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Na Assembleia Legislativa, vereador atingido com um tiro na barriga teme ser assassinado pelo Bonde dos 13

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Os vereadores de Porto Acre procuraram os deputados estaduais na manhã desta quinta-feira (8) na Aleac para denunciar o que classificam como caos em todos os setores do município. Além dos problemas nas áreas de saúde, infraestrutura e limpeza pública, os parlamentares afirmam que a criminalidade tomou conta das comunidades locais que sofrem com assaltos e tentativas de assassinato que estariam sendo praticadas e plenas luz do dia.


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Um dos casos que ilustrou a reunião foi o do vereador João Paulo (PSDB), baleado na barriga durante uma suposta tentativa de assalto. Ele acredita que o caso foi, na verdade, uma retaliação dos membros do Bonde dos 13 – que foram denunciados em um de seus pronunciamentos na Câmara de Vereadores, quando relatou o aumento dos índices de violência e a explosão dos casos de assaltos, arrombamentos e tentativas de assassinatos em todas as comunidades.


“Há duas semanas o Samu não se encontra mais no município de Porto Acre. Não sei qual é o impasse, mas a população não pode sofrer as consequências. Eu sofri uma tentativa de homicídio e o que garantiu minha sobrevivência foi o Samu. A polícia foi assinada às 20h, no momento da ocorrência, mas só chegou quatro horas depois. Não temos um delegado fixo, muitas vezes as pessoas têm que vir a Rio Branco para registrar um Boletim de Ocorrência”, destaca João Paulo.


O vereador revelou o temor de voltar ao município de Porto Acre, após levar um tiro. “Para falar a verdade, eu estou com medo. Não me sinto seguro em voltar para o município até que capturem os criminosos. Lá, o Bonde dos 13 está tomando conta mesmo. O que eu fiz foi reivindicar segurança pública na tribuna. Eles se sentiram ameaçados e acredito que esse foi o motivo que eles encontraram para fazer o que fizeram comigo”, enfatiza João Paulo.


Os parlamentares ressaltam que estão cansados da falta de atenção das autoridades estaduais com os problemas de Porto Acre. “Não podemos dizer que eles não foram no município, mas a reunião foi rápida, com eles sempre alegando outras agendas. Foram feitas promessas que não foram cumpridas pela cúpula da segurança. Não queremos mais promessas, nós queremos ação. Que todas as demandas solicitadas pelos sejam atendidos”, diz a vereadora Eliene.


Segundo os vereadores, o município de Porto Acre está carente de tudo, mas a prioridade é a segurança. Os assaltos acontecem durante o dia e apenas uma viatura atende as ocorrências nas Vila do V, Vila do Incra, Vila Caquetá, Vila Pia, Porto Acre e vários assentamentos na área rural. Eles afirmam que o desespero toma conta da população, chegando ao ponto de algumas lideranças resolvem procurar uma solução e correm o risco de se tornarem criminosas também.
De acordo com os representantes de Porto Acre, eles resolveram procurar ajuda na Assembleia Legislativa, porque muitas pessoas estariam pensando em fazer Justiça com as próprias mãos, montando um tipo de milícia para reagir contra os criminosos que atuam no município. Eles reivindicam que os deputados estaduais intercedam e procurem o governo do Acre e as demais instituições que podem agir para evitar um enfrentamento entre a população e os criminosos.


Ney Amorim promete esforço concentrado para buscar solução

O presidente da Aleac, Ney Amorim (PT) se comprometeu de reunir os 24 deputados para solicitar providências dos órgãos ligados as áreas de segurança e saúde, “sem transformar a questão num palanque político ou bandeira partidária, nos vamos juntar esforços para mediar soluções definitivas para os problemas relatados. Nós não estamos com todos os deputados, mas tenho certeza que vai ter um desdobramento e juntos entraremos nessa luta”.


Amorim disse que vai propor uma reunião interna para definir “se faremos uma visita em loco, se vamos marcar uma agenda com o secretário de segurança ou se vamos levar a questão ao Poder Executivo. Eu sugiro uma reunião e elaboração de um documento conjunto dos vereadores e deputados que será encaminhado ao Poder Executivo para esclarecer o que está sendo feito para os problemas de manutenção da estrada, na saúde e principalmente na segurança”.


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