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Representantes dos acreanos se destacam em dia tumultuado no Senado

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Uma cena inédita marcou a sessão desta terça, 11, no Senado. Senadoras do PT e PC do B ocuparam a mesa diretora impedindo a votação por algumas horas da Reforma Trabalhista. Mesmo no meio do fogo cruzado consegui conversar com os senadores acreanos Sérgio Petecão (PSD), Jorge Viana (PT) e Gladson Cameli (PP). Muito nervoso Petecão me disse por telefone que o momento era de caos, mas que acreditava que haveria votação (como de fato houve). Também afirmou que o Governo teria os votos suficientes para aprovar a Reforma no Plenário. Por outro lado, Jorge Viana encontrou tempo para atender a imprensa acreana em meio a várias entrevista à imprensa nacional e exclamou: “Isso aqui está uma loucura Nelson. Estou no meio de uma negociação para acalmar os ânimos,” afirmou. O senador do PT também concordou que o Governo provavelmente teria os votos suficientes para aprovar a Reforma Trabalhista. Já o senador Gladson Cameli (PP), numa cena transmitida pela TV parecia estar “batendo-boca” com o senador Lindemberg Farias (PT-RJ). Ele justificou: “O Lindemberg com o pessoal do PT ocupou a mesa diretora e não deixou o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE)  sentar para realizar o seu trabalho e ainda me chamaram de golpista. Aí o pau quebrou.” Ao final de toda a confusão a Reforma Trabalhista foi aprovada pelo Plenário do Senado por 50 votos a 26.


Ação “desastrada”
Existem milhares de questionamentos sobre a Reforma Trabalhista. Concordo que o debate deveria ter sido estendido a toda sociedade. Faltou diálogo com os sindicatos e outros setores de trabalhadores. Mas o ato das seis senadoras que ocuparam a mesa diretora durante a sessão não é um exemplo positivo para a democracia brasileira. Quando um Projeto chega ao ponto em que chegou a Reforma só resta aos parlamentares votarem. Nesse ponto a decisão é só mesmo no voto. As mobilizações deveriam ter sido anteriores. A “coisa” só acontecer quando as câmeras estão transmitindo nacionalmente? Na minha opinião, houve um “acomodamento” da oposição de esquerda para barrar a aprovação da Reforma. Outras manobras eram possíveis antes do Projeto chegar ao Plenário do Senado. Mais uma vez deixaram para última hora.

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Não é a primeira vez
O mesmo aconteceu durante o impeachment da ex-presidente Dilma (PT). Deixaram para a última hora a tentativa de salvar o seu mandato. Se Dilma ao invés de passar 12 horas no Plenário do Senado se defendendo quando o processo já estava decidido “politicamente” tivesse reunido a sua base e feito o mesmo discurso no princípio das acusações talvez não tivesse sido cassada. Na minha opinião, trataram com desdém um fato apresentado pelo PSDB que o futuro mostrou ser fatal no seu desfecho.


Perde lá e ganha no Acre…
O povo vota nos seus representantes nos parlamentos municipais, estaduais e federais. Que por sua vez têm um cheque em branco dos eleitores para decidirem sobre as matérias apresentadas. Se o PT perdeu em Brasília com a Reforma Trabalhista, ganhou em Rio Branco, na Câmara Municipal, na CPI dos Transportes Públicos. O relatório favorável a prefeitura do PT e as empresas de ônibus foi votado na tarde de terça, 11 e aprovado por 3 votos a 2. A perspectiva é que no Plenário da Câmara da Capital a vitória dos aliados ao PT ainda seja bem maior.


Insatisfação da oposição
Segundo o vereador de oposição Roberto Duarte (PMDB), o texto não cumpre algumas leis federais. Ele garante que as empresas não apresentaram certidões negativas relativas ao nada consta de impostos estaduais e municipais para terem as suas concessões renovadas. Roberto ainda alega que uma outra lei de conformidade e regularidade na prestação de serviços das empresas não está sendo cumprida. O vereador, consciente de que o relatório será aprovado pelos vereadores da Capital, promete recorrer ao Ministério Público Estadual e até mesmo ao Conselho Nacional dos MPs, se for necessário.


Assim não dá…
O deputado estadual Antônio Pedro (DEM) protestou na ALEAC pelo alto imposto cobrado pelo Governo do PT dos produtores de banana do Acre. Segundo o parlamentar quem produz e está tentando vender para outros estados, mesmo com o preço de safra baixo, está tendo que pagar um ICMS tão alto que atrapalha as negociações.


Sem preço de banana
As denúncias do deputado do DEM são estranhas num momento em que o Estado afirma estar investindo na produção. Se o produtor não tem um preço competitivo como vai poder exportar e, consequentemente, gerar empregos? Isso precisa ser revisto com urgência.


E tem mais…
Antônio Pedro garante que além dos produtores de banana de Acrelândia os que produzem arroz em Epitaciolândia também estão sofrendo com a alta dos impostos estaduais. Muitos virão na quarta, dia 12, para protestarem em frente ao prédio da ALEAC. O produto acreano precisa de preço para concorrer no mercado externo. Soma-se ICMS alto com os fretes caros devido ao isolamento e a falta de estradas transitáveis no Estado e teremos uma situação complicada para quem quer trabalhar e produzir.          


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