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As ligações perigosas entre Joesley Batista e Palocci com políticos do Acre

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Num país que não tem Furacão Irma e nem terremoto, os personagens da semana no Brasil foram o presidente do Grupo JBS, Joesley Batista e o ex-ministro do PT, Antônio Palocci. Mas como o Acre é um Estado “enjoado”, como costuma dizer o jornalista Sílvio Martinello, provavelmente não ficará fora de tanta mídia espontânea, podem apostar. O deputado federal Major Rocha (PSDB) que integra a CPI da JBS no Congresso Nacional, juntamente com o senador Sérgio Petecão (PSD), já avisou: “Quando o Joesley Batista for interrogado vou querer saber por que a JBS doou tanto dinheiro para campanhas políticas aqui no Acre. Quais seriam os interesses?” indagou o tucano. Realmente a pergunta procede. Segundo matérias publicadas pelo AC24horas a JBS doou, em 2014, recursos para campanhas eleitorais de Tião Viana (PT), Gladson Cameli (PP), Márcio Bittar (PMDB), Perpétua Almeida (PC do B), Moisés Diniz (PC do B), Sibá Machado (PT), Luiz Tchê (PDT), Leila Galvão (PT) e Josa da Farmácia (PTN). Pelo menos a empresa foi bastante democrática e essas doações foram legais. Mas se houveram outras por caixas 2 será interessante os membros acreanos da CPI perguntarem ao Joesley, o homem que se auto-gravou prometendo destruir o Executivo e o Judiciário brasileiro e ser “a tampa do caixão”.


Entenda a CPMI
Trata-se de uma CPI mista com membros da Câmara de Deputados e do Senado. Apesar do Acre ser “enjoado” o objetivo não é descobrir doações de campanha por aqui. Mas os milhões recebidos pela JBS do BNDES durante os governos de Lula (PT) e Dilma (PT). Nesse período, a empresa da dupla “sertaneja” Joesley e Wesley, chegou a adquirir duas “poderosas” empresas de alimentos norte-americanas. Ou seja, pegaram dinheiro público brasileiro nos governos do PT e foram gerar empregos nos Estados Unidos. Very Well!

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Empresário “bonzinho”
Joesley entregou uma gravação comprometedora com o presidente Temer (PMDB), em maio. Depois calculadamente deixou vazar para a imprensa e vendeu milhões de dólares que tinha adquirido alguns dias antes prevendo a turbulência do mercado. Especialistas sugerem que a JBS pode ter lucrado um bilhão de dólares enquanto o Brasil pegava fogo. Lembra Nero que incendiou Roma e assistiu tocando lira de uma colina. Só que, no caso de Joesley, ficou num luxuoso apartamento em Nova York, nos Estados Unidos assistindo a “desgraça” dos brasileiros. E, o pior, com a leniência de um acordo com a PGR, de Janot, que deverá ser rompido.


O “companheiro” número 1
Outro fato bombástico na política brasileira foi o depoimento do ex-ministro Antônio Palocci, do PT, ao juíz Sérgio Moro. Entre a “companheirada” ele é conhecido como O Profeta. Isso porque, em 2002, redigiu a famigerada “Carta ao Povo Brasileiro” em que tranquilizava a Nação de que se Lula fosse eleito presidente “não iria comer criancinhas”. Na realidade, era um recado ao Mercado Financeiro e aos empresários de que tudo continuaria igual ou até melhoraria. E como melhorou, para “alguns”…


Judas do PT
Pois o Profeta virou de repente o Judas do PT. Lula que confiava plenamente no “companheiro”, ministro no seu governo e de Dilma, esbravejou depois de Palocci detalhar os “esquemas” de corrupção envolvendo grandes empreiteiras. Anteriormente Lula disse: “Não tenho preocupação com nenhuma delação. Palocci é meu companheiro há 30 anos, é um dos homens mais inteligentes desse país”. E como é…


Conexão com o Acre
Palocci tinha relações políticas com os irmãos Jorge (PT) e Tião Viana (PT). Esteve várias vezes no Estado. Como senador e líder da bancada do PT, Tião Viana, conforme matéria da Folha de São Paulo de 12/02/2004, chegou a sugerir que o então ministro da fazenda, Palocci, seria um dos possíveis sucessores de Lula, em 2010. Mas essa história não para por aí…


Tábua de salvação
Lembram-se do caso do caseiro Francenildo Costa que denunciou Palocci e a famigerada República de Ribeirão por corrupção? Foi o então senador Tião Viana quem descobriu que o caseiro teria recebido uma quantia em dinheiro na sua conta na Caixa Econômica Federal como um possível suborno para detonar o seu patrão Palocci.


E tem mais…
Segundo Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Construtora Odebrecht, foi pedido R$ 2 milhões para a campanha ao Governo do Acre, de Tião Viana (PT), em 2010, através da influência de Palocci, conforme matéria do G1 de 11/04/2017. Nesse caso, Jorge e Tião, já tiveram o processo arquivado pelo MPF e PGR.


O Acre existe “mermo”
O que chama atenção é como um Estado que tem 0,3 % dos votos nacionais tem uma influência tão grande na política nacional. Rocha foi autor da denúncia contra Lula, no caso do Triplex do Guarujá (SP), que gerou uma condenação ao ex-presidente, em primeira instância, de mais de 9 anos. A ex-senadora acreana Marina Silva (Rede) já foi duas vezes candidata à presidência da República, com quase 50 milhões de votos. Tião Viana foi presidente interino do Senado, em substituição ao senador Renan Calheiros (PMDB), em 2007. Jorge Viana teve a mesma oportunidade, em 2016, mas preferiu sair pela tangente. E, agora, nesses rumorosos caso de corrupção, personagens como Marcelo Odebrecht, Joesley Batista e Antônio Palocci, todos sabiam da existência do Acre e como chegar até aqui. Aguardem os próximos capítulos…


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