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Açaí e Wi-Fi grátis em Plácido de Castro, Feira Orgânica em Campinas e Costelão em Acrelândia

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Um final de semana com o que Acre tem de melhor


Gosto de andar pelo interior do Acre. É algo que alimenta meu espírito, renova minhas forças e meus sonhos. Me ensina sobre caminhos a seguir. No último final semana estive em Vila Campinas, que agora é distrito – nome estranho -, Plácido de Castro e Acrelândia. Essa é uma região que pouco conheço, pouco ando. Exceto pelo Ramal do Granada, lá em Acrelândia, que andei por muito tempo, do Novo Ideal até o Novo Encanto. Fiquei triste em saber que os projetos do Novo Ideal agora estão mais baseados no café e menos na biomassa de farinha de banana. Logo agora que a biomassa tem um alto valor de mercado. Uma pena. Mas é a vida.

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Voltando à viagem, em Vila Campinas parei numa feira de pequenos produtores. Comprei quiabo, inhame, macaxeira, batata doce e limão. Levei carão da Sarah porque não trouxe mais maxixe. Tudo orgânico. Tudo de excelente qualidade. E sem aditivos químicos, sem preços absurdos. Infelizmente não tinha mais banana e nem laranja. Fica para a próxima. Com o inhame vou preparar um iogurte vegano – nem faça cara de eca Raquel Eline, que é bom! -, além de testar uma receita de requeijão do blog Tempero Alternativo. Macaxeira tem mil e uma utilidades. O limão é para a água matinal, a batata doce terá multi formas, inclusive chips salgados e o quiabo vai me render uma bela refeição sem carne, junto com macaxeira, couve, jambu, chuchu, cenoura para colorir e outros ingredientes.


Selfie no meio da rua. Meio fake, porque não prestou, mas o Naldo Freitas
salvou o dia. Fiquei até com cara de blogueirinha… rsrsrrs


Em Plácido de Castro preciso falar de um restaurante, o Sabor do Abunã. Fui lá almoçar com amigos. Comida boa, espaço agradável e muito bem cuidado. Mas o bom de lá nem é só uma farofa que eles fazem com feijão branco e ovo – tem carne de sol também para quem gosta – e sim o Wi-Fi grátis. Sério. O Wi-Fi salvou meu dia de trabalho. Entendam, senhores: Wi-Fi grátis não é frescura ou concessão para nobres. Wi-Fi acessível é vida! Em Rio Branco, poucos restaurantes disponibilizam para seus clientes. Em Plácido, você come bem e tem internet de excelente qualidade. Nota dez pro dono de lá que nem sei o nome. Moço, cê tá fazendo a coisa certa!


Ainda em Plácido, conhecemos a D. Tânia, uma empreendedora que montou uma fábrica de açaí ao lado de sua casa. D. Tânia vende mais de 3 mil litros de polpa para toda a região do baixo, médio e alto Acre, inclusive para Cobija.  Tomei uma tigela generosa no jeito seringueiro, com farinha e um pouquinho de açúcar, só para dar sabor. Em casa, troco o açúcar por banana. D. Tânia é uma acreana que acredita na força do trabalho. Sua fábrica é pequena, mas dentro das especificações. Vive da produção. Trabalha muito com a família e assim garante vida digna a todos.


Não é overdose da minha imagem: é falta de foto do açaí pra mostrar vocês.
Daí que vão ter que aguentar minha cara cansada. Foco na tigela, gente..
.


No sábado pegamos a estrada para Acrelândia. Coisa boa é ver a recuperação do trecho. Fomos e voltamos em paz. E olha que pegamos uma cerração braba na volta. Deus é bom. Nossa primeira parada foi na entrada do Ramal Granada, na casa do prefeito. O lugar é lindo… tem um açude lindo e um reflorestamento de suas margens que anima o coração. O almoço da esposa do prefeito não poderia ser melhor. Parecia almoço da minha mãe. Uma delícia.


Prefeito Caetano com o deputado federal Alan Rick no belo lado de sua propriedade,
extremamente produtiva, na entrada do Ramal Granada


 Na cidade, visitamos o Hospital que está em vias de ser reformado com uma emenda do deputado federal Alan Rick de R$ 2,5 milhões, alguns moradores e produtores de banana. Eles são campeões de produção de banana e café, mas enfrentam problema com a banana. Há que se resolver essa questão. São homens e mulheres que vivem da produção. Merecem apoio. Acrelândia é uma das cidades mais produtivas do Acre. A maioria com propriedades de pequeno e médio porte.


Lá também aproveitei para ir aos supermercados em busca da farinha de banana. Deixa eu fazer um parêntese. A biomassa de banana verde melhora a imunidade, contribui para o desenvolvimento da microbiota intestinal, reduz o risco de câncer de intestino, controla os níveis de colesterol, previne o diabetes e evita o acúmulo de gordura abdominal. Mas não é só isso. É rica em vitamina A, vitaminas do complexo B, B1, B2 e B3, que agem no metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, potássio, manganês e o fósforo e também é excelente para combate à desnutrição. Ah, é ótima para quem quer emagrecer.


Júnior e Katriny Domingues aproveitaram o final de semana em Acrelândia
para prestigiar o X Costelão da Associação de Pecuaristas

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Depois de muito andar encontrei com um produtor do Novo Ideal, projeto que conheci ao lado do saudoso amigo Cartaxo. Conversamos e descobri que eles pararam de produzir a farinha. Me disse que os supermercados aqui de Rio Branco ligam com frequência a procura do produto, mas não tem jeito. Não há mais produção. A biomassa deles era uma das melhores do país. Agora importamos de Rondônia. Fiquei triste. Acompanhei de perto o trabalho no Novo Ideal. Uma pena que agora estejam só com a produção do Café.


Olha a quantidade de costela assada que tinha na festa da Associação dos Pecuaristas de Acrelândia!


A noite fomos a uma das festas mais tradicionais de Acrelândia, que este ano estava em sua décima edição: o Costelão da Associação dos Pecuaristas do Município. Foram assadas 147 costelas para um público estimado de duas mil pessoas. Tinha era gente lá. De toda parte, inclusive de Rio Branco. Os Hotéis ficaram lotados, assim como sítios e fazendas das redondezas. Não havia horário nos salões de beleza para tratamento de última hora. O povo foi todo arrumado. Programa em família, com meninos, jovens, idosos. Coisa bonita de se ver.  Tudo muito organizado e bem feito, com direito a moda de viola e cerveja para quem bebe. A costela estava uma delícia. Festão com cara e participação verdadeira da turma do Acre que produz – menos eu que era quase uma intrusa – diferente de outras festas. Foi bom. Quero ir outras vezes.


Mais uma foto do Costelão para vocês ficarem com água na boca e vontade de prestigiar a festa no ano que vem


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