisar os escândalos políticos que estão acontecendo no Brasil chegaremos fácil à conclusão que uma parte significativa dos atuais deputados federais foram eleitos pelo dinheiro da corrupção. As grandes empresas capitalistas jogaram pesado para manter o Congresso Nacional sob o controle dos seus interesses “inconfessáveis”.


Quebrando dentro
Mas também é preciso analisar qual será o comportamento dos eleitores em 2018. Como a corrupção estampada pela mídia envolveu desde o presidente da República até um simples vereador existe uma contaminação evidente. Resta aos brasileiros decidirem no voto se vão manter esse sistema arcaico que beneficia os “poderosos” e inibe mudanças estruturais da nossa sociedade. Não há como negar que o Congresso Nacional, gostando ou não, é a cara do povo que colocou cada deputado federal e senador lá dentro.


Economia em alta
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou, nesta segunda, 11, num patamar de alta histórica. Segundo os especialistas, o fato demonstra a retomada do crescimento do país, ainda que tímido. Mas não há como negar que as medidas tomadas pelo atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estão surtindo efeitos. Mesmo durante uma das piores crises políticas da história do Brasil, Meirelles conseguiu tirar “coelhos da cartola” num cenário de “terra arrasada”.


Falta de visão
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) caiu por não saber conduzir a economia. Meirelles sempre esteve lá disponível para ser chamado a ajudar. Inclusive, é um personagem que tinha ligações estreitas com o Lula (PT). O petismo preferiu o radicalismo do ex-ministro Aloisio Mercadante, que trabalhava com uma espécie de “reserva de mercado” partidário, e pagou um preço amargo pela decisão. Dilma tinha inúmeras saídas para não ser “derrubada” através de um diálogo mais amplo com a diversidade de setores da sociedade brasileira. Vale lembrar que quando eleita, em 2014, Dilma tinha uma das maiores bases de sustentação da história do Congresso Nacional. Perdeu por arrogância e vaidade, Mercadante foi um dos petistas que mais ajudou a implodir essa vantagem. Deu no que deu…


Pagam os trabalhadores
A retirada de direitos dos trabalhadores é uma realidade. Mas quem elegeu os atuais parlamentares que votaram a favor da Reforma Trabalhista? O Congresso Nacional, querendo ou não, é a cara da Nação que votou nos seus representantes. Agora, realmente eram necessárias mudanças nas legislações trabalhistas. Mas faltou um diálogo maior com os sindicatos e outras entidades representativas. Ainda que com o PT no Governo durante 14 anos se “aparelhou” partidariamente esses sindicatos, alguns se tornaram mais trampolins de ambições políticas do que verdadeiros órgãos representativos. Portanto, o que estamos vivendo é uma purificação na política nacional. É uma oportunidade do Brasil ser passado a limpo e mudar o rumo do seus desenvolvimento econômico e social. Mas para que isso aconteça, os eleitores precisarão colaborar votando de maneira certa e renovando em 2018. E não vale trocar seis por meia dúzia. Têm muitos oportunistas de plantão querendo uma “boquinha” de deputado estadual, federal e senador no Acre, sem a menor qualificação. O que acontecer no Brasil a partir de 2019, continuará sendo de responsabilidade de quem vota. Fim de papo!


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