Menu

Oposição do AC parece querer tomar juízo após derrotas na urna

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

A proposta da Caravana da Mudança organizada por 12 partidos de oposição ao Governo do PT é uma iniciativa louvável. Afinal, política se faz com diálogo. É ouvindo a população que a oposição poderá elaborar um projeto de gestão eficiente que desperte credibilidade. Se pelo menos os partidos principais conseguirem se unir é meio caminho andado para a mudança que parte dos acreanos anseia. Mas essa matemática de andanças pelos municípios do Estado tem que resultar em desapego de algumas lideranças. O que sempre atrapalhou a oposição foi começar os seus projetos de trás pra frente. Primeiro os interesses pessoais e depois o global. As brigas de egos se transformam em desastres para qualquer trajetória eleitoral. Se escolherem os preferidos da população podem mudar a história de seguidas derrotas para a FPA nos últimos 20 anos. Existe um cansaço em relação às figuras carimbadas do PT e aliados. Esse bem contra o mal que os petistas conseguiram plantar no inconsciente coletivo dos acreanos precisa acabar. Que propostas sejam apresentadas aos eleitores tanto da oposição quanto do candidato do PT, sem a demonização de ninguém. Espero que a eleição de 2018 seja propositiva e não a baixaria que temos visto nos mais recentes pleitos. Essa troca de acusação não contribui com o avanço da democracia no Estado.


Reviravolta
Houve um ensaio de formação de dois grupos na oposição. O PSD do Senador Petecão (PSD) com os tucanos do deputado federal Major Rocha (PSDB) e o PP do senador Gladson Cameli (PP) com o PMDB do deputado federal Flaviano Melo(PMDB). Mas isso parece ter sido superado. Tenho visto o Gladson com o Rocha e o Petecão e, por enquanto, o caminho está aberto para a unidade.

Publicidade

Gato escaldado…
O PT mostrou, no final de semana passado, que irá jogar pesado para se manter no poder. Escalou os seus melhores titulares do momento para a disputa majoritária, Marcus Alexandre (PT), Ney Amorim (PT) e Jorge Viana (PT).


…tem medo de água fria
Alguém na oposição deve ter sentido a luz vermelha acender. Essa Caravana da Mudança me parece um reflexo ou um contra-ataque aos planos do PT. Afinal, foram tantas as derrotas por erros estratégicos cometidos pelos oposicionistas que uma hora teriam que aprender.


O ponto nevrálgico
As vagas para o Senado são os maiores obstáculos à unidade da oposição. Pela lógica o PMDB e o PSDB, partidos maiores, deveriam ter o direito de indicar os candidatos. Mas o Petecão está no mandato e é natural que possa disputar a reeleição. Se conseguirem acomodar algum desses partidos na vice então o caminho estará aberto à unidade.


Outro problema
Existe o caso do Bocalom (DEM) que já se lançou ao Senado. Mas se houver unidade o ex-prefeito de Acrelândia poderá puxar a fila de candidatos a federais da oposição. Na minha opinião, teria uma eleição relativamente tranquila. E se livraria da pecha de eterno candidato com um mandato relevante.


Não teria lógica
Assim como na FPA os “partidos nanicos” entram na disputa proporcional, o mesmo deveria acontecer na oposição. Não teria lógica um candidato ao Senado de um partido pequeno. Não me refiro ao DEM, mas a outros eternos aventureiros da política acreana.


Lideranças consolidadas
Gladson Cameli, Major Rocha, Flaviano Melo, Vagner Sales, Petecão e Bocalom são os líderes naturais desse processo de montagem de uma chapa competitiva da oposição. Não necessariamente todos como candidatos majoritários, mas se esses personagens chegarem a um entendimento poderão ter um projeto para realizar a mudança de poder no Acre.


Boi de piranha
Por outro lado, o Conselho político da FPA colocou alguns nomes para possíveis candidatos ao Governo. Alguns até com conhecimentos técnicos à gestão como a vice Nazaré Araújo (PT) e o deputado estadual Daniel Zen (PT). O problema é que não acho tenham votos suficientes para uma disputa majoritária.


A hora do convencimento
Uma fonte da FPA me revelou que o trabalho agora é convencer o prefeito da Capital, Marcus Alexandre (PT) a aceitar a candidatura ao Governo. Na minha opinião, seria o único com chance de competir em condições de igualdade com Gladson Cameli.


Lugar chave
Mais da metade dos eleitores acreanos estão em Rio Branco. O interior pode ser uma mola mestra para um candidato ao Governo que tenha também um bom desempenho na Capital. Mas se perder de lapada em Rio Branco estará fora do jogo.


O quadro nacional pouco importa
Outra questão é que alguns petistas apostam no desastre do Governo Temer (PMDB) para se manterem no poder no Acre. Não acredito que isso vá influenciar as eleições no Estado. O ex-presidente Lula (PT), se realmente for candidato a presidente, terá uma significativa votação nacional. Mas no Acre, em eleições passadas, ou perdeu ou ganhou por muito pouco, mesmo na época das vacas gordas do PT. Portanto, Lula mais tira votos do que dá. Seja quem for o candidato do PT acreano é melhor se afastar do ex-presidente. E, para finalizar, alguns personagens petistas que nesses tempos andaram fazendo papel de bonzinhos e diplomáticos conforme for chegando a hora da “onça beber água” irão começar novamente aquela ladainha do bem contra o mal. Se forem por esse caminho se preparem para o “desastre”.

Publicidade

INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido